9.12.08

k2o3 - um case study

Quando uma canção com mais de 10 anos voa e é conhecida no meio dos adolescentes de 2008 é porque algo de muito importante foi concebido. A "Vaquinha" é um sucesso, que aquando da sua edição nunca o chegou a ser, junto do designado "grande público", mas, que teima em se transformar num êxito alternativo, a qual, num destes dias, ainda sobe a escada mainstream. A prova de que os k2o3 são uns ilustres desconhecidos cheios de fãs espalhados por Portugal chega-nos das diversas descobertas que se vão fazendo no YouTube.

Ora cá ficam três exemplos lapidares:

Uma "Vaquinha" acústica:


Uma "Vaquinha" urbana:


Uma "Vaquinha" com outra guitarra ritmo:

7.12.08

Revolta e k2o3 no InLiveCaffé

Os músicos fora do palco e o público em plena celebração.






k2o3 em acção

O concerto de k2o3 no InLiveCaffé (Moita) provou que estamos na presença de um caso que nunca foi a brincar, mas, que poderia ser bastante sério. A indústria musical portuguesa nunca teve consciência plena da importância desta rapaziada no seio do punk-rock lusitano. Aguentar mais de uma hora, com toda a gente a cantar os temas, não está ao alcance de qualquer grupo, sobretudo, quando somente têm editados dois álbuns - o terceiro está a ter um parto lento e vagaroso, mas, será certamente, mais um sucesso popular tal a expectativa que está a gerar no underground luso.

Ulisses, Mini, Chaves e Ivan em plena actuação no InLiveCaffé.



k2o3 em aquecimento

Ivan, Mini e Chaves em aquecimento antes do concerto. Vida de músico não é fácil...

Um grito de Revolta

Existe uma Revolta no punk-rock português que grita bem alto as injustiças globais e que recupera alguns clássicos da nossa música em formatos mais encorpados.
Foi bom rever tanta gente amiga e daqui vai um abraço para o Toninho, Bruno e Anselmo. Já agora, Toninho, depois de leres este post envia-me a versão do "Persona Non Grata"!

Fotos da actuação de Revolta no concerto de ontem no InLiveCaffé na Moita.


4.12.08

Revolta + k2o3 @ Moita

Uma noite de punk-rock a não perder com dois grupos de gente amiga.
Revolta e k2o3 na Moita este sábado.

3.12.08

Banco de Ensaio nº 65
Jenny Lewis – Acid Tongue

O segundo álbum a solo de Jenny Lewis, editado em Setembro de 2008, eleva a fasquia e ultrapassa as excelentes referências passadas. Esta cantora e compositora já com 10 anos de carreira, navega por sonoridades country e rock alternativo. Em “Acid Tongue” abusou da inspiração e chamou vários amigos para perto de si. Elvis Costello é um desses amigos e é ele que surge em “Carpetbaggers”.


Banco de ensaio nº 65 transmitido no programa Atlântico da Miróbriga em 29/11/2008

Jenny Lewis & Elvis Costello - Carpetbaggers (ao vivo):

1.12.08

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 11 - ANO 2

Destaques:

* Os últimos desenvolvimentos da crise económica e o Plano anunciado por Durão Barroso
* A situação no sector da Educação
* O posicionamento de Marcelo Rebelo de Sousa na eventual sucessão a Manuela Ferreira Leite
* As críticas constantes de Manuel Alegre à governação socialista
* A visita de Xanana Gusmão a Portugal
* As comemorações dos 171 anos da Sociedade Harmonia em Santiago do Cacém


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 11 transmitida no dia 28/11/2008

27.11.08

A melhor prenda de Natal

A melhor prenda de Natal vai surgir no dia 20 de Dezembro em Almada. Os maus rapazes da música portuguesa encerram a celebração de 30 anos de carreira na cidade que os viu nascer. O concerto, que promete partir as estruturas do Cinema da Academia Almadense, tem lotação limitada a 833 lugares e vai contar com participações especiais dignas de incendiar qualquer fã que se preze. Renato Gomes e Carlos Peres irão estar em palco e o acontecimento promete bastante. Espero que exista gravação de imagens para posterior edição em DVD.

Como aperitivo, os UHF disponibilizam a nova canção, "O tempo é meu amigo", no seu myspace. O tempo pode ser mau amigo de todos nós, mas, uma coisa é certa, 30 anos depois, o tempo deu razão ao persona non grata do rock português. António Manuel Ribeiro está em cima de um palco enquanto outros fizeram as malas e se reformaram.

Os bilhetes podem ser comprados através da internet em ticketline ou nos locais habituais.

26.11.08

Trabs destacam BdE

No novo site dos Trabalhadores do Comércio existe uma imagem com um excerto da minha crítica ao seu CD "Iblussom". Só uma correcção. O meu texto não é de Julho, mas, de 26 de Maio de 2007. Seja como for, vão daqui grandes abraçuuuus aos Trabs!

25.11.08

Banco de Ensaio - Edição Especial
João Gil - A entrevista

No dia 14 de Novembro entrevistei João Gil e troquei uma pequena conversa com João Campos - a voz deste novo projecto a solo de Gil.
Estas conversas foram transmitidas numa edição especial do BdE, no passado sábado, no Atlântico da Miróbriga .

Entrevista a João Gil:


Entrevista a João Campos:


Promocional ao programa Atlântico:

24.11.08

Vaticano elogia Beatles

Vivia-se o ano de 1966 e ainda eu não tinha nascido. Os Beatles estavam no topo do mundo e John Lennon solta uma frase que ficou para a História do século XX ao afirmar que "os Beatles são mais populares do que Jesus Cristo".

Como se poderá imaginar a polémica estalou com uma dimensão própria de um planeta em início de processo de globalização. Lennon não foi queimado na fogueira, mas não se livrou de fortíssimas críticas dos mais diversos sectores.

Passaram mais de 40 anos e o Vaticano parece ter feito as pazes com John Lennon. Pelo menos ao lermos o jornal oficial, L'Osservatore Romano, ficamos a saber que o álbum branco dos Beatles é considerado "uma antologia musical mágica".

Mais informações

23.11.08

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 10 - ANO 2

Destaques:

* Análise à primeira grande entrevista de Barack Obama na sua condição de próximo Presidente dos Estados Unidos
* Os últimos desenvolvimentos da crise económica nacional e internacional
* A situação no sector da Educação
* A polémica gerada pelas recentes declarações de Manuela Ferreira Leite
* Avaliação dos últimos 8 dias no Litoral Alentejano com relevo para Santiago do Cacém e Odemira


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 10 transmitida no dia 21/11/2008

19.11.08

O outro lugar em blogues azuis

Alguns dos meus textos recentes sobre o Belenenses tiveram direito a uma exposição pública em dois blogues azuis de referência.
Aqui ficam as imagens dos posts - o primeiro é do Blogue CFBelenenses e o segundo do Blog do Belenenses.


18.11.08

Banco de Ensaio nº 64
João Gil – João Gil

Com mais de 30 anos de carreira, João Gil é um dos mais importantes compositores portugueses, tendo deixado marcas visíveis em projectos tão marcantes como Ala dos Namorados ou Trovante. Após uma primeira experiência a solo, em 2001, aquando dos seus 25 anos de carreira, Gil assume a sua própria libertação ao assinar um inédito álbum de originais em nome próprio. Este projecto musical pode ser apreciado na próxima sexta-feira, dia 21 de Novembro, no Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra.


Banco de ensaio nº 64 transmitido no programa Atlântico da Miróbriga em 15/11/2008

João Gil explica o novo trabalho:

16.11.08

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 09 - ANO 2

Destaques:

* Os últimos desenvolvimentos na crise económica nacional e internacional
* A situação no sector da Educação
* A questão ocorrida na Assembleia Regional da Madeira
* Avaliação dos últimos 8 dias no Litoral Alentejano com especial destaque para a APS e para iniciativas nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal.


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 09 transmitida no dia 14/11/2008

15.11.08

Campo Grande

Jorge Palma merecia mais. Começando pelo facto de não ter merecido que a FNAC tenha decidido comemorar, no mesmo dia, 10 anos em terras lusas com um concerto à borla no Pavilhão Atlântico, na verdade, o recinto foi pequeno para o talento e grande para a moldura humana. Não estivesse eu habituado às bancadas despidas do Restelo e acharia que tinha estado pouca gente no espectáculo de Jorge Palma. Os optimistas falarão em "bem composto" e os pessimistas em meio vazio. Num balanço em cima do acontecimento direi que não gostei da maioria do público (tudo sentado de forma ordeira?!), não gostei do som quadrifónico e não gostei do local escolhido para o concerto - aquele palco a rodar deixou-me tonto...
Ao invés, apreciei o melhor de qualquer concerto: as músicas, os músicos e o fantástico Jorge. E, quando o Palma toca no piano, sem mais ninguém no palco, tudo ganha uma dimensão celestial.

Como estamos quase no Natal gostaria de pedir ao Jorge um concerto mais intimista! O pessoal tem saudades.

Alinhamento:
Dormia tão sossegada
Rosa branca
Voo nocturno
Tempo dos assassinos

A Balada de um estranho
Fado do encontro (com Tim)
Minha senhora da solidão
Escuridão (vai por mim)
Quem és tu, de novo
Dizem que não sabiam quem era
Estrela do mar
Jeremias, o fora da lei
Abrir o sinal
Gaivota dos alteirinhos
O bairro do amor
Onde estás tu mamã? (Canção de Lisboa)
Senta-te aí (com João Gil)
Encosta-te a mim
Vermelho redundante
Quarteto da corda
Dá-me lume
Deixa-me rir
Frágil
Disse fêmea
Olá, tenho que ir andando
Portugal, Portugal

Encore
Cara d'anjo mau
Finalmente a sós
A gente vai continuar
Picado pelas abelhas
Like a Rolling Stone


Reportagem Blitz

13.11.08

Seal rebenta escala

Este é um trabalho que não vai ter destaque no BdE. Porém, teria todo o direito a pertencer ao leque, pelo indiscutível valor que encerra. Por critérios “editoriais” tenho procurado mostrar apenas álbuns de originais e este disco é um conjunto de versões. Mas, meu Deus, que espantosas versões aqui estão!

No início da sua carreira o funk e o blues eram uma constante na vida de Seal. Com o decorrer dos tempos o seu material cruzou estilos diversos numa fusão entre soul, dance, folk, pop e rock, mas, neste sexto álbum de estúdio, existe uma abordagem sublime a 12 clássicos intemporais da música soul. Apesar de ser um álbum de tributo à música soul, Seal coloca um cunho próprio em todas estas novas versões enquanto o produtor do disco dá uma ajuda ao excelente resultado. David Foster é um “mágico” que já conquistou a fantástica quantidade de 15 Grammys.

Para escutar e para comprar neste Natal. Não tenho comissão nas vendas mas irei encomendar já a seguir.

Seal - "A Change Is Gonna Come" (Original de Sam Cooke)


Mais informações: http://www.myspace.com/seal

12.11.08

Banco de Ensaio nº 63
Juliana Hatfield – How to Walk Away

Após a sua saída do trio pop “The Blake Babies”, Juliana Hatfield iniciou uma promissora carreira a solo que rapidamente se transformou numa cruzada independente e solitária. 3 anos depois de “Made in China”, foi editado em 19 de Agosto de 2008 o novíssimo “How to Walk Away”, um disco, quase, autobiográfico.
“The Lonely Love” é um sucesso comercial em potência.


Banco de ensaio nº 63 transmitido no programa Atlântico da Miróbriga em 08/11/2008

Juliana Hatfield explica "How to Walk Away":


Juliana Hatfield - “The Lonely Love”

10.11.08

Nunca mais é 6ª feira

Jorge Palma utiliza linha de metropolitano para sair na estação do Campo Pequeno e aproveita para actuar na próxima 6ª feira na Praça de Touros.
Espectáculo a não perder e para ouvir em breve uma conversa por estes lados.

9.11.08

A verdade, a consequência e o logro

A aragem da asneira foi sentida em todo o território futebolístico nacional. Bem, não foi em todo o território porque o eco do escândalo foi, lamentavelmente, discreto. Em vez de abrirmos telejornais tivemos notas de rodapé nos jornais desportivos. O trabalho de Marco Ferreira e do seu auxiliar, de quem ignoro o nome, passou a figurar, por mérito próprio, nos anais das maiores aberrações que ocorreram dentro de um estádio português e que envolveram gentes da arte do apito. O “equívoco” foi tão grosseiro que a Comissão Disciplinar da Liga foi lesta a retirar um amarelo a Wender e a atribuí-lo a China. Este “sumaríssimo” deve ser louvado porque não basta criticar quando as decisões não nos agradam. Agiu muito bem a CD ao repor essa parte da verdade. Infelizmente, esta acção pecou por defeito. Se para a justiça desportiva ficou provado o “erro grosseiro” ao ponto de disciplinarmente o rectificar, permaneceu por assumir a consequência óbvia desta decisão. Enquanto o Belenenses teve 11 jogadores foi superior ao Estrela da Amadora e estava a vencer ao fatídico minuto da incorrecta expulsão. Face a esta evidência seria natural uma decisão para que o jogo fosse repetido a partir desse minuto. Isto em nome da verdade desportiva que todos nós defendemos. Ao apenas ser reconhecido o “erro” mas não levar as consequências deste até ao fim, a correcção tem pouco impacto, pois, a história do jogo foi escrita tendo na raiz uma monstruosidade.
Na prática, este reconhecimento de pouco serve e ainda não vimos qualquer penalização exemplar para os agentes de tão lamentável “erro”. Além da instauração de um sumaríssimo para Marco Ferreira e assistente, o presidente dos árbitros já devia ter vindo explicar-se e pedir desculpa a quem pagou bilhete para assistir a um jogo de futebol e acabou por presenciar uma gigantesca palhaçada que entristece qualquer pessoa “dita normal e honesta”.
Para o Belenenses este foi somente mais um jogo em que foi objectivamente prejudicado, mas, para Marco Ferreira este foi o jogo que o irá marcar até ao fim dos seus dias enquanto soprador de um apito.

Não pode valer tudo neste mundo do futebol.
Não podemos querer credibilizar um negócio de milhões com a indecência de não limpar os podres visíveis.
Não podemos pagar bilhetes de 20 euros para estar sentados em cadeiras imundas – o meu casaco teve de ir para uma limpeza a seco.
Não nos podem vender uma entrada para um espectáculo desportivo e depois sermos presenteados com um refinado número do “conto do vigário”.
Não podemos ficar felizes por a justiça desportiva portuguesa somente ter reconhecido o “erro”.
Onde estão as consequências? Onde estão os pedidos de desculpa?
Onde estão as indemnizações para Wender e para o Belenenses? É que não é suficiente dizerem “pronto, aqui a malta enganou-se e assim tudo fica bem”. Acresce que nem isso o árbitro Marco Ferreira fez. Nem uma simples declaração de admissão do “erro” ouvi da boca desse senhor que me estragou a tarde de domingo passado. Quando vou assistir a um jogo, tenho a expectativa de que os protagonistas sejam os jogadores. Ao árbitro cumpre a missão de cumprir os regulamentos. O pior é que todos nós, adeptos de futebol, fomos provocados e podiam ter-se cometido actos menos dignos, podia-se ter assistido a manifestações violentas, na sequência de tão “grosseiro erro”. O futebol é um jogo de emoções e, quando se brinca com o fogo, tudo é passível de suceder. Com os nervos em franja e com a razão de se ver um “engano” daquela magnitude, o que teria acontecido se tivesse existido uma invasão de campo? De quem seria a responsabilidade? E se Wender tivesse respondido à tremenda maldade que Marco Ferreira praticou e, de cabeça perdida, o tivesse agredido?

É que os árbitros têm a obrigação de serem bombeiros e não pirómanos com barris de gasolina, nos quais despejam todo o tipo de explosivos.