25.5.08

k2o3 ao vivo em Alhandra

Quando: Sábado, 24 de Maio de 2008.
Evento: VII Concentração Motard de Alhandra.
Cartaz: k2o3 + Fonzie.
Avaliação da Organização: Excelente.

Quase 500 kms percorridos no dia de sábado até chegar ao local da iniciativa.

Já não assistia a um concerto dos K fazia bastante tempo e, desta vez, tudo fiz para conseguir passar por Alhandra. Mesmo cansado não podia deixar de aparecer. Os amigos, mesmo ausentes, são sempre amigos. A noite ainda me permitiu um reencontro com Bruno dos Revolta e com João Quintela, amigo de longa data e que estava "ao serviço" enquanto road-manager dos Fonzie.

Numa altura em que o novo álbum está praticamente concluído assisti a mais um excelente concerto de k2o3 com a curiosidade de terem tocado 2 temas novos. Para quem conhece a segunda poderei informar que "Ovelha negra" é a "Vaquinha" de 2008.

No passado passei bons momentos com o Ulisses, Chaves, Mini e Nuno. Naqueles tempos, em que os animais falavam e quando eu era (pelo menos tentei ser) uma espécie de manager do grupo. Foram anos de muita dedicação e com o rock à flor da pele. Qualquer descrição do ambiente que se vive nestas coisas é pura perda de tempo. É preciso sentir o pó da estrada para compreender os sentimentos de quem é músico rock. Ainda são assim os k2o3 no presente. Onde quer que cheguem tocam como se fosse o primeiro e o último concerto das suas vidas. E isso é a razão de ainda tocarem juntos. Na realidade este concerto dos k2o3 marcou o regresso do baterista Nuno Costa à banda, após alguns meses de afastamento. As saudades devem ter sido imensas e aposto que o seu regresso foi motivado pelo lado emocional. Os k2o3 são mais do que um projecto musical, são um projecto de vida, são uma família à qual também sinto ainda pertencer.
Quando cheguei tinha o Mini e o Chaves à espera. Na entrada o Mini não hesitou no momento de me identificar perante a organização: "é o nosso manager".
Na realidade deixei de o ser faz muito tempo. Mas, da mesma maneira que não recusei essa função num atribulado concerto em que quando entrei somente era espectador desta vez também não o neguei. Não seria capaz.

Um abraço para os meus amigos Chaves, Mini, Nuno e Ulisses. Tenho a certeza de que o próximo disco vai ser "o tal". Vocês merecem.


Aqui ficam algumas fotos da actuação dos k2o3 deixando a sugestão de uma visita ao myspace dos K.








Este sou eu... Fotografia da autoria de Ulisses instantes antes do início do concerto.

18.5.08

À conversa com Alexandre Rosa
Programa 24

Tenho sentido natural satisfação quando sou abordado em Santiago do Cacém a respeito deste programa. Nos primeiros tempos, o feedback era praticamente nulo o que me levava a pensar se o formato do mesmo estaria a resultar. Porém, aos poucos e poucos, tanto por correio electrónico como por contactos pessoais aos fins-de-semana, têm-me chegado comentários bastante positivos e que me transmitem óbvia motivação com vista ao futuro. Ainda ontem fui abordado em Santiago do Cacém por um ouvinte da Miróbriga que afirmou ser rara a emissão que não escutava. Além de ter tecido algumas considerações genéricas bastante abonatórias para comigo, na verdade, os maiores elogios foram - como não poderia deixar de ser - para o Dr. Alexandre Rosa. As palavras que me transmitiu a respeito do nosso comentador vaguearam entre um "estar muito bem informado sobre tudo o que envolve o Litoral Alentejano" e um "gostar de escutar os comentários porque fico a conhecer melhor o que está a acontecer na região".

A 25ª emissão está próxima e é sempre saudável escutar observações e críticas, quer as mesmas sejam positivas ou negativas.
Os ouvintes que queiram entrar em contacto connosco podem utilizar o meu email, bastando para tal clicar aqui.

Boas audições!


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 24 transmitida no dia 17 de Maio de 2008


Programa às sextas-feiras a partir das 18h00 e repetição aos sábados às 12h15.

Mais informações: Blogue da Miróbriga

16.5.08

Fazer de conta (III)
Ler Leis faz bem à saúde

Como pouco tenho que fazer e são imensos os tempos livres, arranjei uma ocupação para algumas horas ao longo da semana. Voltei a ser aluno e é sempre interessante aprender coisas diferentes. Num destes dias, descobri (e li) uma pérola conhecida por “Lei do Tabaco” (Lei n.º 37/2007). Aconselho vivamente a sua leitura a todos os que valoram a vida e a boa disposição. A fumadores, não fumadores e aos outros. Por exemplo, no n.º 1 do Artigo 4.º somos informados que “é proibido fumar:”
“a) Nos locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas colectivas públicas”
“b) Nos locais de trabalho”

Ou seja, esta Lei esclarece todos os portugueses que uma coisa é um local onde se trabalha e outra é um organismo da Administração Pública. Parece que a formatação referida noutro texto já chegou a quem fez esta Lei, cujos autores estarão, certamente, incluídos na alínea a). Além de, publicamente, os políticos serem vistos como uns malandros, os funcionários públicos também são uns inúteis que nada fazem e que vivem às custas dos trabalhadores. Desconhecer a realidade e mandar umas pedras a tudo o que mexe é outra fantástica vocação de um povo que outrora deu “novos mundos ao mundo”. Cada época e cada geração tem o que merece.

Regressando à lei maravilha, os momentos culturais vão-se sucedendo e a boa disposição também. Fiquem a saber que – bingo, só apetece gritar, bingo! – também é proibido fumar “nas cabinas telefónicas fechadas”. E se a porta estiver aberta? Irá, por certo, “provocar o envelhecimento da pele” como adverte esta Lei?
Eu decidi continuar a não fumar. Pelo menos enquanto souber que o fumo tem dentro de si coisas com nomes belos, porém indecifráveis como “benzeno, bitrosaminas, formaldeído e cianeto de hidrogénio”. Benzeno? Bitrosaminas? Formaldeído? Cianeto de hidrogénio? Cruzes que eu até era excelente aluno a Química no 12º ano!
Experimentem dizer estes palavrões todos juntos e ao mesmo tempo e depois digam lá se não fumar lhes dá mais fôlego? Deve ser por isto que “os fumadores morrem prematuramente”, “provoca ataques cardíacos e enfartes” e, pasme-se, “provoca impotência”. Está, assim, encontrado o motivo da baixa natalidade em Portugal e do buraco na Segurança Social. A malta prefere fumar e depois não consegue ter filhos. Não sei se pelos efeitos nefastos na saúde ou se pelo dinheiro que investe em tabaco, pouco sobrando para aquisição de fraldas e boiões alimentares.
Porque não, pura e simplesmente, proibir, em absoluto, o tabaco? E, já agora, também podíamos proibir o álcool, os funcionários públicos, os organismos do Estado e os árbitros de futebol.
Por favor, tirem-nos tudo menos os últimos.
Como iria o povo português sobreviver sem árbitros de futebol a quem possamos elogiar as famílias todos os fins-de-semana?







Imagens de colegas enquanto estudam a "Lei do Tabaco". Será que estudar também prejudica a visão? Ou apenas visam ler melhor?

13.5.08

Fazer de conta (II)
Europa das regiões





Um participante visivelmente irritado grita que não lhe estão a responder a uma pergunta. A cena sucede num (óptimo) evento que assinalou o “dia da Europa” em Setúbal e onde se debateram e se aprofundaram matérias relacionadas com a descentralização e a regionalização.
Em Portugal, vai ser muito complicada uma regionalização enquanto a emoção descontrolada guiar o rumo das nossas decisões. Neste aspecto, na dita Europa evoluída, poucos nos compreendem. É normal. Será que nós próprios nos compreendemos? Eu, raramente, o sei e, praticamente, nunca o admito. Enquanto as “raízes das coisas” não forem o rastilho da “causa das coisas” não passaremos do jogo entre gato e rato.
Por entre discursos demagógicos, frases feitas e a velha apetência nacional para deitar abaixo qualquer ideia – por muito boa que seja ou sobretudo se o for – torna-se penoso conseguir avançar.
No século e milénio passado, em 1987, entrevistei o então vocalista dos Taxi, João Grande (não é gralha, o nome do grupo é mesmo sem acento), e, quando lhe perguntei sobre a “mensagem” que procuravam transmitir nas canções do primeiro álbum, levei como resposta um “não existe qualquer mensagem porque só queremos divertir as pessoas”. Ainda bem e eu bem me diverti em 1981 e 82 com este disco. Quando lhe mostrei alguns exemplos ("TVWC", "É-me Igual" ou "Vida de Cão"), ele admitiu que não gostava era mesmo da palavra “mensagem”, mas que sim, que procuravam ser críticos em relação a uma série de questões do dia-a-dia, mais a crítica social e etc e tal. Chamar “mensagem” é que não, se faz favor, que não gostava.
Regressando a esta questão das Regiões. Aquando do Referendo, há 10 anos, eu tinha muitas dúvidas e admito que, tal como João Grande, também eu não aprecio certas palavras. A expressão “regionalização” sempre foi uma palavra de difícil digestão. Vá-se lá saber por quê. Manias minhas. Tirando esse detalhe, parece-me cada vez mais urgente que o povo compreenda o real sentido dessa reorganização. É que isto da comunicação social viver num paraíso mediático super-concentrado em que se criam e formatam mentalidades é coisa deveras inquietante. As associações intermunicipais são muito importantes, mas não chega. É preciso ir mais longe. E não me venham com essa dos políticos serem todos uns malandros que querem arranjar mais tachos… Se calhar por isso é que certos políticos deixaram de ser “parvos” e preferiram ir ganhar bastante mais em empresas privadas.



Luís Silva do Ó entrevista Eduardo Cabrita, Secretário de Estado da Administração Local.


Luís Silva do Ó entrevista Vitor Ramalho, deputado socialista.


O texto apresentado é uma crónica de opinião. As entrevistas realizadas são peças jornalisticas da minha autoria e cedidas à Miróbriga enquanto trabalho final.


Links:
Blogue da Miróbriga (1)
Blogue da Miróbriga (2)
Blogue da Miróbriga (3)

12.5.08

Fazer de conta (I)
O futebolês não aprende línguas

Gritos, choro e lágrimas foram coisas que não terão faltado aos adeptos e sócios do Boavista. E berros, muitos berros de um Valentim Loureiro em plena televisão a ver o que construiu a ir por água abaixo. É triste e temos pena. Temos pena do que está a suceder e temos (ainda mais) pena das arbitragens “estranhas” que pude presenciar em vários jogos entre azuis e quadradinhos. Coisas do arco-da-velha que, se calhar, eram mais do que isso.
Por causa de um desses jogos estive algum tempo sem meter os pés no Restelo. Isto de pagar bilhete e assistir a outros jogos tem limites.
Seja como for é mais um capítulo de uma ascensão e queda vertiginosa com dívidas colossais que devem atirar este histórico do desporto nacional para a extinção. Além de eventuais actos de má gestão, existiu, pelo meio da aventura, a construção de um novo estádio do Bessa. Parece ter sido o fim.
O meu Belenenses era um dos maiores clubes portugueses até que algum iluminado do antigamente se lembrou de nos “empurrar” das Salésias e nos atribuir uma pedreira que deu origem a um elefante branco chamado Restelo. Como resultado chegámos a ser despejados. Despejados no sentido real do termo. Com taças dentro de caixas no meio da rua. Não conseguiram extinguir o Belenenses, contudo, nunca mais deixámos de ser um “clube mais pequeno do que já fomos”. A quem não conheça sugiro uma visita à sala de troféus do Belém. Vai ter uma enorme surpresa.
Vamos ver se um dia isto muda em definitivo e regressamos ao nosso lugar. Não fosse o juridicamente absurdo “caso Meyong” e as escandalosas arbitragens em certos jogos (Marítimo, Porto, etc.) e esta temporada teríamos estado a lutar por um surreal 2º lugar. E vamos ver se o futebol em Portugal consegue evoluir e banir quem o transformou numa maçã podre.

11.5.08

À conversa com Alexandre Rosa
Programas 13 a 23

Na passada 6ª feira foi emitido o 23º programa e tem sido com enorme satisfação que tenho vindo a participar no mesmo. Conforme escrevi recentemente o formato está a ultrapassar as minhas melhores expectativas sendo os temas escolhidos muito interessantes. A fluidez de ideias e de discurso do comentador Alexandre Rosa têm feito a diferença.
Se tivesse que escolher de entre estes 23 programas optaria pela emissão dedicada ao 25 de Abril (nº 21) assim como não poderia omitir a emissão nº 20.

"À conversa com Alexandre Rosa" é um programa semanal de comentário aos grandes acontecimentos regionais, nacionais e internacionais. Os jingles e promocionais deste programa foram preparados por Bruno Gonçalves Pereira, meu amigo de sempre e profissional de excelência. Neste post estão reunidas as emissões 13 a 23.

Boas audições!


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 23 transmitida no dia 09 de Maio de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 22 transmitida no dia 02 de Maio de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 21 transmitida no dia 25 de Abril de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 20 transmitida no dia 18 de Abril de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 19 transmitida no dia 11 de Abril de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 18 transmitida no dia 28 de Março de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 17 transmitida no dia 21 de Março de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 16 transmitida no dia 14 de Março de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 15 transmitida no dia 07 de Março de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 14 transmitida no dia 29 de Fevereiro de 2008


"À Conversa com Alexandre Rosa", emissão nº 13 transmitida no dia 22 de Fevereiro de 2008

Programa às sextas-feiras a partir das 18h00 e repetição aos sábados às 12h15.

Mais informações: Miróbriga