30.4.07

Banco de Ensaio nº 23
Anaïs Mitchell - The Brightness

Nem sempre os melhores trabalhos entram nos tops de vendas e se tornam conhecidos do grande público. Este segundo álbum na carreira de Anaïs Mitchell é um daqueles discos que nos conquistam progressivamente. Numa linha folk alternativa, “The Brightness” tem marcado presença assídua no meu leitor de CD’s e acredito que por lá permaneça durante os próximos tempos. O timbre vocal é único. Se puderem, escutem “The Brightness” na íntegra.


Banco de ensaio nº 23 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 28/04/2007

Site: www.anaismitchell.com
MySpace: myspace.com/anaismitchell

29.4.07

Goleada de Cabral Ferreira

Ficou confirmada a percepção que publiquei no meu texto anterior e que tanta polémica levantou nos blogues “Futuro Belenenses” e “Canto Azul ao Sul”.
Cabral Ferreira goleou os adversários na noite eleitoral de ontem, ficando com mais do dobro dos votos do segundo classificado, Gouveia da Veiga. Isto, apesar de ter obtido uma vitória com uma percentagem inferior à eleição de 2005 (67,4% na altura, contra 62,5% de agora). Todavia, mesmo assim, viu aumentar o número de votos de 6567 para 7103, nas mais concorridas eleições dos últimos tempos. Votaram 2130 associados e mais não o fizeram porque existem regras que impossibilitam a participação de sócios com menos de um ano.

No dia seguinte ao desta eleição, espero que o desejo que expressei na minha crónica “O Belém somos nós” se concretize. Precisamos de um clube unido e que inclua em vez de excluir. E precisamos de ver quem participou ou apoiou as listas B e C a deitar para trás das costas rivalidades e a assumir a sua dedicação ao clube da cruz de Cristo.

A convite de João Pela, fiz para o “Futuro Belenenses” uma pequena cobertura da noite eleitoral de ontem. Fomos os primeiros a mostrar resultados da decisiva mesa 1 e isso deixa-nos felizes. Somente uma observação para reflexão futura. Fará sentido que os sócios presentes no Pavilhão não tenham tido oportunidade de tomar conhecimento dos resultados parciais, sobretudo quando a equipa de reportagem da Rádio Sesimbra (parabéns pela cobertura) divulgava, de forma privilegiada, números atrás de números?

Como pequeno brinde, ficam aqui umas curtas imagens de Cabral Ferreira, numa primeira reacção, para a Rádio Sesimbra, acerca da sua vitória eleitoral.


Além dos parabéns a Cabral Ferreira pela vitória e de um cumprimento a Gouveia da Veiga pela excelente campanha eleitoral que realizou, gostaria de enviar um abraço a todos aqueles com quem contactei nestes últimos dias de vida azul, nomeadamente, Henrique R., Telmo Carvalho, Marques da Silva, Luís Oliveira, Luís Lacerda, Luciano Rodrigues, Miguel Amaral, Miguel Barreiros, Pedro Lourenço, F. Valente, Paulo Jesus, João Pela, entre outros.

24.4.07

O Belém somos nós

O Direito a ter Opinião

O processo eleitoral no Belenenses e as diversas posições assumidas pelos comentadores que surgem na blogosfera são deveras inquietantes. De um lado, irrompem cidadãos, associados do clube, com as suas visões do que constituirá o melhor para o futuro do emblema do seu coração. Do outro lado, aparecem cidadãos que não dão o rosto e que assinam de forma anónima. A esmagadora maioria daqueles que não assumem a autoria das suas opiniões diabolizam o presidente e candidato Cabral Ferreira, ofendendo e atacando o seu carácter e o seu nome. Pouco ou nada se discute de essencial quando toca a assumir divergências com o actual líder azul. Pessoalmente, apreciaria um debate de ideias e um confronto entre projectos e meios para os efectivar. Infelizmente, o comum dos leitores destes fóruns, somente se preocupa com uma verborreia anárquica e inconsequente, desprezando qualquer argumentação lúcida ou válida. Posso não ter a certeza da direcção que o Belenenses deve trilhar, mas sei que este caminho, sem rumo, apenas pode prejudicar e jamais beneficiar. Ofensas e ataques avulsos não contribuem para unir uma família cada vez mais pequena, não servem para ampliar a dimensão do nosso clube, nem para fortalecer um crescimento urgente e necessário, crescimento esse unanimemente reconhecido em todas as latitudes do pensamento azul.
Temos de saber respeitar quem pensa diferente e urge sabermos argumentar e não jogar para cima da mesa frases ofensivas e desprovidas de substrato. Quando olho para o dia de amanhã, procuro adivinhar um Belém em que as diversas forças em presença não regateiem esforços, mesmo que os dividendos não sejam desfrutados pelo promotor da iniciativa. Quando uma ideia concretizada represente uma mais valia para o clube, deve ser realizada com o maior dos empenhamentos, ainda que se deteste o presidente da direcção desse momento. O importante é a instituição e não as pessoas que passam pela instituição.


Por um Belém a Sério

Sendo a instituição o que mais importa nestas e em todas as eleições devemos incentivar os diversos candidatos derrotados a colaborarem no dia seguinte. As eleições para os órgãos sociais de um clube não são semelhantes às eleições para a assembleia da república, mas são idênticas às eleições para a liderança de um partido político. Entre partidos diferentes existem vencedores, derrotados, governo e oposição. Num partido político, depois das propostas internas diferentes, existe, habitualmente, um trabalho conjunto entre vencedores e derrotados, pois, caso contrário, assistiríamos a cisões constantes e permanentes, assim como, ao surgimento exponencial de novos partidos. Num clube, após eleições, deve existir liderança (aquela que, democraticamente, sair do voto dos associados e em que todos deviam ser iguais) e colaboração com todos aqueles que possam constituir uma valia para a instituição. Darmo-nos ao luxo de desperdiçar potenciais investidores ou algumas fantásticas ideias que sempre surgem nestas ocasiões é uma aberração.
Tive o privilégio de ler os projectos de todos os candidatos e julgo muitos dos contributos interessantes, porém, considero irrealista assumir que queremos o Rossio sem que antes tenhamos estruturas para conquistar a Betesga. Em nenhum dos projectos li algo absolutamente espantoso, nem fiquei muito surpreendido com nenhuma das propostas. Creio, mesmo, que a esmagadora maioria dos associados votaria, se fosse possível, em todos os projectos em simultâneo. Vou mais longe ao acreditar que os próprios candidatos de uma lista concordam com a maioria das propostas alheias. E é bom se assim for porque mostra um pensamento superior comum, em prol dos interesses azuis, que é transversal às três candidaturas.
Naturalmente que cada uma considera ter o melhor projecto e as melhores pessoas para o levar por diante. Tomara que quem ganhe consiga realizar, no seu mandato, 50% das ideias plasmadas no programa. Contudo, acharia muito melhor que, além desses 50%, se pudessem agregar outros 50% vindos dos programas dos candidatos derrotados e com a colaboração dos próprios.


Desconhecimento e certezas

Desconheço a situação económica e a situação financeira do clube (são coisas diferentes) e da SAD (igualmente diferentes), mas, tenho a certeza de que todos os candidatos concordarão que é duplamente importante estar (ou vencer) a final da Taça de Portugal e ter conseguido marcar presença na Taça UEFA. E que o activo da nossa equipa de futebol profissional é neste final de temporada substancialmente superior ao que valia no início da época. Não basta criticar e apontar aspectos negativos. Fosse eu candidato e já teria publicamente felicitado o presidente Cabral Ferreira por esses feitos, pois, não poderia conceber que reconhecer o mérito do opositor fosse fragilizar a minha candidatura. Se pensasse assim, não teria a certeza de ser o melhor e todos os candidatos devem acreditar nas suas qualidades e potencialidades.
Gostaria que, destas eleições, saísse um vencedor chamado Belenenses porque esse é o único em quem devemos votar em todos os momentos. Todavia, o nome do vencedor é conhecido.


A Campanha Acabou

A frase não é minha, mas ecoou pelas bancadas do Restelo no jogo da meia-final. Com o futebol a ter este ano uma prestação dourada, não houve possibilidade objectiva de decorrer uma campanha eleitoral justa e imparcial entre as partes. Além dos disparates de retirar jornais de circulação ou de suprir serviços informativos, talvez a única possibilidade objectiva das alternativas fosse – por absurdo – suspender os jogos oficiais (campeonato e taça) a partir de Fevereiro ou adiar as eleições para momentos menos azuis. Desta forma e com estes resultados desportivos, não existem condições reais para um resultado diferente daquele que vai acontecer. Cabral Ferreira vai ganhar por uma goleada. E não, não sou um “vendido” nem me pagaram nenhuma viagem. Apenas faço por utilizar os neurónios que habitam dentro da minha cabeça.

22.4.07

Banco de Ensaio nº 22
Modest Mouse - We Were Dead Before the Ship Even Sank

Modest Mouse - We Were Dead Before the Ship Even SankO álbum “We Were Dead Before the Ship Even Sank” é o disco que marca a conquista do primeiro nº 1 dos Modest Mouse no top americano da Billboard. Editado em Abril deste ano, o single de apresentação, “Dashboard”, além de hiper comercial é já um êxito radiofónico. Destaque para a participação especial de James Mercer dos The Shins e uma curiosidade adicional para os antigos fãs dos Smiths: Johnny Marr participou nas gravações e integra actualmente os Modest Mouse.


Banco de ensaio nº 22 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 21/04/2007

Site: www.modestmousemusic.com
MySpace: www.myspace.com/modestmouse

21.4.07

Dia seguinte

Este meu pequeno (e quase anónimo) blogue registou ontem a sua maior afluência de sempre com mais de 200 visitantes diferentes. Igualmente, ontem, o video do momento do golo decisivo foi o 36º mais visto na variante desportiva do popular site youtube, tendo sido visualizado em mais de 1200 vezes!
O Belenenses está na final da Taça de Portugal e a festa que se viveu no Estádio do Restelo foi de grande intensidade. Provavelmente aconteceu coisa semelhante quando em determinado jogo decisivo para o título de campeão nacional se começaram a lançar foguetes antes de terminado o encontro. Felizmente, desta vez, a história foi diferente e não tivemos um banho de água fria. Na verdade, cheirou a Lisboa, cheirou a classe e às glórias antigas do Belém. E não estamos a ver a RTP Memória, mas, a viver as conquistas do presente. Agora, que estamos no Jamor, "o caneco é nosso"!



19.4.07

Belenenses regressa ao seu lugar

O meu clube, o Clube de Futebol "Os Belenenses", assegurou hoje, no Restelo, a passagem à final da Taça de Portugal e, em simultaneo, carimbou um lugar na Taça UEFA do próximo ano.
Assinala-se, assim, o regresso do Belenenses ao selecto lote dos grandes clubes portugueses. Não somos o quarto grande, mas sim, um dos grandes. Sinto-me feliz.

Vídeo do Golo da Vitória:
(imagens captadas na bancada dos sócios)


Conferência de Imprensa de Jorge Jesus:


Luciano Rodrigues e Telmo Carvalho depois da vitóriaLuciano Rodrigues e Telmo Carvalho depois da vitória.
João Pela e Telmo CarvalhoJoão Pela e Telmo Carvalho.
Colegas de sofrimento na festa do ResteloColegas de sofrimento na festa do Restelo.

15.4.07

Uma Sondagem Diferente

Nos blogues exclusivamente dedicados ao Belenenses tem vindo a ser debatido, apaixonadamente, os candidatos e projectos a serem votados nas eleições para os orgãos sociais.

O que proponho aos adeptos do Belenenses, que por aqui passem, é que indiquem na secção de comentários em quem vão votar e os motivos subjacentes a essa escolha. Mais do que apontar críticas às outras candidaturas gostaria de ler aspectos positivos que justifiquem a opção de voto no candidato escolhido.

Banco de Ensaio nº 21
The Shins - Wincing the night away

The Shins - Wincing the night awayEditado em 23 de Janeiro de 2007 e encomendado no dia seguinte, a verdade é que a entrega foi sendo sucessivamente adiada, até que optei por cancelar o pedido inicial e realizar nova encomenda através de outra loja virtual. Decorridos 2 meses de peripécias e já com “Wincing the Night Away” na mão, foi chegado o momento de gravar o espaço.
Este terceiro trabalho dos The Shins é um dos mais sérios candidatos a melhor disco de 2007, tal é a quantidade de canções de elevada qualidade que contém. Além do primeiro single “Phantom Limb”, “Wincing the Night Away” conta com outras pérolas como “Turn on Me”, “Australia”, “Sea Legs” e o alternativo “Red Rabbits”.
Sucesso um pouco por todo o mundo, o que faltará para que este álbum seja conhecido, também, em Portugal?


Banco de ensaio nº 21 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 14/04/2007

Site: www.theshins.com
MySpace: www.myspace.com/theshins

14.4.07

Fim de tarde no Restelo

O fim da tarde de hoje foi passado no Restelo, rodeado por amigos que conheci através da blogosfera. João Pela, Luís Lacerda, Telmo e Henrique R partilharam comigo os gritos de golo e a emoção inerente a este fantástico desporto.
Felizmente, o jogo correu pelo melhor, o Belenenses permanece num momento fantástico com cinco vitórias consecutivas e, hoje, foi a vez do Estrela da Amadora sair derrotado por três bolas a zero.
Foi muito bonito ver as bancadas com imensa gente, assim como foram vibrantes os gritos "Belém - Belém" que ecoavam entre a bancada dos sócios e a bancada oposta.
Para a História, aqui ficam algumas fotografias particulares e um pequeno vídeo onde se escutam os gritos de incentivo atrás referidos.



A festa estava prestes a começar.
Os bloguistas Henrique R e Telmo em grande plano.
Luís Lacerda, responsável pelo blogue CFBelenenses e Xandala, o homem do blogue Futuro Belenenses

13.4.07

Matateu - Mais Sons do Lançamento do Livro

Neta, Filha e Irmão de Matateu com Fernando Correia e Cabral FerreiraO lançamento do livro de Fernando Correia dedicado a Matateu ocorreu a 24 de Novembro de 2006. Da reportagem realizada, resultou uma emissão especial do programa Atlântico da Antena Miróbriga transmitida em 2 de Dezembro de 2006. Porém, foram registados outros sons durante a cerimónia oficial de lançamento. São essas declarações que hoje disponibilizo na integra.

Com um agradecimento especial ao meu amigo e responsável pelo Atlântico, Bruno Gonçalves Pereira, aqui fica um documento interessante, ou seja, o som em bruto dos discursos proferidos nesse fim de tarde.

Clicar para escutar.
Discursos proferidos durante a cerimónia de lançamento do livro dedicado a Matateu e realizada em 24/11/2006

10.4.07

A emenda e o soneto

Cartão de Associado de Luís Silva do ÓDesde há algum tempo que recebo os SMS’s informativos do Clube de Futebol “Os Belenenses”. Excelente a ideia desta Direcção de manter os associados e adeptos subscritores desse serviço gratuito por dentro das actividades, do quotidiano e dos resultados desportivos do clube do seu (meu) coração.
Aproximando-se as eleições para os órgãos sociais do Belenenses, as lutas internas e demais movimentações próprias de uma campanha eleitoral começam a surgir.

Vem isto a propósito de, hoje de manhã, ter sido surpreendido por um SMS com o seguinte teor:
“Bom dia! Por analogia com a decisão do Sr. Presidente da Assembleia Geral, que suspendeu, a pedido das Listas B e C candidatas às eleições de 28 de Abril, a distribuição do Jornal dos Belenenses, fica também suspenso este serviço informativo. Obrigado pela aderência”

Ora que bonito. Estamos em campanha, logo não temos serviço informativo.

Mas o dia não acabou aqui em termos de SMS’s. Recebi, agora, outro que é lapidar. Vem informar-me que, em vez de receber as informações do Clube, vou passar a receber as informações das 3 listas concorrentes! Ou seja, os meus dados pessoais foram transmitidos a terceiros para que possam encher-me o telemóvel com propaganda. Não sei se foi o Sr. Presidente da Assembleia Geral a autorizar esta violação de privacidade, mas não posso deixar de sorrir.

Já agora, porque será que não posso votar nem assistir às Assembleias Gerais (ainda sou associado recente) e posso receber SMS’s da Campanha Eleitoral?

Ora bolas, ou melhor, ora bolas para dentro das balizas adversárias, por favor!

3.4.07

Banco de Ensaio nº 20
Peter Bjorn and John - Writer's Block

Peter Bjorn and John - Writer's BlockChegámos com este “Banco de Ensaio” à vigésima edição do espaço em que procuro divulgar um novo disco todas as semanas. Naturalmente que este espaço existe e foi concebido para a Miróbriga. Os convites que tenho recebido para incluir o “Banco” em outras rádios locais são bastante agradáveis, mas, tenho-os recusado porque este espaço só existe porque é para a “minha” rádio. Uma excelente rádio local, das melhores que existem em Portugal, com óptimos profissionais, diga-se, e que, ao longo dos anos, tem sido uma referência e uma escola no Litoral Alentejano.
Regressando ao espaço, tem sido um desafio muito interessante e que me tem permitido conhecer muita música nova, da qual, uma minoria tem sido eleita para o “Banco”. Semana a semana, nem sempre terei tomado as melhores opções de divulgação, porém, entre dois álbuns interessantes continuo a preferir destapar aquele que menos conhecido seja dos portugueses. Procuro não repetir géneros musicais em semanas consecutivas, o que, por vezes, me causou constrangimentos. Tenho tentado, em todas as escolhas realizadas, optar por uma música passível de ser sucesso nas rádios FM. O conceito de canção mainstream tem estado sempre presente, mesmo quando os temas se podem classificar como mais alternativos ou independentes. É nessa mistura entre desconhecido, alternativo e comercial que os “Bancos” têm sido desenhados. O trabalho desta semana é um excelente exemplo do que busco semanalmente, pois Peter Bjorn and John é uma lufada de ar fresco na música contemporânea. Curiosamente, após Frida Hyvönen (que tem disco novo), são o segundo projecto sueco destacado neste espaço. “Writer's Block”, recentemente lançado nos Estados Unidos em edição especial que inclui um CD extra, contém um dos melhores temas pop que escutei nas últimas duas décadas e importa ser divulgado em Portugal. Lá fora, no mítico “estrangeiro”, já são um sucesso.



Banco de ensaio nº 20 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 31/03/2007

Site: www.peterbjornandjohn.com/
MySpace: www.myspace.com/peterbjornandjohn

27.3.07

Eleições no Belenenses
Jorge Coroado

A principal surpresa na lista de candidatura de Cabral Ferreira chama-se Jorge Coroado e surge indicado para Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Como curiosidade deixo-vos as suas declarações, hoje, perto das 19 horas, no Salão Nobre do Padrão dos Descobrimentos em Lisboa.



Nota: Em apenas 3 dias o presente vídeo foi visto por 300 pessoas!

25.3.07

Banco de Ensaio nº 19
Youth Group - Casino Twilight Dogs

Youth Group - Casino Twilight DogsA atenção dada por este espaço à música de origem australiana já não é novidade e, esta semana, mostramos o novo trabalho dos Youth Group, grupo que se encontra em fase ascendente e que, nos últimos anos, tem vindo a apostar na internacionalização por terras inglesas e norte-americanas.
Além dos temas inéditos, surge, neste álbum, uma versão de “Forever Young”, popularizado pelos Alphaville no seu trabalho de estreia. Decorridos 22 anos da edição original, a nova versão de “Forever Young” obteve grande sucesso na Austrália, tendo, inclusivamente, permitido que os Youth Group recebessem um “ARIA award”.
A música oscila entre a experiência adolescente de “Sorry” e a componente adulta de “The Destruction of Laurel Canyon”. Sem ser uma obra prima, “Casino Twilight Dogs” revela-nos um projecto que iremos acompanhar aqui, neste outro lado do planeta.


Banco de ensaio nº 19 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 24/03/2007

Site: www.youthgroup.com.au

24.3.07

Genuinamente português

O Belenenses apresentou ontem, dia 23 de Março, a sua nova estratégia de comunicação. Esta é uma amostra que ilustra a nova ambição do clube ao juntar a epopeia dos Descobrimentos ao eterno sonho azul.
Após 40 anos de adormecimento profundo estará a acordar o clube genuinamente português?
Clicar para mais detalhes.

23.3.07

Um Mandato Agitado

João Pela e Luís Silva do ÓConheci João Pela – responsável do blogue "Futuro Belenenses" – na penúltima Assembleia Geral do Clube de Futebol "Os Belenenses" e voltámos a encontrarmo-nos na festa de lançamento do livro escrito por Fernando Correia e dedicado a Matateu. Dono de uma acutilância invulgar, consegue ser incrivelmente mordaz, detendo uma capacidade argumentativa invulgar. Na semana passada, recebi um email a desafiar-me para que escrevesse um texto de balanço a respeito do mandato de Cabral Ferreira, presidente do clube da Cruz de Cristo, que se encontra a chegar ao fim. Tentei responder afirmativamente a este desafio e daí resultou o seguinte texto hoje publicado no blogue "Futuro Belenenses".
Ao João Pela, um abraço e as minhas felicitações pelo excelente blogue que mantém.


Texto publicado no blogue "Futuro Belenenses":

A minha paciência com quem gosta de colocar rótulos em cima de pessoas que, somente, ousam expressar as suas opiniões materialmente desinteressadas é manifestamente reduzida. Tão reduzida como o tempo de que disponho para discussões pueris, improdutivas e sem sentido. Ao receber o convite do amigo João Pela para emitir uma opinião, em jeito de balanço, a respeito deste mandato, oscilei entre a recusa baseada no pragmatismo do pouco tempo livre de que disponho e a tentação de jogar cá para fora qualquer coisa que, inevitavelmente, vai ser sinónimo de rótulo…

Mesmo antes de tentar dizer alguma coisa de jeito, terei de assumir já ter sido um adepto azul mais doente. Enquanto criança e adolescente, sofria do vício profundo que atinge a maioria dos nossos cada vez menos associados de sangue azul da cruz de Cristo. Para cúmulo da paciência dos meus familiares e amigos, até autocolantes desenhei para colocar ao peito de toda a gente que apareceu na festa do meu 12º aniversário: "Obrigado pelos parabéns e como cá estás toma lá este autocolante".

Os anos foram voando, os jogos passaram a ser em horários impróprios para deslocações ao Restelo e outras prioridades foram-se estabelecendo. Pelo meio, aterrei, em mau momento, na outrora famosa ML do Belenenses, numa época de confrarias alentejanas e de lá saí sem saudades. Regressei com maior assiduidade a Belém no momento em que descemos (mas não descemos) de divisão. Género "toque a rebate", senti que não podia ficar mais tempo afastado e, finalmente, tornei-me associado (no passado foram várias as tentativas e os falhanços de quem estava a 150 km. de distância e se via confrontado com um carente serviço de relações públicas). A propósito, campanhas de novos associados precisam-se.

Antes do caso Mateus, do presidente do clube apenas sabia o nome, pois não compro e tampouco leio, jornais desportivos dedicados a Benfica, Porto e Sporting.
Que a situação económica e financeira é má, que a época desportiva anterior foi catastrófica, que o clube permanece a perder associados ou que nada de estruturante foi executado, já toda a gente sabe e nem vale a pena perder tempo com balanços. Porém, durante o caso Mateus e na actual época futebolística, apreciei a actuação do presidente.
Na minha óptica, é importante, este ano, ganharmos a Taça de Portugal e irmos à UEFA ficando no melhor lugar possível no campeonato. Porém, ficaria muito mais confiante no futuro do clube se visse passos em frente na construção de um projecto estruturante. A componente imobiliária, a expansão para o concelho vizinho, a parceria com um grande clube europeu (temos laços históricos com o Real Madrid que urge potenciar), a recuperação das Salésias e do complexo desportivo, o repensar do Bingo, a formação e prospecção de novos talentos, a aposta no marketing, imagem e modernidade, o profissionalismo, etc., etc.
Não quero com isto, jamais, dizer que as conquistas do futebol não são importantes. São tão importantes que se bem aproveitadas poderão acelerar (bastante) o nosso crescimento.

O meu balanço final não será do agrado da linha de pensamento maioritária na blogosfera azul e que crucifica Cabral Ferreira, género vilão responsável por não sermos campeões nacionais desde 1946 (com todo o respeito, o titulo da 2ª Divisão não conta para as minhas estatísticas). Tive oportunidade de o conhecer em rápidos momentos e não poderei acrescentar mais nada ao que toda a gente reconhece acerca da sua simpatia e cordialidade. Antes do caso Mateus, a avaliação seria negativa. Todavia, após essa altura, parece ter existido um bom trabalho na gestão do dia-a-dia e nas opções da nossa equipa de futebol. Os resultados, até ao momento, são uma surpresa, a equipa joga à bola como não se via desde os velhos tempos de Marinho Peres e Jorge Jesus é, em si mesmo, uma revolução crescente e que se deve saber aproveitar.
Seja como for, eu não irei votar. Não porque não queira ou por ter quotas em atraso, mas porque os Estatutos não me atribuem esse direito. Sou associado recente e quiçá perigoso.
Enquanto nos mantivermos preocupados com o acessório, dificilmente chegaremos ao essencial. Mesmo assim, continuo a acreditar que o nosso futuro pode (se quisermos) ser bem azul.




PS: Este foi o meu balanço possível. A respeito das eleições que se aproximam, apreciei o projecto que pude ler da autoria da candidatura de Gouveia da Veiga e, ainda sem conhecer nem nomes ou projecto, considero muito improvável que a vitória fuja a Cabral Ferreira.

PS2: Já depois de ter "fechado" este texto, surgiram novos dados positivos para o actual presidente azul. A entrevista de Cabral Ferreira ao jornal "A Bola" e o anúncio da parceria com o Real Madrid – facto importante que interessa conhecer em detalhe.

19.3.07

Banco de Ensaio nº 18
John Mellencamp - Freedom's Road

John Mellencamp - Freedom's RoadJohn Mellencamp regressa com um grande disco em 2007. Todos aqueles que conheceram este músico nos idos anos 80, têm em “Freedom's Road” uma excelente surpresa, certamente o melhor disco de Mellencamp desde 1993. Constituído por temas muito fortes, este novo trabalho merecia uma melhor divulgação no éter nacional.

Como creio ter escrito algures, eu comecei a apreciar a música anglo-saxónica em criança. Tive a felicidade de ter na família uma pessoa que estava uns bons anos à frente do País e que me banhava musicalmente aquando das minhas deslocações à Rua do Cruzeiro em Lisboa. Ela jovem e eu ainda criança. Na verdade, em vez de escutar o “Jardim da Celeste” era brindado com as mais recentes edições ou com o melhor do rock'n'roll. Belos tempos e excelentes recordações que transporto desses dias. Ao longo dos anos a Ana esteve sempre presente no meu percurso como balança aferidora ou como conselheira (hoje seria consultora) e na verdade ainda hoje me continua a brindar com os seus comentários a respeito de coisas como o “Banco de Ensaio”. Conforme antigamente era mais frequente, ser crítico de música em Portugal devia ser sinónimo de conhecimento profundo da história da música do mundo. Só dessa forma se consegue emitir opinião válida e justa a respeito do trabalho de um artista. Regressando a John Mellencamp, eu gostaria de ser o autor e de ter utilizado no espaço, o pequeno texto que recebi e que aqui reproduzo, com o devido agradecimento e pedido de desculpas à minha prima Ana Luísa do Ó pela sua divulgação pública.

“"This land is your land, this land is my land,
from California, to the New York Island,
from the Redwood Forest, to the Gulf Stream Waters,
this land was made for you and me."
Foi escrito e cantado por Woody Guthrie, em 1940.
Em 2007, John Mellencamp canta "Our Country".
67 anos depois, goste-se ou não, que é como quem diz, ame-se ou odeie-se, os EUA continuam a ser a terra das oportunidades, a terra onde se pode conseguir qualquer coisa mais facilmente, desde que haja vontade e garra, e onde, apesar de tudo, ainda se vai caminhando pela Estrada da Liberdade.”



Banco de ensaio nº 18 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 17/03/2007

Site: www.mellencamp.com

Para adquirir “Freedom's Road”:


Ver vídeo

11.3.07

Banco de Ensaio nº 17
UHF – Canções Prometidas (raridades volume 1)

UHF – Canções Prometidas - Raridades volume 1Desde há muitos anos que se fala dos inéditos e das canções “esquecidas” no fundo do baú dos pioneiros rock lusitanos UHF. A isto acresce a ausência em formato CD da maioria dos álbuns editados por este grupo e algum ostracismo a que o seu importante trabalho foi remetido. Mesmo aqueles que nunca simpatizaram com a música personalizada dos UHF reconhecem o mérito pioneiro de 1980, a atitude rock de António Manuel Ribeiro no então incipiente panorama musical português e a perseverança com que este homem ultrapassou problemas gravíssimos sem que colocasse publicamente em causa a continuidade do projecto. Foram várias as cisões internas, os problemas com diversos tipos de dependências (álcool e drogas) e, durante a década de 80, António Manuel Ribeiro coleccionou cicatrizes e graves acidentes de automóvel que o chegaram a deixar às portas da morte.
Tivesse ele morrido num desses momentos e seria, hoje, o mito maior do rock português… Felizmente, permanece vivo mesmo que a chama dos UHF tenha vindo a ser consumida por responsabilidade própria ou alheia. Os inimigos coleccionados em anos de frontalidade desregrada, num meio tão pequeno como o nosso, têm sempre inevitáveis consequências mediáticas.
O álbum “Canções prometidas” mostra-nos parte do espólio de raridades que António Manuel Ribeiro tem mantido secreto. Apesar de conhecer algumas destas pérolas inéditas (ser amigo de longa data do António tem destas vantagens), desconhecia a maioria dos temas deste CD. Mesmo tendo consciência de que esta seria sempre uma edição histórica – porquanto única no nosso panorama –, acabei por ficar desarmado à medida que fui escutando o trabalho. Além de um disco histórico, estamos na presença de um dos melhores e mais bem conseguidos álbuns da carreira dos UHF. Temos canções inéditas de 1979 que podiam ter integrado o “À Flor da Pele”, mas temos também potenciais sucessos gravados em 2005 e não incluídos no “Há Rock no Caís”. A canção que mostro no Banco, de 2001, é um bom exemplo da agradável surpresa de “Canções prometidas”.
E este é somente o primeiro volume de um conjunto de três…


Banco de ensaio nº 17 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 10/03/2007

Site: www.uhfrock.com

Para adquirir “Canções Prometidas”:
Os pedidos de envio da 1ª edição que inclui uma faixa escondida poderão ser realizados através do endereço aiemera-lda@sapo.pt, mantendo-se o preço do lançamento de 11 Euros acrescido de 2,30 Euros para despesas de envio por correio registado. A edição regular será colocada à venda nas lojas dentro de 3 semanas.

5.3.07

Banco de Ensaio nº 16
Dustin Kensrue - Please Come Home

Dustin Kensrue - Please Come HomeQuando um líder de um grupo projecta um disco a solo existe sempre o risco de não conseguir descolar da sonoridade a que nos habituou ou de simplesmente desiludir.
No caso do líder da banda de pós-hardcore Thrice nenhum desses receios se confirma. “Please Come Home” começou a ser preparado em meados de 2004 tendo alguns temas sido divulgados no myspace na Primavera de 2005.


Banco de ensaio nº 16 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 03/03/2007

Site: www.dustinkensrue.com

Ver vídeo

28.2.07

Raridades em disco

UHF em 1993 nos tempos de Santa Loucura. Fernando Pinho, Rui Dias, Renato Jr, António Manuel Ribeiro e eu próprio. Todos bem mais novinhos...O momento é histórico para amigos e admiradores do trabalho da mais determinante banda do rock português surgida aquando do boom de 1980.
Brevemente vai estar disponível no mercado um primeiro volume de raridades dos UHF e são bastantes os pontos de interesse. É natural que o apetite seja superior por canções da época inicial dos UHF e de um período que se prolongou até à edição do álbum ao vivo "Julho, 13" (1990). Porém, não deixa de ser curioso que outros dois momentos altos sejam a versão acústica da "Lágrima" (2004) e um inédito, "Canção de Roubar o Amor" (2005), que poderia ser o hit de um futuro trabalho de originais!

Os UHF na noite do Coliseu de Lisboa em 2006.A propósito de notícias sobre a actualidade dos UHF escrevi um pequeno texto no Canal Maldito, do qual transcrevo a parte que se relaciona com o referido disco de raridades:

Não será este o post correcto para analisar o alinhamento e a oportunidade da edição, mas não resisto a louvar a iniciativa, destacando, como principal curiosidade, o tema inédito da dupla AMR/Carlos Peres ("Deste lado do rio"), assim como a versão (?) desconhecida de "Estou de Passagem", ambas gravadas em 1979.
Sublinho, ainda, o destapar da versão longa de "Nove Anos" (a letra completa já tinha sido incluída no single "Na tua cama"/"Nove anos") e a versão de "Jorge Morreu" (1982) realizada em época muito alta da carreira dos UHF.
Motivo de regozijo, ainda, para a inclusão da música gravada ao vivo em 13 de Julho de 1990, "Geraldine", a qual, apesar de estar verdadeiramente diabólica, não havia sido seleccionada para o alinhamento do disco ao vivo "Julho, 13".
Em todos os discos dos UHF existe o designado "tema forte" e neste - o mais forte - chama-se "Canção de Roubar o Amor".



Nota: A primeira fotografia deste post foi tirada no stand da associação Procris no decurso de uma Feira/Festa da Juventude em Santiago do Cacém (1993). Os UHF estiveram lá a dar autógrafos no nosso stand e ainda houve oportunidade de estrear nacionalmente na Antena Miróbriga temas tão marcantes como "Sarajevo" ou "Menina estás à Janela". A segunda fotografia, já divulgada neste blogue, foi tirada após o espectáculo dos UHF no Coliseu de Lisboa em 2006.

26.2.07

Banco de Ensaio nº 15
The Broken West - I Can't Go On, I'll Go On

The Broken West - I Can't Go On, I'll Go OnO “Banco de ensaio” tem, desde o seu início, procurado mostrar novos álbuns que me pareçam interessantes e dignos de registo.
Em muitos casos, tenho vacilado entre mostrar nomes prestigiados ou outros praticamente desconhecidos, tendo a balança pendido, normalmente, para esse segundo grupo. Ao longo destas 15 semanas de “Banco”, já tive de optar por deixar na prateleira alguns espaços gravados e concluídos. Por exemplo, “The Information” de Beck, “Ta-Dah” dos Scissor Sisters e “Concrete” dos Pet Shop Boys foram alvo de edição completa e acabaram por ficar do lado de fora dos trabalhos divulgados. Qualquer um destes 3 álbuns figura na esmagadora maioria das listas de melhores discos de 2006 e seriam, com certeza, bons momentos para o comum ouvinte do programa Atlântico da Antena Miróbriga. Porém, na realidade, quando me confronto com um nome credenciado e outro menos conhecido poderei hesitar bastante, mas sei que tomarei a decisão de mostrar o menos credenciado.
Esta semana isso, também, sucedeu e acabei por preferir mostrar “I Can’t Go On, I’ll Go On”, o disco de estreia dos The Broken West, uma banda rock repleta de energia e que nos consegue deixar bem dispostos. Pessoalmente, não espero que esta banda venha a produzir, no futuro, um disco inovador e que se torne mundialmente relevante. Todavia, num momento em que sofremos semanalmente com um Top de vendas nacional carregado de música de supermercado, soube-me muito bem escutar um CD como este. Se não conhecem este grupo, perceberão após escutarem o tema que escolhi, “Down In The Valley”.


Banco de ensaio nº 15 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 24/02/2007

Site: www.thebrokenwest.com