15.10.12

Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português

“E esta conjugação de esforços (…) deu um bom fruto: o livro que, com muito gosto, acabo de ler, onde reconhecemos as vozes de cada artista e quase nos juntamos à conversa, oscilando nós entre concordar, discordar e rir à gargalhada.”

“As entrevistas são conduzidas sem que os jornalistas as atravanquem com a sua presença. Percebe-se o prazer e a disponibilidade dos seus interlocutores – ora, antes de mais nada, esse prazer e essa disponibilidade é preciso merecê-los. Depois, os testemunhos são muito diferentes e muito verdadeiros, por serem tão bem reproduzidos. Interessantemente diferentes.”

“Se o Rock Português ficar – e eu sou dos que acham que fica – este livro vai ser referência para quem queira revisitá-lo. Mas também serve, o livro, para quem só o queira ler; vai sentir-se no meio da vivacidade das conversas. E muitos leitores, provavelmente, vão depois querer ouvir músicas que não conhecem ou conhecem menos bem.”

DAVID FERREIRA in Prefácio


“O espírito rocker de António Garcez salta do palco para as páginas deste livro, as convicções de António Manuel Ribeiro são o espelho das canções que escreve, as ideias de Miguel Angelo permanecem coerentes com uma certa postura Pop moderna, a honestidade de Rui Veloso é a mesma que se ouve na interpretação de Afurada, o estilo pragmático de João Grande é tão directo e incisivo quanto um single dos Taxi, e as palavras de Sérgio Castro confirmam uma tendência aglutinadora presente na saga que foi a sua vida enquanto músico e produtor.”

“Por entre revelações e revisões da história, é extraordinário como [as entrevistas a Zé Pedro e a Zé Leonel] se complementam. Tanto ao nível da biografia pessoal como da trajectória artística de cada um dos entrevistados – afinal de contas, foram fundadores dos Xutos & Pontapés.”

“Que o livro seja aberto para ser sublinhado, comentado, escalpelizado. Trata-se de um passo importante no resgate da nossa memória colectiva.”

PEDRO DE FREITAS BRANCO in Introdução

14.10.12

Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português

Livro: BOOKSTAGE - NOS BASTIDORES DO ROCK PORTUGUÊS

Data de lançamento: 27 DE OUTUBRO (sábado) às 15h00

Local: Restaurante ZENO LOUNGE no CASINO DO ESTORIL

Com a presença de:
ANTÓNIO GARCEZ, ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO, DAVID FERREIRA, JOÃO GRANDE, MIGUEL ANGELO, PEDRO DE FREITAS BRANCO, RUI LEAL, RUI VELOSO, SÉRGIO CASTRO e ZÉ PEDRO

Apresentação e moderação: NUNO CALADO

Música ao vivo com:
EX VOTOS (Homenagem a ZÉ LEONEL)
VIRALATA
e
PARTICIPAÇÕES SURPRESA


BOOKSTAGE É UM LIVRO COM ENTREVISTAS DE FUNDO A 8 NOMES LENDÁRIOS DO ROCK PORTUGUÊS:

ANTÓNIO GARCEZ
ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO
JOÃO GRANDE
MIGUEL ANGELO
RUI VELOSO
SÉRGIO CASTRO
ZÉ PEDRO
ZÉ LEONEL

Autores: LUÍS SILVA DO Ó e BRUNO GONÇALVES PEREIRA
Prefácio: DAVID FERREIRA
Introdução: PEDRO DE FREITAS BRANCO
Fotografia: RUI M LEAL
Editora: Chiado Editora

ENTRADA LIVRE


8.5.12

UHF - Voo para a Venezuela

Fiz uma pesquisa no google e não descobri a letra deste clássico perdido dos UHF. Aqui fica para memória colectiva!

Voo para a Venezuela

A avenida tem palmeiras dançando
nos meus olhos o teu corpo vibrando
vento forte – marca o desejo
porque tu já cá não estás deitada
no meu quarto (3x)

A revolta torna a crise passageira
velha amiga o teu choro engana
perco os dias – marco as horas
preso ao sabor do teu corpo
no meu quarto (3x)

Fumo espesso no cansaço em chamas
esta vida é um templo de palavras
o silêncio – afoga a memória
o vinho é o fim da história
da mulher que ri
no deserto (3x)

No deserto
[No meu quarto…] (4 x)

24.1.12

Rui Beat Velez - RIP


Rui Rodrigues, António Manuel Ribeiro, Paulo Inácio e Rui Beat Velez.


Guardo no meu museu de memórias o concerto dos UHF na Feira Popular em 1989 com Luis Espírito Santo Martins e Rui "Beat" Velez. Nesse espectáculo ainda se juntou o Renato Gomes como convidado especial. Foi um dos melhores concertos a que assisti - gravado e posteriormente transmitido pela RFM - com uma quebra na electricidade a meio da canção "Hesitar". Rui "Beat" Velez e Luís Espírito Santo continuaram a tocar enquanto o público cantou o refrão até ao regresso da electricidade.
Que descanse em paz!

Alguns grupos a que pertenceu Rui "Beat" Velez:
Banda do Sul, UHF, Junção e Ravel.


A HOMENAGEM DE ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO:

"Conheci o Rui em 1983, uma mola dinâmica por trás da bateria de uma banda que foi a concurso no Rock Rendez-Vous – a Banda do Sul. Vi-os enquanto membro do júri; não seguiram até à final.
Gostei do grupo, aproximei-me deles através da minha namorada dessa altura, colega do liceu. Havia entusiasmo, os sonhos fluíam; a baía de Cascais ainda não produzira os Delfins e já uma espécie de pop/funk enchia uma garagem de Oeiras.
O Rui, de quem me tornei amigo, acabou naturalmente por entrar nos UHF em 1985. Fizemos uma longa digressão entre o final desse ano e meados de 1987, quando saiu do grupo.
Acabaria por regressar em 1989 para a digressão do maxi “Hesitar”, juntando-se ao Pedro de Faro, o baixista fundador da Banda do Sul, que também ingressara nos UHF. Essa foi uma das digressões mais felizes da minha carreira, que reuniu em palco dois bateristas – o Luís Espírito Santo e o Rui ‘beat’ Velez (o ‘beat’ foi baptismo meu).
Dizem os que me conhecem que tenho memória de elefante, e é verdade. Os dias desta carreira parecem-me as páginas de um livro que o tempo mantém disponíveis para folhear. Não sou de lamúrias nem de saudosismos, mas recordo com toda a vivacidade quando o Rui se sentava no lugar a meu lado no carro que eu próprio conduzia, um veloz Ford RS Turbo branco, e seguíamos a cantar as canções que previamente alinhara numa cassete: nesse início de 1989 delirávamos com “Orange Crush” dos R.E.M.
Mais tarde nesse ano, o Rui e o Pedro formaram a Junção, reagrupando o núcleo duro da Banda do Sul e convidaram-me para emprestar a minha voz num dos temas do único LP que gravaram.
O meu amigo partiu no último domingo. É um lugar comum dizer-se que não estávamos à espera da notícia; mas é verdade que não estava. Um dia destes, como ele me disse há uns tempos, haveríamos de tentar outra vez.
Dele guardamos dois magníficos registos que o qualificam como ‘beat’, a mola, um homem em simbiose com as peles e os pratos de uma bateria: “Até às Tantas” (1986), por encomenda do programa “1, 2, 3”, da RTP, mais tarde editado no primeiro volume das Raridades dos UHF (2007) e “Esta Mentira à Solta” do maxi “Hesitar” (1989). Em ambas as canções juntei dois monstros musicais deste país: Renato Gomes e Rui ‘beat’ Velez.
Por um artista que parte soltemos aplausos de agradecimento.

António Manuel Ribeiro"



Um abraço de obrigado ao Paulo Inácio por me ter enviado esta fotografia que pertence ao seu arquivo pessoal.