Na apresentação do excelente livro de Júlio Isidro "O programa segue dentro de momentos", Victor Gomes, o rebelde rei do rock português, mostrou a essência do rock'n'roll! Acompanhado pelos The Lucky Duckies, Victor Gomes foi igual a si próprio: inesquecível.
Registado no dia 15 de Novembro de 2016 no Teatro da Trindade em Lisboa.
21.1.17
20.1.17
K4 Quadrado Azul - Paramessalina
K4-Quadrado Azul é o nome de um Manifesto literário da autoria de Almada Negreiros. "Paramessalina" foi gravado e misturado em Agosto de 1990, nos estúdios Tcha Tcha Tcha. Grupo formado por ex-elementos dos Lagu Trop, Essa Entente e Aix La Chapelle.
Músicos: Fernado Faustino (voz e coros), João Miguel (guitarra, coros, sampler e voz em "Quinhentista"), Pedro Eloy (piano, sintetizador, coros e sampler), Luís Ferreira (guitarras e coros), Hernâni Costeira (baixo e coros) e Rui Dâmaso (bateria e percussões electrónicas).
Este 12'' EP foi lançado pelo grupo em Dezembro de 1990 e incluía os temas "Paramessalina", "Quinhentista", "Falência do Amor" e "Babilónia". “Paramessalina” foi financiado em metade pelo Instituto da Juventude no âmbito do “2º Concurso de Novos Valores da Cultura”, ocorrido em Viseu em 1988, que os K4 Quadrado Azul venceram.
Mais vídeos e músicas de mmp em:
www.youtube.com/ooutrolugar
Músicos: Fernado Faustino (voz e coros), João Miguel (guitarra, coros, sampler e voz em "Quinhentista"), Pedro Eloy (piano, sintetizador, coros e sampler), Luís Ferreira (guitarras e coros), Hernâni Costeira (baixo e coros) e Rui Dâmaso (bateria e percussões electrónicas).
Este 12'' EP foi lançado pelo grupo em Dezembro de 1990 e incluía os temas "Paramessalina", "Quinhentista", "Falência do Amor" e "Babilónia". “Paramessalina” foi financiado em metade pelo Instituto da Juventude no âmbito do “2º Concurso de Novos Valores da Cultura”, ocorrido em Viseu em 1988, que os K4 Quadrado Azul venceram.
Mais vídeos e músicas de mmp em:
www.youtube.com/ooutrolugar
19.1.17
18.1.17
17.1.17
5.4.16
Ramones em Portugal
A publicidade aos concertos de Ramones em Portugal - corria o ano de 1980. A abertura esteve a cargo dos portugueses UHF.
In contra-capa do jornal "Rock Week".
In contra-capa do jornal "Rock Week".
6.3.16
Ex Votos - "Subtilezas Porno-Populares"
"Subtilezas Porno-Populares" (Pimba!) foi o grande êxito do álbum de estreia dos Ex Votos, "Cantigas do Bloqueio", editado em 1994 pela El Tatu e produzido por Tim. A explicação da letra deste clássico do Rock Português surge nos primeiros 32 segundos do vídeo e pertence à entrevista que Zé Leonel concedeu para o livro "Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português".
8.9.15
Red Skies Over Santo André
Se existem grupos que em Portugal podem ser classificados como míticos, os Fischer-Z estão no top 5. A lenda nasceu com êxitos estrondosos dentro de um conceito único e fortaleceu-se com o quase desaparecimento que se seguiu. Sempre houve um manto de mistério na personalidade de John Watts e só um carisma especial pode justificar que os Fischer-Z perdurem com recordações tão intensas para uma geração de portugueses.
Recuemos. No início dos anos 80 existiam no nosso País 3 grupos com uma popularidade acima de todos os outros: UHF, Taxi e os britânicos Fischer-Z. A popularidade deste grupo inglês era tão assinalável que, entre outros espectáculos e vindas a Portugal, chegaram a realizar, em 1980, uma tour nacional com passagem por Lisboa, Coimbra, Porto, Braga e Castelo Branco – foi a mais extensa digressão por terras nacionais de uma banda estrangeira e em grandes salas sempre esgotadas! O reconhecimento deste sucesso culminou no convite de Júlio Isidro para que os Fischer-Z encerrassem o espectáculo do programa de rádio Febre de Sábado de Manhã, realizado em 1981 no Estádio de Alvalade – foi este o primeiro “estádio da música eléctrica em Portugal”, totalmente esgotado, com direito a intenso destaque mediático nacional e com aproximadamente 45 mil pessoas presentes. Quem lá esteve nunca esqueceu esse dia.Apesar da extensa discografia produzida ao longo das últimas décadas, o principal destaque vai para os 3 álbuns que fizeram história em Portugal: Word Salad (1979), Going Deaf for a Living (1980) e Red Skies over Paradise (1981), e para êxitos como Pretty Paracetamol, The Worker, So Long ou Marliese. Após estes 3 discos John Watts iniciou uma carreira a solo e o registo seguinte dos Fischer-Z apenas surgiu em 1987 com Reveal. Esta pausa e o zigue-zague entre uma aposta a solo e os álbuns assinados em nome dos Fischer-Z foram negativos para uma carreira que em 1980 chegou a merecer uma aposta nos Estados Unidos.
A triologia de álbuns lançada entre 1979 e 1981 revelavam um John Watts imensamente criativo, com uma escrita mais do que inspirada e uma voz única. Todavia, existe uma enorme colecção de grandes canções que a esmagadora dos portugueses nunca chegou a conhecer – e que estão nos discos posteriores a 1981.
Uma das marcas de personalidade de John Watts tem sido não ceder um milímetro a tentações comerciais e faz apenas o que considera mais adequado tendo em vista o seu conceito artístico, tanto em disco como em espectáculo. Num momento em que quase todos os músicos pretendem atingir, tal terra prometida, o mainstream, Watts, que já viveu nos píncaros do sucesso com direito a tocar em festivais com mais de 100 mil pessoas e com mais de 2 milhões de álbuns vendidos, parece preferir o outro lado da cena musical onde os holofotes por vezes são mais pequenos, mas onde a noção de artista ganha outra dimensão.
Muitos anos depois do Estádio de Alvalade, os Fischer-Z regressaram a Portugal para um concerto ao vivo no Flower Power Festival, em Santo André. Dia 15 de Agosto houve uma oportunidade única para conhecer um dos grupos internacionais que maior sucesso teve em Portugal.
Recuemos. No início dos anos 80 existiam no nosso País 3 grupos com uma popularidade acima de todos os outros: UHF, Taxi e os britânicos Fischer-Z. A popularidade deste grupo inglês era tão assinalável que, entre outros espectáculos e vindas a Portugal, chegaram a realizar, em 1980, uma tour nacional com passagem por Lisboa, Coimbra, Porto, Braga e Castelo Branco – foi a mais extensa digressão por terras nacionais de uma banda estrangeira e em grandes salas sempre esgotadas! O reconhecimento deste sucesso culminou no convite de Júlio Isidro para que os Fischer-Z encerrassem o espectáculo do programa de rádio Febre de Sábado de Manhã, realizado em 1981 no Estádio de Alvalade – foi este o primeiro “estádio da música eléctrica em Portugal”, totalmente esgotado, com direito a intenso destaque mediático nacional e com aproximadamente 45 mil pessoas presentes. Quem lá esteve nunca esqueceu esse dia.Apesar da extensa discografia produzida ao longo das últimas décadas, o principal destaque vai para os 3 álbuns que fizeram história em Portugal: Word Salad (1979), Going Deaf for a Living (1980) e Red Skies over Paradise (1981), e para êxitos como Pretty Paracetamol, The Worker, So Long ou Marliese. Após estes 3 discos John Watts iniciou uma carreira a solo e o registo seguinte dos Fischer-Z apenas surgiu em 1987 com Reveal. Esta pausa e o zigue-zague entre uma aposta a solo e os álbuns assinados em nome dos Fischer-Z foram negativos para uma carreira que em 1980 chegou a merecer uma aposta nos Estados Unidos.
A triologia de álbuns lançada entre 1979 e 1981 revelavam um John Watts imensamente criativo, com uma escrita mais do que inspirada e uma voz única. Todavia, existe uma enorme colecção de grandes canções que a esmagadora dos portugueses nunca chegou a conhecer – e que estão nos discos posteriores a 1981.
Uma das marcas de personalidade de John Watts tem sido não ceder um milímetro a tentações comerciais e faz apenas o que considera mais adequado tendo em vista o seu conceito artístico, tanto em disco como em espectáculo. Num momento em que quase todos os músicos pretendem atingir, tal terra prometida, o mainstream, Watts, que já viveu nos píncaros do sucesso com direito a tocar em festivais com mais de 100 mil pessoas e com mais de 2 milhões de álbuns vendidos, parece preferir o outro lado da cena musical onde os holofotes por vezes são mais pequenos, mas onde a noção de artista ganha outra dimensão.
Muitos anos depois do Estádio de Alvalade, os Fischer-Z regressaram a Portugal para um concerto ao vivo no Flower Power Festival, em Santo André. Dia 15 de Agosto houve uma oportunidade única para conhecer um dos grupos internacionais que maior sucesso teve em Portugal.
24.6.13
24.1.13
Bookstage na imprensa, rádio e na TV
ALGUMA TV:
CURTO CIRCUITO - SIC RADICAL SIC Radical, emissão do programa Curto Circuito a 15 nov 12 com Luís Silva do Ó, Bruno Gonçalves Pereira e Nuno Calado.
SOCIEDADE CIVIL - RTP2 Programa Sociedade Civil a 14 nov 12. Fernanda Freitas conversa com um dos autores, Bruno Gonçalves Pereira.
PRAÇA DA ALEGRIA - RTP1 Os UHF representados por António Manuel Ribeiro estiveram em grande destaque no programa da RTP1 "Praça da Alegria" de 22.01.2013 e Luís Silva do Ó, co-autor de "Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português" foi um dos 2 convidados que esteve à conversa com AMR e João Baião. Este é apenas um excerto do especial que pode ser visto na integra através do site da RTP.
DIÁRIO CÂMARA CLARA - RTP2 Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português Tour - RTP 2 Diário Câmara Clara 3 dezembro 2012
PORTUGAL NO CORAÇÃO 8 de novembro de 2012.
ALGUMA RÁDIO:
ANTENA 3 - DIRECTO Antena 3 em directo do lançamento - 27 out 12, com Joana Dias, Bruno Gonçalves Pereira, Luís Silva do Ó e Miguel Angelo. 5 minutos antes do evento ter início.
ANTENA 1 - À VOLTA DOS LIVROS Emissão 171 da rubrica À Volta dos Livros de Ana Daniela Soares, difundida na Antena 1 da RTP. Livro Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português, de Luís Silva do Ó e de Bruno Gonçalves Pereira. Emissão original a 21 de novembro de 2012.
RDP ÁFRICA COM JOÃO PEDRO MARTINS Entrevista conduzida por João Pedro Martins no programa da manhã da RDP África, de dia 24 de Outubro de 2012. Presença em estúdio de Bruno Gonçalves Pereira e de Luís Silva do Ó, autores do livro "Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português".
RDP INTERNACIONAL COM GERMANO CAMPOS
JORNAL "A BOLA"
Crítica de António Simões publicada em 30.01.2013
REVISTA TIMEOUT
Crítica de João Morales
CURTO CIRCUITO - SIC RADICAL SIC Radical, emissão do programa Curto Circuito a 15 nov 12 com Luís Silva do Ó, Bruno Gonçalves Pereira e Nuno Calado.
SOCIEDADE CIVIL - RTP2 Programa Sociedade Civil a 14 nov 12. Fernanda Freitas conversa com um dos autores, Bruno Gonçalves Pereira.
PRAÇA DA ALEGRIA - RTP1 Os UHF representados por António Manuel Ribeiro estiveram em grande destaque no programa da RTP1 "Praça da Alegria" de 22.01.2013 e Luís Silva do Ó, co-autor de "Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português" foi um dos 2 convidados que esteve à conversa com AMR e João Baião. Este é apenas um excerto do especial que pode ser visto na integra através do site da RTP.
DIÁRIO CÂMARA CLARA - RTP2 Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português Tour - RTP 2 Diário Câmara Clara 3 dezembro 2012
PORTUGAL NO CORAÇÃO 8 de novembro de 2012.
ALGUMA RÁDIO:
ANTENA 3 - DIRECTO Antena 3 em directo do lançamento - 27 out 12, com Joana Dias, Bruno Gonçalves Pereira, Luís Silva do Ó e Miguel Angelo. 5 minutos antes do evento ter início.
ANTENA 1 - À VOLTA DOS LIVROS Emissão 171 da rubrica À Volta dos Livros de Ana Daniela Soares, difundida na Antena 1 da RTP. Livro Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português, de Luís Silva do Ó e de Bruno Gonçalves Pereira. Emissão original a 21 de novembro de 2012.
RDP ÁFRICA COM JOÃO PEDRO MARTINS Entrevista conduzida por João Pedro Martins no programa da manhã da RDP África, de dia 24 de Outubro de 2012. Presença em estúdio de Bruno Gonçalves Pereira e de Luís Silva do Ó, autores do livro "Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português".
RDP INTERNACIONAL COM GERMANO CAMPOS
JORNAL "A BOLA"
Crítica de António Simões publicada em 30.01.2013
REVISTA TIMEOUT
Crítica de João Morales
15.10.12
Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português
“E esta conjugação de esforços (…) deu um bom fruto: o livro que, com muito gosto, acabo de ler, onde reconhecemos as vozes de cada artista e quase nos juntamos à conversa, oscilando nós entre concordar, discordar e rir à gargalhada.”
“As entrevistas são conduzidas sem que os jornalistas as atravanquem com a sua presença. Percebe-se o prazer e a disponibilidade dos seus interlocutores – ora, antes de mais nada, esse prazer e essa disponibilidade é preciso merecê-los. Depois, os testemunhos são muito diferentes e muito verdadeiros, por serem tão bem reproduzidos. Interessantemente diferentes.”
“Se o Rock Português ficar – e eu sou dos que acham que fica – este livro vai ser referência para quem queira revisitá-lo. Mas também serve, o livro, para quem só o queira ler; vai sentir-se no meio da vivacidade das conversas. E muitos leitores, provavelmente, vão depois querer ouvir músicas que não conhecem ou conhecem menos bem.”
DAVID FERREIRA in Prefácio
“O espírito rocker de António Garcez salta do palco para as páginas deste livro, as convicções de António Manuel Ribeiro são o espelho das canções que escreve, as ideias de Miguel Angelo permanecem coerentes com uma certa postura Pop moderna, a honestidade de Rui Veloso é a mesma que se ouve na interpretação de Afurada, o estilo pragmático de João Grande é tão directo e incisivo quanto um single dos Taxi, e as palavras de Sérgio Castro confirmam uma tendência aglutinadora presente na saga que foi a sua vida enquanto músico e produtor.”
“Por entre revelações e revisões da história, é extraordinário como [as entrevistas a Zé Pedro e a Zé Leonel] se complementam. Tanto ao nível da biografia pessoal como da trajectória artística de cada um dos entrevistados – afinal de contas, foram fundadores dos Xutos & Pontapés.”
“Que o livro seja aberto para ser sublinhado, comentado, escalpelizado. Trata-se de um passo importante no resgate da nossa memória colectiva.”
PEDRO DE FREITAS BRANCO in Introdução
“As entrevistas são conduzidas sem que os jornalistas as atravanquem com a sua presença. Percebe-se o prazer e a disponibilidade dos seus interlocutores – ora, antes de mais nada, esse prazer e essa disponibilidade é preciso merecê-los. Depois, os testemunhos são muito diferentes e muito verdadeiros, por serem tão bem reproduzidos. Interessantemente diferentes.”
“Se o Rock Português ficar – e eu sou dos que acham que fica – este livro vai ser referência para quem queira revisitá-lo. Mas também serve, o livro, para quem só o queira ler; vai sentir-se no meio da vivacidade das conversas. E muitos leitores, provavelmente, vão depois querer ouvir músicas que não conhecem ou conhecem menos bem.”
DAVID FERREIRA in Prefácio
“O espírito rocker de António Garcez salta do palco para as páginas deste livro, as convicções de António Manuel Ribeiro são o espelho das canções que escreve, as ideias de Miguel Angelo permanecem coerentes com uma certa postura Pop moderna, a honestidade de Rui Veloso é a mesma que se ouve na interpretação de Afurada, o estilo pragmático de João Grande é tão directo e incisivo quanto um single dos Taxi, e as palavras de Sérgio Castro confirmam uma tendência aglutinadora presente na saga que foi a sua vida enquanto músico e produtor.”
“Por entre revelações e revisões da história, é extraordinário como [as entrevistas a Zé Pedro e a Zé Leonel] se complementam. Tanto ao nível da biografia pessoal como da trajectória artística de cada um dos entrevistados – afinal de contas, foram fundadores dos Xutos & Pontapés.”
“Que o livro seja aberto para ser sublinhado, comentado, escalpelizado. Trata-se de um passo importante no resgate da nossa memória colectiva.”
PEDRO DE FREITAS BRANCO in Introdução
14.10.12
Bookstage - Nos Bastidores do Rock Português
Livro: BOOKSTAGE - NOS BASTIDORES DO ROCK PORTUGUÊS
Data de lançamento: 27 DE OUTUBRO (sábado) às 15h00
Local: Restaurante ZENO LOUNGE no CASINO DO ESTORIL
Com a presença de:
ANTÓNIO GARCEZ, ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO, DAVID FERREIRA, JOÃO GRANDE, MIGUEL ANGELO, PEDRO DE FREITAS BRANCO, RUI LEAL, RUI VELOSO, SÉRGIO CASTRO e ZÉ PEDRO
Apresentação e moderação: NUNO CALADO
Música ao vivo com:
EX VOTOS (Homenagem a ZÉ LEONEL)
VIRALATA
e
PARTICIPAÇÕES SURPRESA
BOOKSTAGE É UM LIVRO COM ENTREVISTAS DE FUNDO A 8 NOMES LENDÁRIOS DO ROCK PORTUGUÊS:
ANTÓNIO GARCEZ
ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO
JOÃO GRANDE
MIGUEL ANGELO
RUI VELOSO
SÉRGIO CASTRO
ZÉ PEDRO
ZÉ LEONEL
Autores: LUÍS SILVA DO Ó e BRUNO GONÇALVES PEREIRA
Prefácio: DAVID FERREIRA
Introdução: PEDRO DE FREITAS BRANCO
Fotografia: RUI M LEAL
Editora: Chiado Editora
ENTRADA LIVRE
Data de lançamento: 27 DE OUTUBRO (sábado) às 15h00
Local: Restaurante ZENO LOUNGE no CASINO DO ESTORIL
Com a presença de:
ANTÓNIO GARCEZ, ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO, DAVID FERREIRA, JOÃO GRANDE, MIGUEL ANGELO, PEDRO DE FREITAS BRANCO, RUI LEAL, RUI VELOSO, SÉRGIO CASTRO e ZÉ PEDRO
Apresentação e moderação: NUNO CALADO
Música ao vivo com:
EX VOTOS (Homenagem a ZÉ LEONEL)
VIRALATA
e
PARTICIPAÇÕES SURPRESA
BOOKSTAGE É UM LIVRO COM ENTREVISTAS DE FUNDO A 8 NOMES LENDÁRIOS DO ROCK PORTUGUÊS:
ANTÓNIO GARCEZ
ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO
JOÃO GRANDE
MIGUEL ANGELO
RUI VELOSO
SÉRGIO CASTRO
ZÉ PEDRO
ZÉ LEONEL
Autores: LUÍS SILVA DO Ó e BRUNO GONÇALVES PEREIRA
Prefácio: DAVID FERREIRA
Introdução: PEDRO DE FREITAS BRANCO
Fotografia: RUI M LEAL
Editora: Chiado Editora
ENTRADA LIVRE
8.5.12
UHF - Voo para a Venezuela
Fiz uma pesquisa no google e não descobri a letra deste clássico perdido dos UHF. Aqui fica para memória colectiva!
Voo para a Venezuela
A avenida tem palmeiras dançando
nos meus olhos o teu corpo vibrando
vento forte – marca o desejo
porque tu já cá não estás deitada
no meu quarto (3x)
A revolta torna a crise passageira
velha amiga o teu choro engana
perco os dias – marco as horas
preso ao sabor do teu corpo
no meu quarto (3x)
Fumo espesso no cansaço em chamas
esta vida é um templo de palavras
o silêncio – afoga a memória
o vinho é o fim da história
da mulher que ri
no deserto (3x)
No deserto
[No meu quarto…] (4 x)
Voo para a Venezuela
A avenida tem palmeiras dançando
nos meus olhos o teu corpo vibrando
vento forte – marca o desejo
porque tu já cá não estás deitada
no meu quarto (3x)
A revolta torna a crise passageira
velha amiga o teu choro engana
perco os dias – marco as horas
preso ao sabor do teu corpo
no meu quarto (3x)
Fumo espesso no cansaço em chamas
esta vida é um templo de palavras
o silêncio – afoga a memória
o vinho é o fim da história
da mulher que ri
no deserto (3x)
No deserto
[No meu quarto…] (4 x)
24.1.12
Rui Beat Velez - RIP
Rui Rodrigues, António Manuel Ribeiro, Paulo Inácio e Rui Beat Velez.
Guardo no meu museu de memórias o concerto dos UHF na Feira Popular em 1989 com Luis Espírito Santo Martins e Rui "Beat" Velez. Nesse espectáculo ainda se juntou o Renato Gomes como convidado especial. Foi um dos melhores concertos a que assisti - gravado e posteriormente transmitido pela RFM - com uma quebra na electricidade a meio da canção "Hesitar". Rui "Beat" Velez e Luís Espírito Santo continuaram a tocar enquanto o público cantou o refrão até ao regresso da electricidade.
Que descanse em paz!
Alguns grupos a que pertenceu Rui "Beat" Velez:
Banda do Sul, UHF, Junção e Ravel.
A HOMENAGEM DE ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO:
"Conheci o Rui em 1983, uma mola dinâmica por trás da bateria de uma banda que foi a concurso no Rock Rendez-Vous – a Banda do Sul. Vi-os enquanto membro do júri; não seguiram até à final.
Gostei do grupo, aproximei-me deles através da minha namorada dessa altura, colega do liceu. Havia entusiasmo, os sonhos fluíam; a baía de Cascais ainda não produzira os Delfins e já uma espécie de pop/funk enchia uma garagem de Oeiras.
O Rui, de quem me tornei amigo, acabou naturalmente por entrar nos UHF em 1985. Fizemos uma longa digressão entre o final desse ano e meados de 1987, quando saiu do grupo.
Acabaria por regressar em 1989 para a digressão do maxi “Hesitar”, juntando-se ao Pedro de Faro, o baixista fundador da Banda do Sul, que também ingressara nos UHF. Essa foi uma das digressões mais felizes da minha carreira, que reuniu em palco dois bateristas – o Luís Espírito Santo e o Rui ‘beat’ Velez (o ‘beat’ foi baptismo meu).
Dizem os que me conhecem que tenho memória de elefante, e é verdade. Os dias desta carreira parecem-me as páginas de um livro que o tempo mantém disponíveis para folhear. Não sou de lamúrias nem de saudosismos, mas recordo com toda a vivacidade quando o Rui se sentava no lugar a meu lado no carro que eu próprio conduzia, um veloz Ford RS Turbo branco, e seguíamos a cantar as canções que previamente alinhara numa cassete: nesse início de 1989 delirávamos com “Orange Crush” dos R.E.M.
Mais tarde nesse ano, o Rui e o Pedro formaram a Junção, reagrupando o núcleo duro da Banda do Sul e convidaram-me para emprestar a minha voz num dos temas do único LP que gravaram.
O meu amigo partiu no último domingo. É um lugar comum dizer-se que não estávamos à espera da notícia; mas é verdade que não estava. Um dia destes, como ele me disse há uns tempos, haveríamos de tentar outra vez.
Dele guardamos dois magníficos registos que o qualificam como ‘beat’, a mola, um homem em simbiose com as peles e os pratos de uma bateria: “Até às Tantas” (1986), por encomenda do programa “1, 2, 3”, da RTP, mais tarde editado no primeiro volume das Raridades dos UHF (2007) e “Esta Mentira à Solta” do maxi “Hesitar” (1989). Em ambas as canções juntei dois monstros musicais deste país: Renato Gomes e Rui ‘beat’ Velez.
Por um artista que parte soltemos aplausos de agradecimento.
António Manuel Ribeiro"
Um abraço de obrigado ao Paulo Inácio por me ter enviado esta fotografia que pertence ao seu arquivo pessoal.
30.12.11
O luxo em época de crise
Épico.
A nova edição dos Trabalhadores do Comércio é uma obra que vai perdurar no tempo independentemente do sucesso ou insucesso de vendas e das críticas que venham a ser, ou não, escritas. Admito que seja complicado analisar com rigor um trabalho destes quando se tem pouco tempo disponível. Isto porque “Das Turmêntas Hà Boua Isperansa” é constituído por um livro autobiográfico de 230 páginas que aborda os anos 80 (entre 1980 a 1990), acrescido de um novo álbum de estúdio com 12 temas, 9 deles inéditos e 3 versões. O disco foi gravado ao longo dos últimos anos e o livro foi crescendo à medida que os meses passavam.
Histórico.
Ler este livro é mergulhar na génese da música eléctrica em Portugal, conhecer episódios surpreendentes, sobressaindo uma contextualização sociológica de toda uma época essencial para aquilo que viria a ser a indústria da música moderna no nosso país. Ao leme da escrita esteve Sérgio Castro, que complementou o texto com aproximadamente 200 fotografias, incluindo notícias da imprensa. Esta edição revela um cuidado ímpar em todos os detalhes, desde a componente gráfica à escolha das imagens apresentadas ou das histórias que nos são narradas. Nada foi descurado ou deixado ao acaso, o que transforma este livro num documento histórico imprescindível para um melhor conhecimento do período mais conturbado e movimentado da música rock portuguesa.
Revolucionário.
O novo álbum que acompanha o livro é uma surpreendente demonstração de vitalidade criativa, instrumental e musical, com doses brutais de crítica mordaz à classe política que nos dirige. Apesar de manter os traços habituais, com letras irónicas “à Porto” e bem-humoradas, a escrita sofre um upgrade com quantidades suplementares de intervenção política e social. A defesa do Norte enquanto região ou nação autónoma surge logo na abertura, com “Hino à Desanexação”, uma polémica composição de João Médicis – o ex-puto – e com voz principal do próprio. É uma canção épica, em que participam as Vozes da Rádio e Carlo Torlontano, na Trompa Alpina. O rock encontra-se aqui em doses elevadas e as três primeiras canções – “Hino à Desanexação”, “A Rebulussom” e “Gladiador” – rebentam com a escala quando comparamos este disco com qualquer outro que os Trabalhadores produziram até hoje. Se “Hino à Desanexação” é um grito pungente por uma nova regionalização, o tema seguinte, “A Rebulussom”, é um berro indignado pela sociedade em que nos transformámos: “É o sultão da energia, é o rei do remédio, é o que vende a pistola ou financia o assédio. Vende o craque da bola, manda homens p’ra luta. É o que nunca dá a cara... É o filho da puta!”. A terceira canção, “Gladiador”, fecha uma triologia temática. “Vou-me embora, preciso de ir / Nem para trás quero olhar / Tenho pressa de partir / e a cabeça a rebentar” é o desconforto que culmina numa partida, eventualmente, uma saída do país. A emigração como solução eterna dos problemas perpétuos da nossa nação. A letra tem a particularidade de ter sido escrita há muitos anos por António Garcez e revela-se tão actual como no tempo dos Stick. A composição da música é partilhada entre Garcez e Sérgio Castro e é um rock a abrir, melódico, orelhudo e comercialmente potente. As guitarras de Sérgio Castro, João Médicis e de Pony, o baixo de Miguel Cerqueira, o piano e o Hammond de Jorge Filipe Santos e a bateria de Álvaro Azevedo são demolidores. Curiosamente, António Garcez partiu rumo aos Estados Unidos pouco depois de ter escrito este tema. A nova versão de “A Cansom Quiu Abô Minsinoue” é um bolero com Marta Ren na voz. Esta canção é outro momento ímpar deste disco. Após Marta Ren, é a vez de Daniela Costa assumir a voz principal de “Dá-lhe Corda Ao Cucu”, numa demonstração de democracia interna pouco habitual na esmagadora maioria dos grupos portugueses. Sem limitações de protagonismo, todos participam activamente no resultado final, sendo reconhecidos e tendo o seu próprio espaço. Também Diana Basto – uma das três excelentes vozes femininas do grupo –, canta “Ajuste Rectal”, mais um tema numa escrita muito “à Trabalhadores” e com crítica política acentuada. Mais à frente, “Baisse Bíar” é um trocadilho bem conseguido com a cerveja de trigo weisenbeer. Enfim, as boas canções vão-se somando e destacamos mais dois temas fortes. “O Voto Útil” – com nova e vincada crítica social – e “No Colo do Douro”. Esta última remete-nos para sonoridades pop, com reminiscências melódicas que nos recordam grandes bandas britânicas dos anos 60. “No Colo do Douro” é uma canção orelhuda e um tema forte para as nossas rádios.
A surpresa final deste álbum encontra-se na última faixa. “Fantoxada” é uma música de Jorge Filipe Santos, alternativa, industrial, com recurso a programações e que usa uma célebre frase proferida por um antigo governante e actual comentador político: “Isto é uma fantochada sem nome”. Pelo contrário, este novo disco dos Trabalhadores é um passo em frente, é uma evolução coerente com aquilo que já tinha sido o CD anterior, “Iblussom” (2007). Em “Das Turmêntas Hà Boua Isperansa” sobressai um cuidado instrumental notável, arranjos límpidos e eficazes, uma produção certeira e um som global cheio, com profundidade, com vida, fruto, também, da masterização realizada nos Estados Unidos, por Stephen Marcussen, da Marcussen Mastering. (*) Este álbum mostra-nos um grupo maduro, no uso máximo das suas potencialidades e sem sofrer o desgaste do tempo ou da idade. Tudo isto é francamente impressionante quando verificamos que Álvaro Azevedo ou Sérgio Castro já estão no mundo da música desde os anos 60 e ainda têm capacidade para nos surpreenderem e apresentarem algo novo e fresco. Por vezes, quando escutamos um álbum de um músico veterano que nos surpreenda positivamente, pensamos que aquele disco poderia ser o primeiro da sua carreira. Pela frescura ou criatividade que encerra. Porém, este “Das Turmêntas Hà Boua Isperansa”, apesar de ter todas essas características, jamais poderia constituir um disco de estreia. É que nunca uma banda em início de carreira consegue potenciar a experiência que aqui se respira. E a experiência é, quando inteligentemente utilizada, essencial na execução de qualquer trabalho. Ou seja, este álbum mantém todo o espírito característico dos Trabalhadores, junta-lhe uma pitada adicional de evolução, polvilhado por uma superior energia e experiência. O resultado só podia ser este, com várias canções como potenciais hits. A década de 80 ficou para trás. Sem saudosismos, os Trabalhadores do Comércio comprovam que o presente é bem melhor.
Genial.
Podia ser um livro excelente acompanhado por um disco da treta ou um fantástico álbum acrescido de um livreco com pouco interesse, todavia, o que temos nas mãos vale individualmente pelo CD ou pelo livro. São duas obras imprescindíveis, com a vantagem de virem em conjunto! Os Trabalhadores do Comércio dão-nos, com este package de luxo asiático, uma lição de profissionalismo e criatividade, só ao alcance de meia dúzia de nomes da nossa praça. Curiosamente, pertencem à geração que construiu os alicerces da indústria musical eléctrica em Portugal e, tal como outros nomes grandes do boom, nomeadamente, Rui Veloso ou os UHF, têm razões de queixa em relação à comunicação social especializada em música neste nosso país. “Das Turmêntas Hà Boua Isperansa” é um trabalho mais do que essencial. É genial.
(*) http://www.marcussenmastering.com/engineers/stephen_discpic.php
PS: E nem falei da capa, da responsabilidade de Alberto Almeida… No fundo a capa é o espelho do trabalho. Uma obra de arte!
29.12.11
José Cid ao vivo na passagem de ano da RFM
A passagem de ano da RFM é feita com José Cid num concerto ao vivo. O apoteótico espectáculo gravado esta semana no auditório da RFM pode ser escutado no dia 31 de Dezembro de 2011 às 23:00 e no dia 01 de Janeiro de 2012 às 16:00.
Nesta foto José Cid e mais alguns amigos que se costumam reunir no blogue Ié-Ié.
Nesta foto José Cid e mais alguns amigos que se costumam reunir no blogue Ié-Ié.
1.7.11
Ring Portrait - A reportagem
Apenas a componente de reportagem da emissão do Atlântico de 11 de Junho de 2011 e que foi dedicado à inauguração da exposição de fotografia de Rui Leal com entrevistas com Maria Leon, Phil Mendrix, Carminho, Fernando Cunha, Susana Félix e Rui Leal.
14.6.11
Exposição de Rui Leal no Rock N' Shots
Entre 3 de Junho e 31 de Agosto, no Rock N' Shots, em Cascais, esta é uma excelente exposição de visita obrigatória para quem goste de música e/ou de fotografia.
O trabalho de fotografia exposto assenta no conceito Ring Portrait, com o tema "Músicos Portugueses". Esta primeira exposição conta com alguns nomes, bastante conhecidos, do nosso mercado discográfico, entre os quais: Carminho, Deolinda, Fernando Cunha, Fernando Martins, Flak, João Pedro Pais, Jorge Palma, Kalú, Luís Represas, Manuel João Vieira, Maria León, Mariza, Miguel Gameiro,Moonspell, Olavo Bilac, Paulo Gonzo, Pedro Abrunhosa, Rui Reininho, Rui Veloso, Susana Félix, Tim, UHF, Zé Leonel e Zé Pedro. Num conceito inovador, pioneiro em Portugal e verdadeiramente extraordinário, o fotografo profissional Rui M. Leal caricatura os retratados nas suas vertentes mais divertidas e originais. Se já conhecia o projecto e conceito Ring Portrait então não vai querer perder esta oportunidade de apreciar ao vivo estes magnificos artistas nesta inovadora forma de fotografar.
Aberto todos os dias das 12h00 ás 02h00.
Mais informações:
http://www.ruimleal-photography.net
http://www.flickr.com/photos/ruimleal
http://www.facebook.com/ruimlealphotography
Mapa para local da exposição.
António Côrte-Real - Novo CD e Marshall
Depois de uma aliança que dura há 10 anos, a Marshall e António Côrte-Real, (guitarrista dos UHF, Revolta e ACR3), decidiram prolongar o acordo que os une na edição do disco ACR3. Entre outros eventos, António Côrte-Real irá participar em workshops da Marshall por todo o país (datas e locais a anunciar brevemente).
O CD ACR3 pode ser encomendado através do email antoniocorterealtrio@gmail.com e em breve será divulgada uma lista de lojas em que estará à venda.
Também em breve conto regressar a este primeiro CD de ACR3.
Mais informações em:
http://www.marshall.com.pt
http://www.myspace.com/antoniocorterealtrio
3.5.11
UHF- Portugal somos nós
O regresso à Aula Magna, 3 anos depois, num momento em que o grupo celebra 33 anos de carreira, fez-se num recinto com muita gente, mas, mesmo assim, sem que tenha estado tão cheio como em 2008. Todavia, começa a ser visível o resultado do intenso trabalho que os UHF têm desenvolvido nos últimos anos e, se no concerto anterior poucas foram as figuras conhecidas do meio musical que marcaram presença, desta feita, eram inúmeras as que estavam espalhadas um pouco por toda a sala. Esta curiosidade acaba por ser natural se pensarmos em tudo aquilo que o grupo de Almada tem feito nestes tempos mais recentes e no surpreendente último álbum de originais. “Porquê?” acaba por ser a cereja no topo do bolo que subiu à mesa, melhor, a um ilustre palco lisboeta, no passado sábado, dia 30 de Abril.
Em críticas anteriores, já tinha referido a coesão, o modo algo telepático como os músicos comunicam entre si, a união que transpira de tantos e tantos anos de vida em conjunto. Os UHF de hoje são a antítese da sofreguidão desenfreada do passado, em que a entrada e saída de músicos era quase tão natural como beber água Castelo nas pausas de uma garrafa de Jack Daniels. Dessa época desregrada da infância e adolescência dos UHF ficaram discos e músicas intemporais. No entanto, foi após atingirem os 18 anos que António Manuel Ribeiro conseguiu estabilizar o comboio, diminuindo drasticamente as mudanças na formação. Foi o momento do renascimento de uns novos UHF que foram, paulatinamente, traçando um percurso ascendente, chegando, agora, a um novo patamar de exigência e de afirmação musical na Aula Magna em Lisboa.
A escolha das canções para o alinhamento do concerto não terá constituído tarefa simples e até as habitualmente ostracizadas canções do período da Rádio Triunfo (1982/85) foram sabiamente recuperadas do fundo de um baú, que se encontrava, felizmente, fechado e conservado em vácuo. Voltar a escutar composições tão belas como “Dança de canibais”, “Voo para a Venezuela” ou “Devo eu” foi como entrar numa cápsula do tempo e cair no meio da beleza, inovadora e pura, dos anos 80. As duas primeiras não seriam tocadas há 20 anos. A selecção das músicas não foi fruto do acaso e a conjugação das mesmas resultou num concerto intenso, forte como aço e onde a emoção nos iluminou ao longo de um breve e longo instante porque tenho consciência de que o espectáculo foi longo, mas não sei ao certo quanto tempo demorou – passou e num abrir e fechar de olhos foi partilhado connosco um lote de quase 30 temas.
“A última prova”, do recente álbum “Porquê?” deu o mote no início do concerto e, de imediato, se escutou o público a entoar as palavras de uma canção que não é single, que não passa nas principais rádios, que não tem nenhum vídeo oficial, mas, que merece ter a oportunidade de ser e de ter tudo isso. As canções foram-se sucedendo com António Manuel Ribeiro a gritar objectivas e cortantes palavras de ordem contra o marasmo em que Portugal e cada um de nós parece ter mergulhado. “Matas-me com o teu olhar”, “Viver para te ver”, “Um copo contigo”, “O vento mudou”, “Cai o Carmo e a Trindade”, “Dança de canibais” e “Estou de passagem” antecederam a entrada em palco do primeiro convidado especial durante o sempre hipnótico “Rapaz caleidoscópio”. Armando Teixeira entrou no palco a erguer o vinil de “À Flor da Pele” e “exigindo” um autógrafo a António Manuel Ribeiro, que, surpreendido, procurou e encontrou uma caneta sob o olhar divertido e deliciado dos restantes músicos e de todos os espectadores. UHF e Armando Teixeira proporcionaram um momento inesquecível com o emergir do excelente “Montra”, que usa um sample do “Rapaz caleidoscópio”. O primeiro momento mais calmo da noite surgiu à décima canção, com a versão acústica de “Sarajevo”, tendo o baterista Ivan Cristiano avançado para a frente do palco, ocupando o lugar deixado livre por Armando Teixeira. “Vejam bem” – em mais uma fabulosa interpretação de António Manuel Ribeiro –, “Voo para a Venezuela”, “Porquê só ela”, “Devo eu”, “Esta dança não me interessa”, “Os putos vieram divertir-se”, “Quero entrar em tua casa”, “Modelo fotográfico” e “Menino” fecharam o alinhamento antes dos encores. O povo pediu mais.
No regresso ao palco, os UHF atacaram “Porquê (português)” para, logo depois, receberem a Tuna Feminina que os acompanhou em “Portugal – somos nós” e na novíssima e inédita “Nevoeiro”, outro tema que pode ser um sucesso comercial. E foi com o sempre deslumbrante “Sonhos na estrada de Sintra” que os UHF saíram de palco em verdadeira apoteose. O público voltou a bater palmas e a gritar por mais.
Num espectáculo que foi sempre em crescendo, os UHF voltaram para fechar a noite com uma tripla de canções de arromba. “Cavalos de corrida”, “Rua do Carmo” e “Menina estás à janela”, provavelmente os três maiores sucessos do grupo, foram vividos em verdadeira apoteose e com um núcleo de fãs a despirem-se, ficando em tronco nu, enquanto agitavam a roupa e se agitavam a eles próprios, numa cadência própria de um concerto de punk-rock.
Os UHF apresentaram um leque diversificado de temas fortíssimos e de todas as épocas da sua carreira. Todavia, “Geraldine”, “Noites lisboetas”, “Concerto”, “Um mau rapaz”, “Persona non grata”, “Puseste o diabo em mim”, “Na tua cama”, “Nove anos”, “Ferir até à dor”, “Hesitar”, “Amélia recruta”, “Este filme”, “Brincar no fogo”, “Comédia humana (parte 1) ”, “Aqui Planeta Terra”, “Velhos amigos”, “A lágrima caiu” ou “Há rock no caís” seriam outras 18 músicas que poderiam pertencer a outro alinhamento de primeiríssima água, o que mostra bem a quantidade de canções de sucesso popularizadas pelos UHF.
Quando foram tocados os últimos acordes da “Menina estás a janela” já toda a gente estava rendida e totalmente exausta. A noite terminou, assim, com uma satisfação imensa estampada na cara de todos os que estiveram presentes. A assistência era constituída, esmagadoramente, por fãs conhecedores da obra dos UHF e foi essa a principal diferença entre o público deste concerto e do espectáculo na Aula Magna em 2008. O grupo parece ter voltado a encontrar uma larga multidão de fãs, fazendo-me recordar o tempo do Rock Rendez-Vous, o tempo da Feira Popular, enfim, outras épocas recuadas, em que os UHF eram os reis do rock português. Neste sábado, assistimos a um salto em frente nesse sustentado caminho que o grupo de António Manuel Ribeiro tem vindo a percorrer rumo ao justo e tardio reconhecimento. Está para breve.
Reacções:
“Ao fim de 30 anos tenho o meu “À Flor da Pele” assinado, finalmente, foi muito bom, gostei muito de estar aqui, foi um prazer muito grande e acho que toda a gente se divertiu e o concerto foi muito bom.” - Armando Teixeira (Balla)
“Eu não estava à espera de tanta gente. Todas as pessoas que vieram são fãs dos UHF. Viu-se a sala completa em quase todas as músicas a cantar, deu para perceber que as pessoas estavam bastante entusiasmadas.” - Rui Leal, fotógrafo
“Já não via os UHF ao vivo há muito tempo, nem sei muito bem precisar há quantos anos, e foi uma surpresa agradável porque, realmente, a banda está em grande forma. O António Manuel Ribeiro continua em grande forma, é um resistente, vem dos anos 80 e gostei, sinceramente, do espectáculo. Acho que esteve com uma energia fantástica.” - Pedro Rolo Duarte
“Foi um belíssimo espectáculo. [“O vento mudou”] foi um momento muito giro, uma canção, 44 anos depois, ter esta vitalidade é sempre giro. Hoje, achei graça porque a Tuna cantou a “Desfolhada”. De maneira que eu ganhei, ganhei duas canções na final (risos). O meu neto e a amiga dele vieram aqui e já temos mais uns fãs e é giro é ver a continuidade destas coisas todas. Foi um grande concerto.” - Nuno Nazareth Fernandes
“Foi um óptimo concerto, sempre em cima, uma grande energia, as pessoas a responderem muito bem a muitas músicas. Sente-se a quantidade de hits que os UHF têm. A banda está muito coesa, estão em grande forma. A sensação que eu tenho é que esta excelente forma, nesta fase mais recente dos UHF, arranca, sobretudo, com o “Há Rock no Cais”.
O António Manuel Ribeiro é um homem de hinos, portanto, hoje viu-se aqui a quantidade de músicas a que as pessoas respondem. Tem capacidade para aquelas mensagens curtas, onde as pessoas se revêem e respondem, como a gente viu esta noite. Ele, neste momento, já está a fazer hinos novos porque, hoje, já ouvimos o “Nevoeiro”, que pode ser mais um hit.
O António Manuel Ribeiro sempre soube muito bem o que é estar em cima do palco. Estou-me a lembrar de espectáculos há quase 30 anos e, de facto, é um bicho de palco, mantém um grande ascendente sobre o público durante todo o espectáculo, prevê o público, tem uma ligação muito forte e esse magnetismo em cima do palco explica a reacção das pessoas.
Aquele final, aquela sequência, “Cavalos de Corrida”, “Rua do Carmo” e “Menina Estás à Janela” é muito forte.” - David Ferreira
Texto originalmente publicado no blogue Ié-Ié.
Fotografias: Francisco Rosário.
Em críticas anteriores, já tinha referido a coesão, o modo algo telepático como os músicos comunicam entre si, a união que transpira de tantos e tantos anos de vida em conjunto. Os UHF de hoje são a antítese da sofreguidão desenfreada do passado, em que a entrada e saída de músicos era quase tão natural como beber água Castelo nas pausas de uma garrafa de Jack Daniels. Dessa época desregrada da infância e adolescência dos UHF ficaram discos e músicas intemporais. No entanto, foi após atingirem os 18 anos que António Manuel Ribeiro conseguiu estabilizar o comboio, diminuindo drasticamente as mudanças na formação. Foi o momento do renascimento de uns novos UHF que foram, paulatinamente, traçando um percurso ascendente, chegando, agora, a um novo patamar de exigência e de afirmação musical na Aula Magna em Lisboa.
A escolha das canções para o alinhamento do concerto não terá constituído tarefa simples e até as habitualmente ostracizadas canções do período da Rádio Triunfo (1982/85) foram sabiamente recuperadas do fundo de um baú, que se encontrava, felizmente, fechado e conservado em vácuo. Voltar a escutar composições tão belas como “Dança de canibais”, “Voo para a Venezuela” ou “Devo eu” foi como entrar numa cápsula do tempo e cair no meio da beleza, inovadora e pura, dos anos 80. As duas primeiras não seriam tocadas há 20 anos. A selecção das músicas não foi fruto do acaso e a conjugação das mesmas resultou num concerto intenso, forte como aço e onde a emoção nos iluminou ao longo de um breve e longo instante porque tenho consciência de que o espectáculo foi longo, mas não sei ao certo quanto tempo demorou – passou e num abrir e fechar de olhos foi partilhado connosco um lote de quase 30 temas.
“A última prova”, do recente álbum “Porquê?” deu o mote no início do concerto e, de imediato, se escutou o público a entoar as palavras de uma canção que não é single, que não passa nas principais rádios, que não tem nenhum vídeo oficial, mas, que merece ter a oportunidade de ser e de ter tudo isso. As canções foram-se sucedendo com António Manuel Ribeiro a gritar objectivas e cortantes palavras de ordem contra o marasmo em que Portugal e cada um de nós parece ter mergulhado. “Matas-me com o teu olhar”, “Viver para te ver”, “Um copo contigo”, “O vento mudou”, “Cai o Carmo e a Trindade”, “Dança de canibais” e “Estou de passagem” antecederam a entrada em palco do primeiro convidado especial durante o sempre hipnótico “Rapaz caleidoscópio”. Armando Teixeira entrou no palco a erguer o vinil de “À Flor da Pele” e “exigindo” um autógrafo a António Manuel Ribeiro, que, surpreendido, procurou e encontrou uma caneta sob o olhar divertido e deliciado dos restantes músicos e de todos os espectadores. UHF e Armando Teixeira proporcionaram um momento inesquecível com o emergir do excelente “Montra”, que usa um sample do “Rapaz caleidoscópio”. O primeiro momento mais calmo da noite surgiu à décima canção, com a versão acústica de “Sarajevo”, tendo o baterista Ivan Cristiano avançado para a frente do palco, ocupando o lugar deixado livre por Armando Teixeira. “Vejam bem” – em mais uma fabulosa interpretação de António Manuel Ribeiro –, “Voo para a Venezuela”, “Porquê só ela”, “Devo eu”, “Esta dança não me interessa”, “Os putos vieram divertir-se”, “Quero entrar em tua casa”, “Modelo fotográfico” e “Menino” fecharam o alinhamento antes dos encores. O povo pediu mais.
No regresso ao palco, os UHF atacaram “Porquê (português)” para, logo depois, receberem a Tuna Feminina que os acompanhou em “Portugal – somos nós” e na novíssima e inédita “Nevoeiro”, outro tema que pode ser um sucesso comercial. E foi com o sempre deslumbrante “Sonhos na estrada de Sintra” que os UHF saíram de palco em verdadeira apoteose. O público voltou a bater palmas e a gritar por mais.
Num espectáculo que foi sempre em crescendo, os UHF voltaram para fechar a noite com uma tripla de canções de arromba. “Cavalos de corrida”, “Rua do Carmo” e “Menina estás à janela”, provavelmente os três maiores sucessos do grupo, foram vividos em verdadeira apoteose e com um núcleo de fãs a despirem-se, ficando em tronco nu, enquanto agitavam a roupa e se agitavam a eles próprios, numa cadência própria de um concerto de punk-rock.
Os UHF apresentaram um leque diversificado de temas fortíssimos e de todas as épocas da sua carreira. Todavia, “Geraldine”, “Noites lisboetas”, “Concerto”, “Um mau rapaz”, “Persona non grata”, “Puseste o diabo em mim”, “Na tua cama”, “Nove anos”, “Ferir até à dor”, “Hesitar”, “Amélia recruta”, “Este filme”, “Brincar no fogo”, “Comédia humana (parte 1) ”, “Aqui Planeta Terra”, “Velhos amigos”, “A lágrima caiu” ou “Há rock no caís” seriam outras 18 músicas que poderiam pertencer a outro alinhamento de primeiríssima água, o que mostra bem a quantidade de canções de sucesso popularizadas pelos UHF.
Quando foram tocados os últimos acordes da “Menina estás a janela” já toda a gente estava rendida e totalmente exausta. A noite terminou, assim, com uma satisfação imensa estampada na cara de todos os que estiveram presentes. A assistência era constituída, esmagadoramente, por fãs conhecedores da obra dos UHF e foi essa a principal diferença entre o público deste concerto e do espectáculo na Aula Magna em 2008. O grupo parece ter voltado a encontrar uma larga multidão de fãs, fazendo-me recordar o tempo do Rock Rendez-Vous, o tempo da Feira Popular, enfim, outras épocas recuadas, em que os UHF eram os reis do rock português. Neste sábado, assistimos a um salto em frente nesse sustentado caminho que o grupo de António Manuel Ribeiro tem vindo a percorrer rumo ao justo e tardio reconhecimento. Está para breve.
Reacções:
“Ao fim de 30 anos tenho o meu “À Flor da Pele” assinado, finalmente, foi muito bom, gostei muito de estar aqui, foi um prazer muito grande e acho que toda a gente se divertiu e o concerto foi muito bom.” - Armando Teixeira (Balla)
“Eu não estava à espera de tanta gente. Todas as pessoas que vieram são fãs dos UHF. Viu-se a sala completa em quase todas as músicas a cantar, deu para perceber que as pessoas estavam bastante entusiasmadas.” - Rui Leal, fotógrafo
“Já não via os UHF ao vivo há muito tempo, nem sei muito bem precisar há quantos anos, e foi uma surpresa agradável porque, realmente, a banda está em grande forma. O António Manuel Ribeiro continua em grande forma, é um resistente, vem dos anos 80 e gostei, sinceramente, do espectáculo. Acho que esteve com uma energia fantástica.” - Pedro Rolo Duarte
“Foi um belíssimo espectáculo. [“O vento mudou”] foi um momento muito giro, uma canção, 44 anos depois, ter esta vitalidade é sempre giro. Hoje, achei graça porque a Tuna cantou a “Desfolhada”. De maneira que eu ganhei, ganhei duas canções na final (risos). O meu neto e a amiga dele vieram aqui e já temos mais uns fãs e é giro é ver a continuidade destas coisas todas. Foi um grande concerto.” - Nuno Nazareth Fernandes
“Foi um óptimo concerto, sempre em cima, uma grande energia, as pessoas a responderem muito bem a muitas músicas. Sente-se a quantidade de hits que os UHF têm. A banda está muito coesa, estão em grande forma. A sensação que eu tenho é que esta excelente forma, nesta fase mais recente dos UHF, arranca, sobretudo, com o “Há Rock no Cais”.
O António Manuel Ribeiro é um homem de hinos, portanto, hoje viu-se aqui a quantidade de músicas a que as pessoas respondem. Tem capacidade para aquelas mensagens curtas, onde as pessoas se revêem e respondem, como a gente viu esta noite. Ele, neste momento, já está a fazer hinos novos porque, hoje, já ouvimos o “Nevoeiro”, que pode ser mais um hit.
O António Manuel Ribeiro sempre soube muito bem o que é estar em cima do palco. Estou-me a lembrar de espectáculos há quase 30 anos e, de facto, é um bicho de palco, mantém um grande ascendente sobre o público durante todo o espectáculo, prevê o público, tem uma ligação muito forte e esse magnetismo em cima do palco explica a reacção das pessoas.
Aquele final, aquela sequência, “Cavalos de Corrida”, “Rua do Carmo” e “Menina Estás à Janela” é muito forte.” - David Ferreira
Texto originalmente publicado no blogue Ié-Ié.
Fotografias: Francisco Rosário.
26.4.11
Zé Leonel - Borboleta
Fundador dos Xutos, esteve no embrião dos Peste&Sida e era o líder dos Ex Votos. Zé Leonel é uma lição de vida. Uma semana antes de Zé Leonel ter voado para mais além deu o seu último concerto. Este momento emocionante, tocante e único merece ser partilhado, divulgado, conhecido e aplaudido por todos. O cancro não venceu porque o Zé manteve-se sempre activo, lúcido e como o podem ver neste vídeo.
"Borboleta" é o videoclip oficial de homenagem a Zé Leonel e foi o último tema por ele escrito - aqui tocado pelos ExVotos e Amigos, no dia 13 de Abril de 2011 na Malaposta em Odivelas.
"Borboleta" é o videoclip oficial de homenagem a Zé Leonel e foi o último tema por ele escrito - aqui tocado pelos ExVotos e Amigos, no dia 13 de Abril de 2011 na Malaposta em Odivelas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)