20.10.08

Novamente no Atlântico da Miróbriga

BANCO DE ENSAIO - SEGUNDA TEMPORADA
O REGRESSO NO PRÓXIMO SÁBADO

Para apresentar a segunda temporada do BdE estive este fim-de-semana no Atlântico à conversa com Bruno Gonçalves Pereira.
Santiago do Cacém, Sines, Odemira, Grândola e Alcácer do Sal irão continuar a conhecer grandes sucessos internacionais com meses de antecedência?
O meu objectivo, quando escolho os álbuns, é de somente mostrar trabalhos de qualidade e que possam agradar ao auditório, porém, se voltar a acertar em sucessos futuros não irei ficar triste! Nesta vertente comunicacional e noutras matérias, só lamento que as mais-valias regionais não sejam aproveitadas por quem de direito. De que vale a nossa região ter personalidades com imenso valor profissional se, depois, muitas delas são ostracizadas?
Bruno Gonçalves Pereira, que se encontra na RTP e que já passou pelos grupos Renascença e MediaCapital, é um bom exemplo desta ausência de visão regional.

Uma referência final para uma novidade do Atlântico.
A partir desta semana está disponível a emissão integral do programa no blogue do Atlântico. A não perder!


Apresentação do BdE no programa Atlântico de 18/10/2008

19.10.08

À Conversa com Alexandre Rosa
Programa 05 - Ano 2

Destaques:

* O que se pode esperar da situação financeira internacional após as medidas anunciadas pela União Europeia
* A resposta portuguesa à crise económica
* O Orçamento de Estado para 2009
* O comportamento dos vários partidos políticos nacionais nestes agitados dias de crise económica e financeira


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 05 transmitida no dia 17/10/2008

15.10.08

Paul McCartney não morreu em Abbey Road

Eu pecador me confesso.
Os Beatles nunca fizeram parte da minha discoteca preferida.
Dito isto, assim, a frio, a afirmação soa-me a quase sacrilégio!
Sem inventar desculpas, creio que as compilações que me ofereceram no início dos anos 80 contribuiram bastante para isto.
Tirando esses LP's traumáticos os Beatles nunca foram estranhos para mim o que piora toda esta história.
A minha prima Ana Luísa é grande conhecedora do trabalho dos quatro de Liverpool. Porém, ao contrário de outros nomes que descobri na sua casa (Hank Williams, Woody Guthrie, Bob Dylan, Janis Joplin, Bruce Springsteen, Steve Miller Band e mais uma quantidade de músicos que construiram a música rock do século XX) na realidade os Beatles não me entusiasmaram.
Tinha, inclusivamente, um poster gigante do "Abbey Road" colado numa das paredes do meu quarto em Santiago do Cacém.
Finalmente, tomei uma decisão sábia. Comprei um álbum dos Beatles! Agora tenho o "Abbey Road" em CD e no meu leitor do automóvel. Suponho que vai suceder o mesmo que ocorreu quando adquiri o primeiro disco do Bob Dylan...
Seria inevitável.
E como tomei esta decisão?
Li o artigo do Luís Pinheiro de Almeida no último Blitz, que transborda de sabedoria connosco partilhada e pensei... "É pá, depois de leres o primeiro artigo decente escrito na imprensa musical portuguesa nos últimos 10 anos não podes evitar comprar alguma coisa destes tipos!"
O engraçado é que conheço razoavelmente bem a carreira dos Fab Four, mas nunca me tinha dado para comprar os álbuns de originais!
A verdade, a verdade, é que nunca é tarde para escutar a arte em estado puro.
Ana, estarei perdoado?


_________________________

A MORTE DE PAUL MCCARTNEY

Enquanto Jim Morrison e Elvis Presley estariam vivos, no caso de Paul McCartney seria o inverso. Provavelmente este foi o primeiro grande boato na história do rock. Assim, conta a lenda, numa noite de chuva em 1966, Paul McCartney, acabado de sair dos estúdios Abbey Road, conduzia o seu Aston Martin quando sofreu um acidente fatal. No auge da carreira dos Beatles, John, George e Ringo decidiram silenciar o ocorrido e substituiram Paul por um sósia.
As "provas" são evidentes na capa do LP "Abbey Road":
1. Os Beatles estão a atravessar a rua e Paul está com o passo trocado em relação aos outros;
2. Paul está descalço - os mortos não são enterrados com sapatos;
3. Paul está com os olhos fechados;
4. John está todo de branco (simbolizaria um anjo), Ringo de preto (seria um padre) e George de calças de ganga (seria o coveiro!).
5. Paul está a segurar o cigarro na mão direita. Ora, como Paul é canhoto devia estar a segurar o cigarro com a mão esquerda;
6. A música "Come Together" tem uma passagem em que diz: "one and one and one is three" (um mais um mais um são três) o que significaria que "John mais George mais Ringo são três". Não contariam com o Paul, pois ele estaria morto.
7. A matricula do VW branco estacionado na rua é 28IF. Paul teria 28 anos se (IF) estivesse vivo. Além disso estamos a falar de um VW... Beetle.
8. Há um carro funerário estacionado na rua.
Mas, existem, mais "evidências", as quais estão espalhadas na obra dos Beatles desde 1966. Em "Strawberry Fields" surge uma voz abafada em fundo que aparentemente diz "I buried Paul". Em "Glass Onion", John canta que Paul era uma morsa - símbolo da morte em culturas antigas.
O que ainda ninguém sabia até hoje é que toda esta campanha foi dirigida secretamente por Yoko Ono.

13.10.08

BdE - 2ª temporada

Em breve no Atlântico!



DISCOS DA PRIMEIRA TEMPORADA:

1. The Decemberists - The Crane Wife (21/10/2006)
2. Enigma - A Posteriori (28/10/2006)
3. Chantal Kreviazuk - Ghost Stories (04/11/2006)
4. Badly Drawn Boy - Born in the U.K. (11/11/2006)
5. Frida Hyvönen - Until Death Comes (18/11/2006)
6. My Chemical Romance – The Black Parade (25/11/2006)
7. Dierks Bentley – Long Trip Alone (09/12/2006)
8. Nellie McKay – Pretty Little Head (16/12/2006)
9. Pilot Speed – Into the West (13/01/2007)
10. +44 – When Your Heart Stops Beating (20/01/2007)
11. ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead - So Divided (27/01/2007)
12. Monta - The Brilliant Masses (03/02/2007)
13. Julie Doiron - Woke Myself Up (10/02/2007)
14. The Holmes Brothers - State Of Grace (17/02/2007)
15. The Broken West - I Can't Go On, I'll Go On (24/02/2007)
16. Dustin Kensrue - Please Come Home (03/03/2007)
17. UHF – Canções Prometidas (raridades volume 1) (10/03/2007)
18. John Mellencamp - Freedom's Road (17/03/2007)
19. Youth Group - Casino Twilight Dogs (24/03/2007)
20. Peter Bjorn and John - Writer's Block (31/03/2007)
21. The Shins - Wincing the night away (14/04/2007)
22. Modest Mouse - We Were Dead Before the Ship Even Sank (21/04/2007)
23. Anaïs Mitchell - The Brightness (28/04/2007)
24. Mêlée - Devils & Angels (05/05/2007)
25. John Mayall and the Bluesbreakers - In the Palace of the King (12/05/2007)
26. Jesse Sykes & the Sweet Hereafter - Like, Love, Lust & the Open Halls of the Soul (19/05/2007)
27. Trabalhadores do Comércio – Iblussom (26/05/2007)
28. Bright Eyes - Cassadaga (02/06/2007)
29. Brandi Carlile - The Story (09/06/2007)
30. Feist - The Reminder (16/06/2007)
31. Paul McCartney - Memory Almost Full (30/06/2007)
32. Mark Olson - The Salvation Blues (07/07/2007)
33. Rufus Wainwright - Release the Stars (21/07/2007)
34. Toby Keith - Big Dog Daddy (28/07/2007)
35. Abra Moore - On the Way (04/08/2007)
36. Zazie - Totem (11/08/2007)
37. Porter Wagoner - Wagonmaster (18/08/2007)
38. Christophe Willem - Inventaire (25/08/2007)
39. Manic Street Preachers - Send Away the Tigers (15/09/2007)
40. Jimmy Jansson - Sån E Jag (22/09/2007)
41. Peter Himmelman - The Pigeons Couldn't Sleep (29/09/2007)
42. Colbie Caillat - Coco (06/10/2007)
43. Tegan and Sara - The Con (13/10/2007)
44. Blue Rodeo – Small Miracles (20/10/2007)
45. Rascal Flatts – Still Feels Good (27/10/2007)
46. Joe Henry - Civilians (03/11/2007)
47. David Jordan - Set the Mood (24/11/2007)
48. Patti Scialfa - Play it as it lays (09/12/2007)
49. Bruce Springsteen - Magic (15/12/2007)
50. Shout Out Louds - Our Ill Wills (22/12/2007)
51. The Eagles - Long Road Out Of Eden (29/12/2007)
52. UHF – Canções Prometidas (raridades volume 2) (02/01/2008)
53. OneRepublic - Dreaming Out Loud (12/01/2008)
54. Duran Duran - Red Carpet Massacre (19/01/2008)
55. Jordin Sparks – Jordin Sparks (26/01/2008)
56. Jamie Scott & The Town - Park Bench Theories (02/02/2008)
57. Sara Bareilles - Little Voice (09/02/2008)
58. Laura Critchley - Sometimes I (16/02/2008)
59. Pat Monahan - Last of Seven (23/02/2008)
60. Yael Naim - Yael Naim (01/03/2008)

12.10.08

À Conversa com Alexandre Rosa
Programa 04 - Ano 2

Destaques:

* Mais uma semana negra na situação económica mundial
* Uma perspectiva sociológica sobre um cenário de pânico da população perante esta crise
* Acção concertada entre bancos centrais leva à baixa na taxa de juro de referência em meio ponto percentual
* No debate quinzenal na Assembleia da República o Primeiro-Ministro anunciou um conjunto de medidas no combate à crise económica


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 04 transmitida no dia 10/10/2008

O grande comentário de Alexandre Rosa a questões internacionais, nacionais e do Alentejo Litoral às 6ªs feiras às 18h00 e aos sábados a partir das 12h00.

9.10.08

Num pequeno seria assim?

Os motivos não são os mais nobres, mas, a polémica gera sempre maior audiência. O que importa referir é que a notícia mais lida no dia de hoje no site do jornal Record foi uma cujo motivo central é o Belenenses. Se o caricato da questão envolvesse outro clube de menor dimensão a afluência para leitura seria semelhante? Tenho sérias dúvidas! O que não compreendo é o pouco espaço que o Belenenses tem nos jornais desportivos diários. Se um clube gera mais de 13 mil visitas a uma notícia - a segunda mais lida é referente ao Porto com 8 mil leituras e a terceira relativa ao Benfica com 7 mil acessos - compreende-se que este "êxito" não é somente uma consequência do Jorge Costa não vir para o Belém dado um suposto telefonema em que o Jorge era trocado pelo Jaime. O Fernando Hidalgo a afirmar "não há mais conversa" também supõe polémica, mas, o interesse despertado é bem menor!

5.10.08

À Conversa com Alexandre Rosa
Programa 03 - Ano 2

Destaques:

* A situação económica internacional
* Os impactos na economia real
* Como Portugal está a enfrentar esta situação económica complicada

* A questão da saúde e dos enfermeiros no Litoral Alentejano
* O Presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, foi distinguido com o Prémio de Mérito Turístico
* A consolidação da Escola de Artes de Sines
* A Feira de Outubro em Alcácer do Sal


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 03 transmitida no dia 03 de Outubro de 2008

O grande comentário de Alexandre Rosa a questões internacionais, nacionais e do Alentejo Litoral às 6ªs feiras depois das 18h00 e aos sábados a partir das 12h15.

Mais informações (clicar aqui)

Escutar a Miróbriga.

3.10.08

Dias Atlânticos – B52

Os anos voam e nada permanece igual.
Em Santiago do Cacém, conhecemos a modernidade no início dos anos 90, quando surgiu uma discoteca que quebrou preconceitos e inovou em diversos aspectos, inclusive na vertente cultural.
As festas temáticas que os “Dias Atlânticos” organizavam às quintas-feiras proporcionavam algo de único e de mágico.
A enorme imaginação com que eram abordadas essas festas, com decorações feitas à medida de cada acontecimento, elevavam estas noites a momentos únicos. Recordo-me de festas absolutamente inesquecíveis, como a “Festa da Praia” (toda a discoteca transformada em praia com centenas de quilos de areia…), ou de um Dia da Juventude com a actuação dos Ena Pá 2000 (aquando da edição do seu primeiro álbum).
A Antena Miróbriga realizou algumas reportagens em directo e tenho memória de uma semana inteira de directos quando uma piscina gigante foi instalada na zona do parque de estacionamento…
Num destes dias, descobri uma cassete velhinha com alguns excertos de uma reportagem em directo realizada durante a festa dedicada ao B52. Ao bombardeiro norte-americano e à bebida que Luís Lucas trouxera da Noruega.
Mais tarde, o barman Luís Lucas acabou por realizar e apresentar comigo o programa de rádio “Café Rock”. A reportagem foi realizada em conjunto com dois grandes amigos, João Paulo Borges e João Paulo Lourenço. Não me recordo o motivo, mas a gravação consta, basicamente, das minhas intervenções, o que lamento! Este excerto é resultado de uma emissão completamente em directo, inclusivamente, a música que foi escutada era a que estava a ser passada na discoteca. Por falar em música, apesar de datada reparem bem nas escolhas, a dedo, que JAP realizou - um dos proprietários e DJ de excelência. Como lembrança aqui fica o áudio gravado da reportagem realizada no meio do barulho que se pode imaginar...
Belos tempos em que falar alto ainda não era sinónimo de Júlia Pinheiro…

Daqui deixo um abraço ao João Paulo Lourenço, João Paulo Borges e Luís Lucas, amigos com quem não me encontro há anos... e outro abraço para o JAP, verdadeiro exemplo de capacidade visionária que chocou com o atraso do meio onde o projecto foi erguido.





"Com o espiríto nesse filme sempre pop decidi chamar Dias Atlânticos a um espaço nocturno que nasceu para o mundo, no litoral alentejano, em 29 de Maio de 1991. Durou poucos anos mas encheu de noites a vida de muita gente. Naquele tempo, os regulamentos policiais impunham que os estabelecimentos nocturnos encerrassem às 4 da manhã. Por isso, quando a hora chegava, a música calava-se. Quando essa hora chegava o Al Berto deitava-se no pavimento da pista sem abandonar o seu copo de cerveja e gritava “JAP, põe David Bowie!”. E lá tínhamos direito a Young Americans e a chatice com as forças da ordem."
JAP, 6 de Março de 2005

29.9.08

TAXI - A vida depois da morte
Novo disco em 2009

Na noite da Febre de Sábado em 2006 ficou evidente que mais ano menos ano os Taxi regressariam às lides. E eis senão quando, ontem, no decurso de uma participação num programa de TV ficamos a saber, pela voz de João Grande, que vão mesmo regressar no início de 2009 e com um novo álbum de originais.
Mesmo colocando sérias reservas ao disco que está para vir a notícia não deixa de entusiasmar quem escutou e dançou centenas de vezes o velhinho "Taxi", vibrou, também, outras centenas com "Cairo" (a lata permanece na minha secretária), escutou umas dezenas de ocasiões o fraco "Salutz" e considerou "The Night" o melhor disco do grupo do Porto.

Vamos aguardar para ver se teremos um álbum mais próximo de "Long Road Out Of Eden" (The Eagles) ou de "The Cosmos Rock" (Queen). Ao menos estou em crer que com a idade os quatro famosos do Porto tomaram consciência que o público quer novas "Chicletes", "TVWC's", "Cairos", etc., e se está nas tintas para fantásticos "Dance Dance Dance".

Mas, se passarem por aqui e me lerem... façam uma forcinha e gravem algo que também seja Taxi século XXI.


PS: Os leitores que a este blogue têm chegado através de motores de busca à procura de novidades sobre o novo disco dos Taxi, não querem partilhar o que esperam deste regresso?

(Excerto de "Amanhã", tema inédito, programa "A Minha Geração", RTP1, 28 de Setembro de 2008)


("Chiclete", programa "A Minha Geração", RTP1, 28 de Setembro de 2008)

28.9.08

À Conversa com Alexandre Rosa
Programa 02 - Ano 2

Permaneço na condução deste interessante espaço de grande comentário realizado por Alexandre Rosa. Ao longo de aproximadamente 25 minutos são muitos os temas relevantes que se abordam neste programa.


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 02 transmitida no dia 26 de Setembro de 2008

27.9.08

Sequeira Nunes sai do Conselho Geral

O Conselho Geral e o seu papel na vida activa do Belenenses foi um dos aspectos que esteve em destaque ao longo da rica e produtiva Assembleia Geral de ontem. Logo no início surgiu uma proposta no sentido de colocar à votação a suspensão imediata deste Órgão e a convocatória de uma AGE que votasse a extinção do mesmo. Numa leitura legal bastante discutivel a mesa da AG considerou que seriam necessárias 250 assinaturas para que o requerimento fosse aceite, como se o mesmo se tratasse de uma simples convocatória para AGE.

Isto leva-me a questionar da relevância da mesa da AG ser juridicamente assessorada ao longo das reuniões magnas. Com o advogado do Clube na sala, parece-me que seriam evitadas situações anómalas se aspectos legais fossem analisados por profissionais do Direito. Ainda hoje mostrei o referido requerimento a um jurista que considerou que o mesmo não se tratava de uma convocatória mas de uma proposta a ser colocada a votação. Da mesma forma me indicou que qualquer suspensão estatutária é, para todos os efeitos, uma alteração aos estatutos, abrangida pela questão levantada no meu post anterior.

Sublinho que considero esta AG muito importante. Além de intervenções de nomes conceituados do passado - como Mário Rosa Freire -, outros nomes de uma nova geração fizeram-se escutar, mostrando que o Clube se encontra vivo e com futuro.

Após algumas intervenções críticas a propósito do Conselho Geral do Clube de Futebol "Os Belenenses", Sequeira Nunes, antigo presidente do Clube e actual presidente do Conselho Geral, informou os associados que passaria a ser um simples associado. Assume-se, assim, que Sequeira Nunes deixou de pertencer a este Órgão do Belenenses.

A apresentação pública deste vídeo amador explica-se pelo interesse que o mesmo possa constituir para associados e adeptos do Belenenses; justifica-se, ainda, pelo facto da comunicação social ter sido autorizada a cobrir esta Assembleia Geral.

Bronca!?

A Assembleia Geral do Clube de Futebol "Os Belenenses" deu como aprovado o ponto 1 da Ordem de Trabalhos com 171 votos a favor, 74 votos contra e 23 abstenções - determinante para a eleição seguinte da Comissão de Gestão -, tendo por base o número 1 do Artigo 74º dos Estatutos, onde se lê:

"As deliberações das Assembleias Gerais são tomadas por maioria absoluta de Sócios presentes, de acordo com estes Estatutos e sem prejuízo de maiorias mais qualificadas exigidas por estes Estatutos ou pela legislação aplicável."

Porém, o ponto 1 da Ordem de Trabalhos implicou uma alteração dos Estatutos, pelo que, deve ser aplicado o número 3 do Artigo 175º do Código Civil:

"As deliberações sobre alterações dos estatutos exigem o voto favorável de três quartos do número dos associados presentes".

Mais, no número 5 do mesmo Artigo 175º lê-se que "os estatutos podem exigir um número de votos superior ao fixado nas regras anteriores".

Daqui resulta claro, neste caso concreto, que teriam de ter votado favoravelmente um mínimo de três quartos dos associados presentes na Assembleia Geral. Logo, a aprovação da alteração de estatutos não foi aprovada, antes pelo contrário, foi reprovada pela Assembleia Geral!

E agora?!

20.9.08

O regresso das conversas com Alexandre Rosa

"À CONVERSA COM ALEXANDRE ROSA" - ANO 2, EMISSÃO Nº 01

Esta semana ficou marcada pelo regresso à Miróbriga do programa "À conversa com Alexandre Rosa".


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 01 transmitida no dia 19 de Setembro de 2008

O grande comentário de Alexandre Rosa a questões internacionais, nacionais e do Alentejo Litoral às 6ªs feiras às 18h00 e aos sábados a partir das 12h00.

17.9.08

John Watts é e não é Fischer-Z

John Watts quando quer é os Fischer-Z. Quando está a apresentar-se como John Watts é apenas John Watts. Como os dois projectos são encarnados pela mesma pessoa torna-se sempre confuso conseguir saber a que espectáculo se vai assistir. Confuso para nós portugueses porque não existe qualquer dúvida de que a actividade dos Fischer-Z está suspensa desde há alguns anos. No sábado passado, na Amadora, esteve “apenas” John Watts e a sua banda. O concerto foi constituído, esmagadoramente, por músicas novas ainda não editadas. Houve tempo para “Marliese” (o single mais vendido dos Fischer-Z) e para “So Long” (o tema que as rádios das playlists transformaram no maior clássico), além de uma abertura com “The Worker” (o primeiro single de sucesso). De resto, além de outra canção do primeiro álbum dos Fischer-Z, nem sequer o minúsculo “Luton to Lisbon” foi escutado.

Analisar o concerto não é tarefa simples. Porque o público que queria ver Fischer-Z foi levado ao engano por notícias como a publicada num jornal diário e que anunciava:
“A noite conta ainda com o cantautor britânico John Watts, que revisita 25 anos de carreira, na companhia dos Fischer-Z”.
Naturalmente que não houve nenhuma revisitação e nem baixista esteve presente em palco. Unicamente, teclas, guitarra, bateria e voz. Por outro lado, o som da guitarra foi acústico e até o baixo do “So Long” saiu do teclado...

John Watts não actuava em Portugal há bastante tempo e a brincadeira na festa dos 25 da “Febre de Sábado” não passou disso mesmo. Quem nesse concerto esperou pelos Fischer-Z ficou claramente desiludido. Muita gente se recorda ainda dessa desilusão como constatei por observações realizadas por espectadores na Amadora…
Na verdade, os Fischer-Z conseguiram atingir, em Portugal, um patamar elevado de popularidade entre 1979 e 1981. Os seus primeiros três álbuns, “Word Salad” (79), “Going Deaf for a Living” (80) e “Red Skies Over Paradise” (81), foram sucesso por terras lusitanas, tendo culminado no famoso concerto no Estádio de Alvalade, integrado na gigantesca festa do programa “Febre de sábado de manhã”.

Tirando um concerto de menor dimensão, na sequência da edição do CD “Kamikaze Shirt” (93), os Fischer-Z não regressaram mais a solo nacional. Desde então, passaram 15 anos e John Watts tem conseguido manter um peculiar culto em torno de si. As raríssimas edições discográficas que chegam até nós também ajudam a fortalecer esse culto, pois, para o comum dos portugueses, John Watts gravou meia dúzia de discos e retirou-se algures na década de 80, depois de ter lançado qualquer coisa a solo.

Longe de ter estado parado, ao longo destes anos, Watts foi editando álbuns atrás de álbuns, uns em nome dos Fischer-Z, outros enquanto J.M.Watts, Watts ou John Watts. Como se vê, mesmo o trabalho a solo tem conhecido diferentes denominações, o que contribui para este sentimento de nada ter andado a fazer nos últimos 20 anos.

Regressando ao espectáculo na Amadora. Parece-nos que, quando um artista não actua num país faz tanto tempo, devia ter o cuidado de adaptar o seu alinhamento à realidade da ocasião. Que ele não gosta de viver no passado e que prefere olhar sempre para diante já o sabíamos pela conversa que tivemos em 2006. Todavia, a inclusão de mais 3 ou 4 temas dos Fischer-Z seria absolutamente justificável e teria sido desejável - assim como outras canções gravadas a solo ou da fase desconhecida dos Fischer-Z.

Não quer isto dizer que o concerto tenha sido mau ou que o público tenha ficado manifestamente desiludido. Na verdade, sucedeu exactamente o inverso daquilo se seria normal. Mesmo temas absolutamente desconhecidos tiveram direito a uma adesão popular que nos encheu de surpresa. Algumas dessas canções, num registo mais pop, podem mesmo vir a ser fortes comercialmente. Diga-se a este propósito, que temas comercialmente fortes que permanecem desconhecidos sempre foram uma constante na carreira do John Watts. “Jukebox” ou “Destination Paradise” (Fischer-Z), “Brilliant Career” (J.M.Watts) e “Walking The Doberman” (Watts) são músicas de sucesso em qualquer rádio neste planeta, mas, alguém as conhece? Poderia continuar a referir mais uma dúzia como “Over”, “Delight”, “Just Hang On”, “Jesus Give Me Back My Life”, “Human Beings”, “Tightrope”, “Caruso”, “Marguerite Yourcenar” ou “The Perfect Day”.

Mesmo num mercado discográfico em crise, seria interessante disponibilizar um disco com o outro lado da carreira de John Watts. Pelo que assisti na Amadora parece-me que os portugueses estariam receptivos a descobrirem, afinal, o que andou este músico a produzir durante tantos e tantos anos.

Em jeito de despedida, devo dizer que preferia ter estado num concerto eléctrico de Fischer-Z, porém, isto não invalida que tenha gostado bastante de assistir a este espectáculo, mesmo em frente ao palco, com um público fantástico que apoiou os músicos do início ao fim. Foi também motivo de satisfação acompanhar o concerto lado-a-lado com David Ferreira e com Pedro Brinca - ficou quebrada a tradição de encontrar o Pedro, unicamente, nas Noites Ritual.

Espero rever John Watts em breve.



A TVAmadora mostra como foram os concertos. Clicar aqui.






15.9.08

Nesta sociedade de consumo imediato...

No dia 17 de Junho de 2008, foi editado, nos Estados Unidos, o mais recente fenómeno do consumo musical imediato. Refiro-me ao álbum "One Of The Boys", de Katy Perry, de onde se destacou o êxito "I Kissed A Girl". Uma semana antes da edição deste CD, a 9 de Junho, já "I Kissed A Girl" circulava no éter da Miróbriga.
Neste mês de Setembro, já se pode escutar Katy Perry nas nossas rádios nacionais de referência. Nos poucos meses enquanto responsável pelo sector da programação da Miróbriga, além da nova grelha repleta de conteúdos e da nova imagem sonora, existiu algo bem audivel que ficou deste trabalho.
"I Kissed A Girl" foi mais uma aposta vencedora de um conjunto de canções internacionais em que os ouvintes da Miróbriga foram os primeiros portugueses a terem acesso generalizado.
As ondas hertzianas, antigamente, serviam para aproximar continentes distantes e para ajudar a melhor definir a palavra "inovar". Em 2008, apesar de todos os factos negativos que assolam o universo da rádio, ainda acredito que o mundo da rádio não vai morrer.


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Já agora... no dia 22 de Dezembro de 2007, no espaço "Banco de Ensaio", apresentava o álbum "Our Ill Wills" dos Shout Out Louds. Em vez do óbvio "Tonight I Have To Leave It" - que viria semanas depois a tornar-se sucesso nacional devido a um spot televisivo - apostei em "Impossible" como amostra de apresentação. Outra canção que, nos últimos meses, tem conquistado airplay por terras lusas.
A segunda temporada do "Banco de Ensaio" está para breve...





Nota: Espero conseguir inserir em breve um post sobre a actuação de John Watts na Amadora.

14.9.08

Lloyd Cole sozinho

Sinceramente, espectáculo de guitarra e voz, em espaços enormes ao ar livre não me parecem resultar muito bem. Lloyd Cole foi profissional, simpático, falou imenso em português e cumpriu a missão de proporcionar excelentes momentos musicais a todos os presentes. Mas, para protecção do próprio artista, este formato de espectáculo devia ser num auditório.
Como Lloyd Cole é Lloyd Cole a malta acaba por ser compreensiva.




John Watts & Lloyd Cole na Amadora

John Watts e Lloyd Cole estiveram ontem em concerto na Amadora.
Ficam aqui algumas das fotos que tirei.
Durante o dia de hoje insiro mais!



11.9.08

Buenos Aires

Depois de meses de preparação, em que tive oportunidade de ir acompanhando o trabalho dos Buenos Aires à distância que a net permite, chegou o momento deste novo projecto lançar o seu primeiro tema. “Seguro” não é o single adequado para meter os músicos a comprar carros novos com os lucros de vendas, mas, parece-me ser o melhor cartão de visita, pois, mostra, o que é a essência da banda. A seguir, teremos, certamente, oportunidade de ouvir uma ou outra música mais orelhuda. Como apresentação, a aposta parece-me 100% correcta. Com um som forte e onde abundam criteriosos pormenores de produção, uma base rítmica de fazer inveja a muita gente e programações hipnóticas, este grupo promete momentos ainda maiores ao vivo - é ao vivo que o real valor das coisas vem ao de cima.

Buenos Aires mostra-nos que dançar em casa ainda é possível. Experimentem e coloquem o som ligeiramente alto... mas não exagerem com os agudos! :)

Para escutar e realizar download gratuito deste primeiro tema dos Buenos Aires basta ir a:
myspace.com/buenosairespt

Os Buenos Aires são:
Hugo Pacheco - Voz, Synths;
Pedro Azevedo - Hook Bass, Synths
Rui Freitas - Bateria, Synths;
Rui Pintado - Baixo, Synths;
Pedro Balbis - programming, synths y otras cosas mas...


PS: Um abraço ao meu amigo Rui Pintado, músico e colega - sempre polémico e objectivo - nas crónicas do Canal Maldito. Gostei bastante deste teu novo projecto. ;)

10.9.08

Reserva do rock (13)
UHF – Estou de Passagem

1982.
O rock português fechara 1981 em grande e a indústria discográfica registara o maior volume de negócios da sua história.
Sucessos não faltavam e os êxitos populares eram em grande número.
“Cavalos de Corrida”, o single de 1980, havia confirmado a explosão iniciada por “Chico Fininho” de Rui Veloso.
Em 1981, “Rua do Carmo”, do LP “À Flor da Pele”, carimbava as estrelas UHF, como valores maiores na nova constelação dos jovens grupos.
Os concertos multiplicavam-se e a contabilidade de dois anos é impressionante:
A cerca de 80 espectáculos, em 1980, somou-se o record absoluto de 138, em 1981.
Mas, não eram apenas os concertos e os sucessos que se multiplicavam na carreira desta banda de Almada, pois, os anti-corpos do seu líder junto dos media aumentavam exponencialmente.
Verdadeiro enfant-terrible, começa a ganhar fama de intratável e de vedeta.
Alguns críticos questionam, mesmo, as suas qualidades de poeta e de escritor de canções.
A polémica nunca foi palavra vã, nesta encruzilhada da música, sendo mesmo sinónimo de maior popularidade.
A exposição – inclusive por maus motivos – é sempre mais benéfica para a vida de um grupo do que a ausência mediática.
Provocador e rebelde, António Manuel Ribeiro, durante muitos anos, transportará na pele a comparação sistemática com Jim Morrison.
É ele o Rei Lagarto nacional.
Contudo, para quem contacta com ele, é, simultaneamente, afável, competente e extremamente determinado.
No auge da fama e da glória, os UHF entram em estúdio onde gravam o mini-LP “Estou de Passagem”.
“Noites Lisboetas”, “Concerto”, ou o tema título, “Estou de Passagem”, ilustram a razão de novo e esmagador sucesso.

“Estou de Passagem” vende 15 mil unidades em 15 dias e repete o êxito de “À Flor da Pele”, obtendo o galardão de ouro.
Musicalmente, os UHF estão, agora, mais densos e complexos.
Melodicamente, o som está mais “cheio” e completo.
Literariamente, “Estou de Passagem” prova que a poesia de António Manuel Ribeiro não é um acaso, nem um subproduto do auto-convencimento estético.
Este trabalho não possui nenhum tema tão imediato, como foram “Rua do Carmo” e “Cavalos de Corrida”, mas, transporta, dentro de si, dos mais belos momentos que a música moderna portuguesa algum dia criou.

9.9.08

Reserva do rock (12)
Heróis do Mar – Heróis do Mar

Os Heróis do Mar – último grande grupo a surgir na vaga do rock português em 1981 – reunia músicos já com alguma experiência.
O baterista, António José Almeida, pertenceu à formação original da banda de rock progressivo Tantra.
Recorde-se que os Tantra, foram o mais importante grupo português, na fase que antecedeu o boom do nosso rock, e, dele faziam parte conceituados nomes como Manuel Cardoso, Armando Gama e Pedro Luís, mais tarde cara-metade dos Da Vince.
O cantor Rui Pregal da Cunha veio de um projecto experimental chamado Colagem Urbana.
Pedro Ayres Magalhães, baixista, e, Paulo Pedro Gonçalves, guitarrista, haviam fundado, em 1977, o primeiro grupo punk português, os Faíscas, que influenciaram nomes como Xutos & Pontapés.
Com a dissolução dos Faíscas em 79, estes dois elementos, juntamente com o teclista Carlos Maria Trindade, formam os Corpo Diplomático.
Em Março de 1981, estes cinco músicos juntaram-se num projecto comum, onde os valores da história e da cultura portuguesa fossem primordiais.
O nome da banda também não foi um acaso, sendo inspirado no hino nacional.
Após poucos meses de ensaios, em Agosto, os Heróis do Mar lançam um single, com os temas “Saudade” e “Brava Dança dos Heróis”, que também viriam a integrar o seu primeiro LP.

“Heróis do Mar” – o álbum – sai ainda nesse ano de 1981 e rebenta a polémica em torno dos alegados ideais fascistas com que são conotados.
O visual da banda, com fardas militares, e as letras das canções, num imaginário colonial, nostálgico e histórico, geram a confusão num Portugal em que a Revolução dos Cravos estava, ainda, bem recente.
Nacionalistas ou patriotas, a dúvida sobres os ideais fascistas ou neo-nazis dos Heróis do Mar, prolongou-se no tempo, apesar das explicações veementes dos seus elementos e da mudança visual operada meses depois.
Lá fora, em Inglaterra, acontece história semelhante com os Spandau Ballet.
A somar às raízes portuguesas, os Heróis foram beber, musicalmente, a sonoridades electrónicas de vanguarda e à corrente neo-romântica dos Duran Duran e dos referidos Spandau Ballet.
Gravado no Angel Studio, em Setembro e Outubro de 81, este trabalho foi produzido pelo mais requisitado produtor de então, António Pinho, responsável, entre outros, pela produção dos primeiros álbuns dos Taxi e de Rui Veloso.
Para além de “Saudade” e de “Brava Dança dos Heróis”, outros temas como “Olhar no Oriente” ou “Amantes Furiosos” marcam este LP, que divide a crítica de então e que não obtém nenhum sucesso significativo junto do público.
O reconhecimento popular vem em Junho do ano seguinte, através do máxi-single “Amor”, um mega-sucesso que obriga à criação do conceito de disco de platina no nosso Pais.
A seguir a um LP sem grande impacto comercial, seguiu-se um pequeno formato com um tema de grande calibre popular.
Por vezes, estes fenómenos acontecem, mas, no caso dos Heróis do Mar, esta foi, apenas, a primeira vez, numa estranha e permanente continuidade futura.
Separar este disco do máxi-single “Amor” seria, manifestamente, errado.
Até porque, com os Heróis do Mar, em rádio, as melodias dos singles ultrapassam as canções contidas nos álbuns.
“Heróis do Mar” – o LP – apresentou-nos um dos mais inovadores grupos nacionais.
Arrojados, polémicos, criativos, sofisticados e com génio.
Com bom ou mau génio serão sempre recordados com “Amor”.

8.9.08

Reserva do rock (11)
Sétima Legião – A Um Deus Desconhecido

Para além do punk e da new-wave, a onda cinzenta de Manchester chegou a Portugal em força.
Nomes como Joy Division ou Echo and The Bunnymen, dignos representantes do pós-punk, influenciaram o aparecimento de diversos grupos portugueses, numa fase posterior ao do boom de 1980/81.
Os Sétima Legião são um desses casos, cantando, nesta fase, em inglês.
Rodrigo Leão, Pedro Oliveira e Nuno Cruz formam o grupo em 1982 e são, claramente, influenciados por esta corrente musical, usando, inclusive, nas actuações ao vivo, gabardinas, verdadeiro símbolo da corrente urbano-depressiva.
Concorrem à “Grande Noite do Rock” e, pouco depois, são reforçados com as entradas de Susana Lopes e de Paulo Marinho.
Simultaneamente, Francisco Menezes inicia uma colaboração com o grupo, na escrita das letras das músicas. É abandonada a língua inglesa e as canções passam a ter um cariz mais lusitano.
Logo no ano seguinte, são contratados pela independente Fundação Atlântica e gravam o single “Glória”, com letra de Miguel Esteves Cardoso, um dos donos da editora.
Como em muitos outros casos, o disco é aplaudido pela crítica e desprezado pelos animadores dos programas de rádio, passando despercebido.
Ainda antes de iniciarem as gravações do primeiro LP, Susana Lopes abandona o grupo.
Verdadeira pérola no catálogo da Fundação Atlântica, “A Um Deus Desconhecido” é editado em Julho de 1984 e torna-se uma referência obrigatória da nova música portuguesa.

A ligação com o mar e as letras fortes e nostálgicas, conjugadas com um ambiente sonoro muito intenso, transformam os Sétima Legião num caso muito sério no panorama da música moderna portuguesa.
Musicalmente, ainda se notam claras influências do pós-punk, mas começa a sobressair um sentir tipicamente português conjugado com uma valiosa utilização da gaita de foles.
O produtor de “A Um Deus Desconhecido”, Ricardo Camacho, identificando-se com o projecto, passa a integrar os Sétima Legião.
Com o encerramento da editora Fundação Atlântica, os Sétima Legião assinam contrato com a EMI – Valentim de Carvalho e “A Um Deus Desconhecido” entra na categoria de raridade.
Raridade que, rapidamente, se transforma em mito, só comparável ao álbum Independança dos GNR.
Para colmatar esta falha no catálogo dos Sétima Legião, a EMI decide recuperar este trabalho e edita-o em CD, no ano de 1990, integrando, no mesmo, como bónus, as 2 canções do primeiro single, “Glória” e “Partida”.
A carreira dos Sétima Legião ganhou um novo impulso com a edição deste LP em 1984.
O grupo foi beber o seu nome à Sétima Legião Romana que esteve na Lusitânea.
Também eles tiveram um percurso lento de realizar, mas cheio de histórias essenciais para a nossa História.
“A Um Deus Desconhecido” abriu caminho para novas descobertas e para novas experiências.
Para uma busca que sempre esteve presente no espírito do grupo.
Em passos seguros e inovadores.
Como um “Mar d’Outubro”, encantado, numa “Aguarela” eterna.
Como uma “Vertigem” carregada de “Glória”.
Sem “Partida” pois “Deus Assim o Quis”.