27.3.07

Eleições no Belenenses
Jorge Coroado

A principal surpresa na lista de candidatura de Cabral Ferreira chama-se Jorge Coroado e surge indicado para Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Como curiosidade deixo-vos as suas declarações, hoje, perto das 19 horas, no Salão Nobre do Padrão dos Descobrimentos em Lisboa.



Nota: Em apenas 3 dias o presente vídeo foi visto por 300 pessoas!

25.3.07

Banco de Ensaio nº 19
Youth Group - Casino Twilight Dogs

Youth Group - Casino Twilight DogsA atenção dada por este espaço à música de origem australiana já não é novidade e, esta semana, mostramos o novo trabalho dos Youth Group, grupo que se encontra em fase ascendente e que, nos últimos anos, tem vindo a apostar na internacionalização por terras inglesas e norte-americanas.
Além dos temas inéditos, surge, neste álbum, uma versão de “Forever Young”, popularizado pelos Alphaville no seu trabalho de estreia. Decorridos 22 anos da edição original, a nova versão de “Forever Young” obteve grande sucesso na Austrália, tendo, inclusivamente, permitido que os Youth Group recebessem um “ARIA award”.
A música oscila entre a experiência adolescente de “Sorry” e a componente adulta de “The Destruction of Laurel Canyon”. Sem ser uma obra prima, “Casino Twilight Dogs” revela-nos um projecto que iremos acompanhar aqui, neste outro lado do planeta.


Banco de ensaio nº 19 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 24/03/2007

Site: www.youthgroup.com.au

24.3.07

Genuinamente português

O Belenenses apresentou ontem, dia 23 de Março, a sua nova estratégia de comunicação. Esta é uma amostra que ilustra a nova ambição do clube ao juntar a epopeia dos Descobrimentos ao eterno sonho azul.
Após 40 anos de adormecimento profundo estará a acordar o clube genuinamente português?
Clicar para mais detalhes.

23.3.07

Um Mandato Agitado

João Pela e Luís Silva do ÓConheci João Pela – responsável do blogue "Futuro Belenenses" – na penúltima Assembleia Geral do Clube de Futebol "Os Belenenses" e voltámos a encontrarmo-nos na festa de lançamento do livro escrito por Fernando Correia e dedicado a Matateu. Dono de uma acutilância invulgar, consegue ser incrivelmente mordaz, detendo uma capacidade argumentativa invulgar. Na semana passada, recebi um email a desafiar-me para que escrevesse um texto de balanço a respeito do mandato de Cabral Ferreira, presidente do clube da Cruz de Cristo, que se encontra a chegar ao fim. Tentei responder afirmativamente a este desafio e daí resultou o seguinte texto hoje publicado no blogue "Futuro Belenenses".
Ao João Pela, um abraço e as minhas felicitações pelo excelente blogue que mantém.


Texto publicado no blogue "Futuro Belenenses":

A minha paciência com quem gosta de colocar rótulos em cima de pessoas que, somente, ousam expressar as suas opiniões materialmente desinteressadas é manifestamente reduzida. Tão reduzida como o tempo de que disponho para discussões pueris, improdutivas e sem sentido. Ao receber o convite do amigo João Pela para emitir uma opinião, em jeito de balanço, a respeito deste mandato, oscilei entre a recusa baseada no pragmatismo do pouco tempo livre de que disponho e a tentação de jogar cá para fora qualquer coisa que, inevitavelmente, vai ser sinónimo de rótulo…

Mesmo antes de tentar dizer alguma coisa de jeito, terei de assumir já ter sido um adepto azul mais doente. Enquanto criança e adolescente, sofria do vício profundo que atinge a maioria dos nossos cada vez menos associados de sangue azul da cruz de Cristo. Para cúmulo da paciência dos meus familiares e amigos, até autocolantes desenhei para colocar ao peito de toda a gente que apareceu na festa do meu 12º aniversário: "Obrigado pelos parabéns e como cá estás toma lá este autocolante".

Os anos foram voando, os jogos passaram a ser em horários impróprios para deslocações ao Restelo e outras prioridades foram-se estabelecendo. Pelo meio, aterrei, em mau momento, na outrora famosa ML do Belenenses, numa época de confrarias alentejanas e de lá saí sem saudades. Regressei com maior assiduidade a Belém no momento em que descemos (mas não descemos) de divisão. Género "toque a rebate", senti que não podia ficar mais tempo afastado e, finalmente, tornei-me associado (no passado foram várias as tentativas e os falhanços de quem estava a 150 km. de distância e se via confrontado com um carente serviço de relações públicas). A propósito, campanhas de novos associados precisam-se.

Antes do caso Mateus, do presidente do clube apenas sabia o nome, pois não compro e tampouco leio, jornais desportivos dedicados a Benfica, Porto e Sporting.
Que a situação económica e financeira é má, que a época desportiva anterior foi catastrófica, que o clube permanece a perder associados ou que nada de estruturante foi executado, já toda a gente sabe e nem vale a pena perder tempo com balanços. Porém, durante o caso Mateus e na actual época futebolística, apreciei a actuação do presidente.
Na minha óptica, é importante, este ano, ganharmos a Taça de Portugal e irmos à UEFA ficando no melhor lugar possível no campeonato. Porém, ficaria muito mais confiante no futuro do clube se visse passos em frente na construção de um projecto estruturante. A componente imobiliária, a expansão para o concelho vizinho, a parceria com um grande clube europeu (temos laços históricos com o Real Madrid que urge potenciar), a recuperação das Salésias e do complexo desportivo, o repensar do Bingo, a formação e prospecção de novos talentos, a aposta no marketing, imagem e modernidade, o profissionalismo, etc., etc.
Não quero com isto, jamais, dizer que as conquistas do futebol não são importantes. São tão importantes que se bem aproveitadas poderão acelerar (bastante) o nosso crescimento.

O meu balanço final não será do agrado da linha de pensamento maioritária na blogosfera azul e que crucifica Cabral Ferreira, género vilão responsável por não sermos campeões nacionais desde 1946 (com todo o respeito, o titulo da 2ª Divisão não conta para as minhas estatísticas). Tive oportunidade de o conhecer em rápidos momentos e não poderei acrescentar mais nada ao que toda a gente reconhece acerca da sua simpatia e cordialidade. Antes do caso Mateus, a avaliação seria negativa. Todavia, após essa altura, parece ter existido um bom trabalho na gestão do dia-a-dia e nas opções da nossa equipa de futebol. Os resultados, até ao momento, são uma surpresa, a equipa joga à bola como não se via desde os velhos tempos de Marinho Peres e Jorge Jesus é, em si mesmo, uma revolução crescente e que se deve saber aproveitar.
Seja como for, eu não irei votar. Não porque não queira ou por ter quotas em atraso, mas porque os Estatutos não me atribuem esse direito. Sou associado recente e quiçá perigoso.
Enquanto nos mantivermos preocupados com o acessório, dificilmente chegaremos ao essencial. Mesmo assim, continuo a acreditar que o nosso futuro pode (se quisermos) ser bem azul.




PS: Este foi o meu balanço possível. A respeito das eleições que se aproximam, apreciei o projecto que pude ler da autoria da candidatura de Gouveia da Veiga e, ainda sem conhecer nem nomes ou projecto, considero muito improvável que a vitória fuja a Cabral Ferreira.

PS2: Já depois de ter "fechado" este texto, surgiram novos dados positivos para o actual presidente azul. A entrevista de Cabral Ferreira ao jornal "A Bola" e o anúncio da parceria com o Real Madrid – facto importante que interessa conhecer em detalhe.

19.3.07

Banco de Ensaio nº 18
John Mellencamp - Freedom's Road

John Mellencamp - Freedom's RoadJohn Mellencamp regressa com um grande disco em 2007. Todos aqueles que conheceram este músico nos idos anos 80, têm em “Freedom's Road” uma excelente surpresa, certamente o melhor disco de Mellencamp desde 1993. Constituído por temas muito fortes, este novo trabalho merecia uma melhor divulgação no éter nacional.

Como creio ter escrito algures, eu comecei a apreciar a música anglo-saxónica em criança. Tive a felicidade de ter na família uma pessoa que estava uns bons anos à frente do País e que me banhava musicalmente aquando das minhas deslocações à Rua do Cruzeiro em Lisboa. Ela jovem e eu ainda criança. Na verdade, em vez de escutar o “Jardim da Celeste” era brindado com as mais recentes edições ou com o melhor do rock'n'roll. Belos tempos e excelentes recordações que transporto desses dias. Ao longo dos anos a Ana esteve sempre presente no meu percurso como balança aferidora ou como conselheira (hoje seria consultora) e na verdade ainda hoje me continua a brindar com os seus comentários a respeito de coisas como o “Banco de Ensaio”. Conforme antigamente era mais frequente, ser crítico de música em Portugal devia ser sinónimo de conhecimento profundo da história da música do mundo. Só dessa forma se consegue emitir opinião válida e justa a respeito do trabalho de um artista. Regressando a John Mellencamp, eu gostaria de ser o autor e de ter utilizado no espaço, o pequeno texto que recebi e que aqui reproduzo, com o devido agradecimento e pedido de desculpas à minha prima Ana Luísa do Ó pela sua divulgação pública.

“"This land is your land, this land is my land,
from California, to the New York Island,
from the Redwood Forest, to the Gulf Stream Waters,
this land was made for you and me."
Foi escrito e cantado por Woody Guthrie, em 1940.
Em 2007, John Mellencamp canta "Our Country".
67 anos depois, goste-se ou não, que é como quem diz, ame-se ou odeie-se, os EUA continuam a ser a terra das oportunidades, a terra onde se pode conseguir qualquer coisa mais facilmente, desde que haja vontade e garra, e onde, apesar de tudo, ainda se vai caminhando pela Estrada da Liberdade.”



Banco de ensaio nº 18 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 17/03/2007

Site: www.mellencamp.com

Para adquirir “Freedom's Road”:


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11.3.07

Banco de Ensaio nº 17
UHF – Canções Prometidas (raridades volume 1)

UHF – Canções Prometidas - Raridades volume 1Desde há muitos anos que se fala dos inéditos e das canções “esquecidas” no fundo do baú dos pioneiros rock lusitanos UHF. A isto acresce a ausência em formato CD da maioria dos álbuns editados por este grupo e algum ostracismo a que o seu importante trabalho foi remetido. Mesmo aqueles que nunca simpatizaram com a música personalizada dos UHF reconhecem o mérito pioneiro de 1980, a atitude rock de António Manuel Ribeiro no então incipiente panorama musical português e a perseverança com que este homem ultrapassou problemas gravíssimos sem que colocasse publicamente em causa a continuidade do projecto. Foram várias as cisões internas, os problemas com diversos tipos de dependências (álcool e drogas) e, durante a década de 80, António Manuel Ribeiro coleccionou cicatrizes e graves acidentes de automóvel que o chegaram a deixar às portas da morte.
Tivesse ele morrido num desses momentos e seria, hoje, o mito maior do rock português… Felizmente, permanece vivo mesmo que a chama dos UHF tenha vindo a ser consumida por responsabilidade própria ou alheia. Os inimigos coleccionados em anos de frontalidade desregrada, num meio tão pequeno como o nosso, têm sempre inevitáveis consequências mediáticas.
O álbum “Canções prometidas” mostra-nos parte do espólio de raridades que António Manuel Ribeiro tem mantido secreto. Apesar de conhecer algumas destas pérolas inéditas (ser amigo de longa data do António tem destas vantagens), desconhecia a maioria dos temas deste CD. Mesmo tendo consciência de que esta seria sempre uma edição histórica – porquanto única no nosso panorama –, acabei por ficar desarmado à medida que fui escutando o trabalho. Além de um disco histórico, estamos na presença de um dos melhores e mais bem conseguidos álbuns da carreira dos UHF. Temos canções inéditas de 1979 que podiam ter integrado o “À Flor da Pele”, mas temos também potenciais sucessos gravados em 2005 e não incluídos no “Há Rock no Caís”. A canção que mostro no Banco, de 2001, é um bom exemplo da agradável surpresa de “Canções prometidas”.
E este é somente o primeiro volume de um conjunto de três…


Banco de ensaio nº 17 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 10/03/2007

Site: www.uhfrock.com

Para adquirir “Canções Prometidas”:
Os pedidos de envio da 1ª edição que inclui uma faixa escondida poderão ser realizados através do endereço aiemera-lda@sapo.pt, mantendo-se o preço do lançamento de 11 Euros acrescido de 2,30 Euros para despesas de envio por correio registado. A edição regular será colocada à venda nas lojas dentro de 3 semanas.

5.3.07

Banco de Ensaio nº 16
Dustin Kensrue - Please Come Home

Dustin Kensrue - Please Come HomeQuando um líder de um grupo projecta um disco a solo existe sempre o risco de não conseguir descolar da sonoridade a que nos habituou ou de simplesmente desiludir.
No caso do líder da banda de pós-hardcore Thrice nenhum desses receios se confirma. “Please Come Home” começou a ser preparado em meados de 2004 tendo alguns temas sido divulgados no myspace na Primavera de 2005.


Banco de ensaio nº 16 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 03/03/2007

Site: www.dustinkensrue.com

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