12.5.08

Fazer de conta (I)
O futebolês não aprende línguas

Gritos, choro e lágrimas foram coisas que não terão faltado aos adeptos e sócios do Boavista. E berros, muitos berros de um Valentim Loureiro em plena televisão a ver o que construiu a ir por água abaixo. É triste e temos pena. Temos pena do que está a suceder e temos (ainda mais) pena das arbitragens “estranhas” que pude presenciar em vários jogos entre azuis e quadradinhos. Coisas do arco-da-velha que, se calhar, eram mais do que isso.
Por causa de um desses jogos estive algum tempo sem meter os pés no Restelo. Isto de pagar bilhete e assistir a outros jogos tem limites.
Seja como for é mais um capítulo de uma ascensão e queda vertiginosa com dívidas colossais que devem atirar este histórico do desporto nacional para a extinção. Além de eventuais actos de má gestão, existiu, pelo meio da aventura, a construção de um novo estádio do Bessa. Parece ter sido o fim.
O meu Belenenses era um dos maiores clubes portugueses até que algum iluminado do antigamente se lembrou de nos “empurrar” das Salésias e nos atribuir uma pedreira que deu origem a um elefante branco chamado Restelo. Como resultado chegámos a ser despejados. Despejados no sentido real do termo. Com taças dentro de caixas no meio da rua. Não conseguiram extinguir o Belenenses, contudo, nunca mais deixámos de ser um “clube mais pequeno do que já fomos”. A quem não conheça sugiro uma visita à sala de troféus do Belém. Vai ter uma enorme surpresa.
Vamos ver se um dia isto muda em definitivo e regressamos ao nosso lugar. Não fosse o juridicamente absurdo “caso Meyong” e as escandalosas arbitragens em certos jogos (Marítimo, Porto, etc.) e esta temporada teríamos estado a lutar por um surreal 2º lugar. E vamos ver se o futebol em Portugal consegue evoluir e banir quem o transformou numa maçã podre.

Sem comentários: