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9.8.09

Nova época em Belém

Hoje foi a apresentação do Belenenses aos seus sócios e o minuto de homenagem a Raul Solnado foi sentido e emocionado. Gostei de vários jogadores e da atitude lutadora da equipa. O maior destaque da tarde vai para Fredy que apontou os dois golos da vitória contra o Libolo de Angola (2-1) e promete vir a ser a revelação da época na Liga principal do futebol português. Uma última palavra para os amigos que voltei a encontrar nas bancadas do Restelo.

24.7.09

As palhas não bulem

“quase todas as canções foram belas e nem uma palha buliu: se o concerto começou calmo, bem calminho acabou.” João Bonifácio, Público, 27 de Junho de 2007 (concerto de Aimee Mann)

“O Belenenses joga e há duas dezenas de velhinhos nas bancadas, nem uma palha bule, é um sossego.” João Bonifácio, Público, 20 de Julho de 2009 (festival SBSR)

Todos os meus amigos assim como demais população que acompanha o meu blogue sabe que sou sócio do Belenenses. Um daqueles associados que tem “quota azul” e que a utiliza para assistir a 5 ou 6 jogos por época. Também, toda a gente sabe as ligações que teimo em manter ao mundo da música e ao jornalismo. Enfim, são gostos e opções que nem sei bem quando surgiram.

Hoje, vou misturar futebol com música e dar uma opinião pessoal sobre uma polémica que agitou a última semana. Quem acompanha o jornalismo musical português conhece bem o nome em questão. João Bonifácio é famoso pelos seus textos altamente críticos e devastadores para com os diversos artistas que têm o azar de estarem na mesma sala que ele. Também é conhecido por ter feito uma série de confusões numa entrevista a Camané, quando traduziu a palavra “ombre” da canção “Ne Me Quittes Pas” de Jacques Brel para “ombro”. Só que em francês “ombre” é “sombra”. Assim sendo, os versos “deixa-me ser a sombra da tua sombra / a sombra da tua mão / a sombra do teu cão”, transformaram-se em “deixa-me ser o ombro do teu ombro / o ombro da tua mão / o ombro do teu cão”.

Porém, creio que aquilo que ocorreu no passado dia 20 de Julho foi o ponto mais alto da sua contestada carreira. Entre ataques ferozes a tudo o que mexeu musicalmente no Festival SBSR, João Bonifácio decidiu apimentar o texto com diversas menções ao Clube que é proprietário do estádio onde ocorreu o evento. Desde referências às alegadas “duas dezenas de velhinhos” que assistem aos jogos (oficialmente, na época passada, o Belenenses foi o sétimo clube em assistências, com mais de 4 mil espectadores por jogo), passando por afirmações de que fazer algo do género naquele local quase parecia “uma acção de beneficência” pode-se ler de tudo um pouco.

Nesta matéria de “beneficência”, o Restelo tem estado desde sempre associado a grandes acontecimentos musicais, pelo que, as considerações realizadas ao Clube e ao Estádio pecam, igualmente, por esquecimento ou outra coisa qualquer. Recordo-me, ainda muito bem, da loucura que foi a vinda dos Police (1980), Roxy Music (1982) ou de Rod Stewart (1983). Mais recentemente, por lá passaram Metallica (1996), Pearl Jam (2000), Smashing Pumpkins (2000) ou Lenny Kravitz (2002). Mesmo o Pavilhão do Belenenses tem histórias importantes para contar. Classic Noveaux ou Xutos & Pontapés (o clássico triplo ao vivo foi lá gravado) são excelentes exemplos. O próprio Clube tem ligações estreitas ao meio artístico e Carlos do Carmo, Raul Solnado, João Pedro Pais, Francisco Nicholson ou Luís Represas são outras personalidades bem conhecidas que são sócias do Belém. A maior figura da música portuguesa de todos os tempos, Amália Rodrigues, era, igualmente, belenense. Ou seja, tanto o Estádio do Restelo como o próprio Clube possuem ligações históricas, afectivas e efectivas ao mundo musical e artístico.

Quem me conhece sabe bem que sou um defensor da liberdade de opinião e de expressão. Tenho tudo a favor de uma escrita mordaz e demolidora quando se avalia negativamente um espectáculo. A questão é que tal deve e pode ser realizado de forma correcta e sem que pareça estarmos no meio de um cenário de guerra. A língua portuguesa é suficientemente rica para que consigamos adjectivar sem que ultrapassemos a fronteira da visão crítica e entremos num campo de agressão verbal injustificável. Falar do Belenenses da maneira que João Bonifácio o fez só poderia ter maus resultados. Talvez a habitual pacatez com que os homens do Restelo reagem a situações que fariam perder a cabeça a todos os outros clubes nacionais ajudem a compreender o atrevimento. Todavia, desta feita, a situação entrou em descontrolo total e não faço ideia do que sucederia se João Bonifácio aparecesse bem identificado pelo Estádio do Restelo. O feedback ao que escreveu foi de tal ordem, que, ontem, em editorial, o jornal Público, através de Nuno Pacheco, apresentava as suas desculpas, afirmando que “(...) o Belenenses, pela sua história, actividade e prestígio, merece um público e sincero pedido de desculpas (...)”.

Aparentemente, e por muito estranho que possa parecer, devemos retirar dois ensinamentos de tudo isto. O primeiro é que, quando a Direcção reage, o nome do Belenenses não é achincalhado; o segundo é menos evidente, mas, absolutamente óbvio: apesar da fixação e da insistência nessa ideia, a palha não bule.

Na verdade, o meu avô costumava usar a palha para alimentar o gado.


links interessantes:
Texto de João Bonifácio
Notícia Blitz
Provedor do Público

8.5.09

Portugal estaria parado

(...) é altura de dizer que é verdade que se algum dos clubes grandes do futebol português tivesse tido, esta época, as razões de queixa do Belenenses, não só os campeonatos estavam parados, como também estaria parado o país. Ainda bem que o país, com o Belenenses, não corre perigo de tamanho exagero, mas é preocupante que se sinta que aqueles que não têm lugar principal no palco estejam tão vulneráveis a injustiças. (...)

O editorial de Vítor Serpa publicado no jornal "A Bola" merece intensa reflexão e devia produzir mais do que isso. A gravidade do que escreve, do que fica subentendido e a responsabilidade que possui no mundo desportivo português deviam conduzir a uma denúncia pública, objectiva, de factos que muita gente conhece, mas que ninguém ousa contar. As referidas "injustiças" devem ser mostradas, contadas, investigadas para que o país tome consciência de como se anula e aniquila um grande clube.

Daqui do meu blogue deixo este desafio a Vítor Serpa e a todos os jornalistas de investigação que ainda existem. Tenho a certeza de que ninguém aceitará o repto e que quem produz as injustiças que têm atingido o Belenenses jamais será punido. Por algum motivo o futebol em Portugal está a caminhar para o abismo, sem espectadores e sem credibilidade, enquanto os dirigentes federativos, da liga ou dos três do costume somente se preocupam com o seu umbigo.

Vítor Serpa certamente atingiu o seu limite para ter escrito o que escreveu. Eu agradeço.

6.5.09

Só um milagre

Estava escrito nas estrelas que no primeiro ano em que o Belenenses se mostrasse fragilizado seria encaminhado para a Liga Vitalis. Não foi preciso esperar muito tempo e desde cedo se compreendeu que esta seria a época certa para tal objectivo. Com razões de queixa dos dirigentes do próprio clube (que ainda recentemente se mostravam felizes com uma reunião tida com Vitor Pereira) e com diversos escândalos de arbitragem que passam discretos porque ninguém liga ao que não seja Sporting, Benfica e Porto, cá vamos, cantando e rindo, rumo à Vitalis e quiçá à extinção.

No passado já aqui tinha deixado alguns posts, pelo que hoje somente recordo alguns dos jogos em que os erros foram muito graves: Paços de Ferreira (casa), Estrela da Amadora (fora), Nacional (fora), Nacional (casa) e o recente Trofense (fora).
Quando a equipa não é grande espingarda e quando os nossos dirigentes só dão tiros na embarcação o resultado está à vista. Só um milagre pode salvar o Belém.

28.4.09

Tiros no pé

Enquanto a Comissão de Gestão se entretém a criticar a Lista A, o Belenenses vai permitindo que estas situações ocorram no Restelo. Na gíria do futebol são mais uns “enganos” e “erros” humanos de uns senhores vestidos de amarelo. Amanhã já ninguém se lembrará e os lesados que sofram as consequências.
Os associados e adeptos do Belém mereciam que em momento crítico do campeonato os esforços estivessem concentrados em evitar a descida de divisão em vez de se perderem munições em acções de campanha inconsequentes. É perfeitamente absurdo e inaceitável que existam pessoas que no decurso de campanhas eleitorais percam toda a capacidade objectiva das prioridades. A primeira e única prioridade devia passar por conseguir a permanência na I Liga. Tudo o resto devia ser acessório.

O que se passou no Restelo?

18.4.09

Lama

"A decisão do Tribunal terá de ser acatada pelo Belenenses, pelo que as eleições de hoje estão anuladas. Porém, há duas soluções a serem analisadas pelos responsáveis azuis nesta altura:
— o clube recorre da decisão e as eleições dificilmente serão realizadas antes do final da época;
— o clube não recorre da decisão, a lista C é aceite a sufrágio, e as três listas, com o acordo de Jorge Coroado, marcam uma data para o acto eleitoral."

E que pensa o Clube fazer?

"Recebida a notificação, o presidente da Assembleia Geral em exercício, Jorge Coroado, tinha duas soluções: abrir novo processo eleitoral; ou contestar a decisão do tribunal e recorrer. Coroado disse a A BOLA que iria optar pela segunda."

É absolutamente inacreditável que no Belenenses de hoje em dia tudo acabe desta forma, em Tribunal, com casos atrás de casos, com notícias tão simpáticas que só nos enchem de vergonha e com opções sempre escolhidas a dedo. Sim, caros dirigentes, optem pela contestação da decisão e talvez em 2010 tenhamos eleições. Isto se entretanto não houver mais algum recurso e a coisa se arraste até 2012 ou 2013.

Senhores Dirigentes, estamos mergulhados na lama por mérito próprio, por isso, cheguem a um acordo, façam aquilo que já deviam ter feito antes da providência cautelar ter sido entregue e cheguem a um entendimento para o bem do Clube. É fantástico o que vai sucedendo no Restelo onde o Direito devia ser encarado como a modalidade principal do Clube.




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Nota: Citações retiradas da edição de hoje do jornal "A Bola"

11.4.09

Há mel no Restelo?

Os meus amigos sabem que não queria opinar sobre nada do que dissesse respeito às duas candidaturas às eleições no Belenenses. Estive presente em ambas as apresentações públicas para tomar contacto com as suas ideias e projectos. Porém, aproximando-se a data do acto eleitoral, não posso deixar de manifestar a minha opinião a respeito do que se está a passar pelos lados do Restelo.

Que a situação económica no Belém nunca esteve em moldes de nos congratularmos é do conhecimento de todos. Desde que nos obrigaram a construir um estádio numa pedreira que a vida é difícil. Houve períodos maus, outros menos maus, mas ciclos mesmo bons recordo-me de poucos. Ninguém compreende como é possível que, no espaço de um ano, o Belenenses deixe de lutar pelas competições europeias e esteja mergulhado no espectro da descida de divisão. Ninguém compreende. Nem sócios, nem adeptos de outros clubes. Também não se compreende como, de uma época para a outra, o plantel da equipa tenha sido tão alterado e o orçamento seja o monstro conhecido. Ainda menos se entende como os sócios, que sempre foram tão exigentes com Cabral Ferreira, de súbito, parecem compreender e aceitar, com toda a naturalidade, o trabalho desenvolvido por esta Comissão de Gestão (CG), ao longo destes mais de seis meses de exercício. Pode-se argumentar que a CG herdou uma tarefa complicada - o que é verdade. Porém, a escolha de muitos dos jogadores que entraram em Janeiro ou a estrutura profissional ligada ao futebol e à SAD são já questões da responsabilidade de quem se apresenta com uma candidatura à presidência do Clube. A missão era complicada e todo o trabalho devia ter sido concentrado no encontrar do equilíbrio financeiro necessário. Não seria tempo de reunir esforços na resolução das questões prementes, de maneira a assegurar a permanência, em vez de se estar em campanha eleitoral? Não foi esta CG que assumiu aquando da sua nomeação que não seria candidata às eleições?

Pessoalmente, parece-me estranho que os associados venham a votar num candidato a presidente que não saneou financeiramente o clube, que tem uma equipa a lutar para não descer, que perdeu da forma que perdeu o caso da Taça da Liga e que prometeu acções judiciais contra diversos agentes do futebol português, sem que, decorrido todo este tempo, algo de concreto se saiba. Mais, existindo salários em atraso, fico sem compreender que soluções pode ter esta candidatura de João Barbosa para o futuro do clube.

Não obstante existirem elementos muito válidos na lista desta candidatura, somente posso analisar a liderança da mesma pelos resultados que têm sido obtidos pela CG. E com resultados como os descritos, jamais poderei aceitar este rumo para o clube. Considero que, nestas eleições, o que vai estar em causa é a sobrevivência do Belenenses. Por isso, não terei a mínima dúvida sobre o que não irei fazer com o meu voto nestas eleições.

2.4.09

Futuro fecha portas

Foi com desalento que recebi a comunicação de que o blogue “Futuro Belenenses” fechou as portas. Um dos mais inspirados e acutilantes espaços da blogosfera portuguesa e que durante largos períodos temporais se revelou uma bomba opinativa em tons de azul parece que sumiu. Apesar do período áureo coincidir com a época de Cabral Ferreira enquanto presidente da Direcção, este blogue, mesmo sem a mesma pujança do início, permanecia uma referência de irreverência e de inteligência. Eu próprio colaborei em uma ou duas ocasiões com o “Futuro Belenenses” e recordo que foi este blogue o primeiro a divulgar a vitória de Cabral Ferreira na sua segunda e última eleição enquanto presidente do Belenenses. O estilo literário praticado deixou muita gente próxima de ataques de fúria, pois, a agressiva frontalidade era dura e complicada de digerir pelos visados. A defesa que foi feita pela extinção do Conselho Geral não deixou ninguém indiferente. A não indiferença é um marco que só os mais afoitos conseguem alcançar. Ser polémico não é complicado, o difícil é ser incómodo. E, quer se concordasse ou não com os seus conteúdos, este blogue era extremamente incómodo porque tocava nas feridas. Um abraço ao meu amigo João Pela e espero que a sua corrosão positiva permaneça intocável e acessível a todos nós em projectos futuros. O blogue sumiu mas ele anda por ai.João Pela com o grande Vicente Lucas. Foto de Telmo Carvalho.

25.3.09

Belenenses vai a votos (2)

JOÃO BARBOSA

O Belenenses vai ter no próximo dia 18 de Abril eleições para os seus órgãos sociais.

Depois de no domingo não ter perdido a oportunidade de conhecer melhor o projecto da candidatura de Carlos Viana de Carvalho, no final da tarde de 2ª feira foi a vez de João Barbosa apresentar-se publicamente. Tal como no dia anterior aproveitei para efectuar um registo video.

Também desta vez lamento a tremideira nas imagens, neste caso agravado com o ruído gerado por uma festa de crianças na sala ao lado, assim como, de alguns "encostos" e um ou dois empurrões dos fotógrafos presentes na conferência de imprensa. Seja como for parece-me interessante a divulgação das imagens, divididas em 3 partes, para conhecimento de todos os sócios e adeptos azuis que não estiveram presentes.

Na Comissão de Honra desta candidatura figuram nomes como Manuel Sérgio, Raul Solnado e António Filipe.

Site de campanha: Ainda não divulgado

JOÃO BARBOSA - VIDEO 1


JOÃO BARBOSA - VIDEO 2


JOÃO BARBOSA - VIDEO 3

24.3.09

Belenenses vai a votos

VIANA DE CARVALHO

O Belenenses vai ter no próximo dia 18 de Abril eleições para os seus órgãos sociais. Certamente será um dia essencial para o futuro do clube tendo em atenção o actual momento que se vive em Belém.

No passado domingo à tarde não perdi a oportunidade para conhecer melhor o projecto da candidatura de Carlos Viana de Carvalho e da sua equipa. Juntando o útil ao agradável aproveitei para testar uma handycam. O resultado foi a captação de um vídeo de quase 35 minutos com Viana de Carvalho. A tremideira nas imagens leva-me a concluir ser necessário comprar um tripé, porém, a decisão de divulgar as gravações, divididas em 4 partes, prende-se com o interesse que podem constituir para todos os sócios e adeptos azuis que não estiveram presentes.

Na Comissão de Honra desta candidatura figuram nomes como Mário Rosa Freire, Francisco Nicholson ou Regina Cabral Ferreira.

Site de campanha: belenenses.vianacarvalho.com

VIANA DE CARVALHO - VIDEO 1


VIANA DE CARVALHO - VIDEO 2


VIANA DE CARVALHO - VIDEO 3


VIANA DE CARVALHO - VIDEO 4

26.2.09

Cabral Ferreira - 1 ano

Armando Cabral Ferreira.
O dia de hoje marca o primeiro aniversário da sua morte.
O minuto de silêncio realizado no Restelo foi (e é) arrepiante.


(Vídeo publicado por Miguel Amaral)

24.1.09

De mal a melhor

O futebol português vai de mal a cada vez pior.

Após a embrulhada que foi dar novo significado à expressão “goal average”, nova polémica rebentou devido ao regulamento da Taça da Liga. Aparentemente, o Futebol Clube do Porto não cumpriu o pressuposto na utilização de jogadores efectivos (clicar aqui) e tem em risco a sua continuidade na prova. Claro que a Liga já esclareceu que um jogador efectivo num determinado encontro é exactamente igual a um suplente desde que tenha sido utilizado ao longo do jogo – o que contraria o regulamento das competições e o senso comum de qualquer mortal.

Infelizmente devemos estar na presença de mais uma leitura “actualista” dos regulamentos, das expressões e dos seus significados. Com tamanha dose de disparates nestas regras ficamos na dúvida se as mesmas foram escritas na Cervejaria Trindade ou na Cervejaria Portugália – depois de ter sido patrocinada por uma empresa de apostas a Liga principal não é apoiada por uma marca de cervejas?

Por outro lado, o chefe dos árbitros, Vítor Pereira - o homem que enquanto profissional do apito também tinha os seus “erros” -, considera que as “pessoas que não acreditam no futebol não devem ir ao futebol”. Além de usar duas vezes a palavra futebol na mesma frase – o que sugiro que não faça recorrentemente porque prejudica gravemente a passagem da mensagem e é um mau exemplo para a juventude em idade escolar – parece-me que os portugueses já lhe fizeram a vontade. Talvez ele dos camarotes não tenha reparado, mas, os estádios estão vazios!

Depois da minha experiência na Amadora já tinha decidido fazer a vontade a Vítor Pereira em todos os jogos que não sejam no Restelo.


PS: Para os mais distraidos sugiro os meus posts sobre o encontro na Amadora. Aqui e aqui.

Jaime Pacheco é técnico do Boavista

Conforme notícia publicada no site do jornal "A Bola", Jaime Pacheco é técnico do Boavista. Interessante é que lapsos destes são recorrentes e habituais. Na verdade alguém quer saber de clubes que não sejam os três do costume? Felizmente acertam no nome do treinador o que já não é mau e escrevem Belenenses sem erros ortográficos.

21.1.09

Gente esperta não aprende línguas

Antigamente dizia o povo “que burro velho não aprende línguas”. Como o burro é um animal em vias de extinção e eu poderia vir a sofrer algum tipo de represálias por parte de alguns amigos que pertencem a associações protectoras dos animais decidi adaptar o adágio popular àquilo que se designa por “politicamente correcto”.

Vem esta ladainha inicial a propósito do novo escândalo que envolve o Belenenses. Aliás, as palavras “escândalo” e “Belenenses” começam a estar perigosa e insistentemente coladas. É de tal ordem que mais de metade das palermices que são feitas no nosso futebol acabam por atingir o Belenenses. Como não sou muito virado para fatalismos só poderei especular se ainda estamos no foro da “teoria” ou já mergulhámos inteiramente na “conspiração”.

Aos tradicionais e populares “erros” dos senhores que se dizem juízes de campo – incluindo expulsão de um jogador por “engano”, ausência de “visão” em lances duvidosos e tontaria na anulação de um golo cheio de paixão – juntamos outros momentos mágicos. Que dizer do Belenenses ser o único clube alvo de uma reclamação por ter utilizado um jogador que está 100% bem inscrito? Ou que se poderá pensar daquela ocasião civilizacional de elevado nível, quando uma faixa foi exibida por seres humanos, racionais e instruídos que se regozijaram pela morte de um antigo presidente azul. Tudo “numa boa” e sem consequências para quem comete “erros”, infringe “regras” ou acha que a morte de alguém é motivo de celebração pública?

No meio deste festim só faltava mais um momento esquizofrénico digno de douto parecer de fazer inveja a personalidades como Marcelo Rebelo de Sousa ou Diogo Freitas do Amaral. Pasme-se, que, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional decide esclarecer Portugal, a Europa e o Mundo da bola que a expressão “goal average” é exactamente igual a “superior goal difference”.

Aplicando, com efeitos retroactivos, esta nova interpretação à expressão “goal average” imaginemos o que sucederia em Campeonatos do Mundo, Campeonatos da Europa, principais campeonatos dos diversos países mundiais, etc. Provavelmente nem todo o ouro da Reserva Federal Norte-Americana daria para pagar as indemnizações que os “prejudicados” do passado teriam de receber por se considerar que “goal average” significava “diferença de golos” e não “média de golos”.

O momento exige alguma concentração para não nos rirmos a bandeiras despregadas. É que todos já percebemos o final do filme. Quem é que em igualdade pontual foi eliminado? Qual é o primeiro clube no mundo que foi prejudicado por este novo significado da expressão “goal average”? Pois, têm razão. Este é o novo escândalo que envolve o Belenenses!


A gerência deste blogue unipessoal sugere uma visita ao blogue “Briosa” – que levantou esta pertinente questão – e lança um repto para que uma das escolas por correspondência ofereça o curso de inglês rudimentar “De Chico esperto a expert em apenas 30 minutos” a esta gente esperta.

16.12.08

Deixa-me rir...

Quando a informação “dita séria” se esquiva da sua missão de mostrar a realidade dos factos, somente nos resta o humor para divulgar as verdades incómodas. É nesta ditadura dos 3 grandes que asfixiamos um desporto que já foi rei e que, neste momento, caminha para o abismo com estádios vazios, salários em atraso e situações “esquisitas” a ocorrerem todos os fins-de-semana.
Os protagonistas no futebol de hoje são os dirigentes, os comentadores de aviário e os árbitros amadores que mexem com um negócio de milhões. Triste sina esta, de um futebol moribundo, provavelmente, já morto, mas, em que ninguém soube ler a respectiva certidão de óbito, tais são as dívidas brutais que Benfica, Sporting e Porto possuem.

No meio de uma gravíssima crise económica e financeira internacional, alguém duvida de que o “dinheiro fácil” que sustentou este desporto já se esgotou? Estarão os adeptos do futebol conscientes dos passivos dos clubes? E não estou a referir-me a Vitória de Setúbal, Boavista ou Estrela da Amadora. Segundo a revista Sábado (edição de 4 a 10 de Dezembro de 2008), o Benfica tem um passivo de 148 milhões de euros, o Porto de 146 milhões de euros e o Sporting de 137 milhões de euros!
Para os mais distraídos que consideram estes números pouco expressivos, posso acrescentar que qualquer um destes três clubes portugueses tem um passivo superior a 50% da dívida do gigante mundial Real Madrid!

O abismo é de tal forma negro que a crise no futebol ainda está no início, contudo, os tempos que se aproximam a passos largos serão devastadores. E quanto menor for a verdade desportiva, maior o trambolhão que se irá seguir. Não tenho dados estatísticos que sustentem esta minha afirmação, porém, não estarei muito longe da realidade se afirmar que a taxa de credibilidade do futebol caminha para valores negativos.

A situação é de tal ordem que até no programa Contra-Informação se afirma “à boca cheia” que os árbitros conseguiram colocar o Belenenses no último lugar do campeonato.

Deleitem-se com este excerto da Contra-Informação do passado fim-de-semana que tive oportunidade de assistir na RTN e que o meu amigo Miguel Amaral me fez chegar por email.

Vejam e divulguem junto dos amigos porque vale a pena!

10.12.08

Chamem a polícia

A diferença entre o erro humano e a intenção propositada de prejudicar um clube de futebol é de difícil fronteira, pois, existirá sempre a dúvida se essa falha foi mesmo intencional ou resultado de um erro involuntário. Quando estamos na presença de erro devemos assumir que a lei das probabilidades será respeitada e que a tendência, ao longo de 90 minutos, será de enganos equilibrados para as duas equipas em confronto.

Quanto tal não sucede e a equipa prejudicada é sempre a mesma, difícil será acreditar que a razão aleatória do erro suceda sempre para o mesmo lado. A científica lei das probabilidades assim o contesta e o bom senso também o contradiz.

Sendo o futebol um jogo exigente e com elevada competitividade, acaba por ser habitual a existência de erros. Também é habitual que os clubes reclamem quando se sentem injustiçados e recorram às instâncias desportivas da Liga ou da Federação, consoante a competição em causa.

Vem esta introdução a propósito de algumas arbitragens que têm calhado ao Clube de Futebol “Os Belenenses” ao longo deste campeonato. Os jogos na Amadora e no Funchal mostraram, a todo o país, árbitros que erraram sempre para um mesmo lado e sempre através de erros escandalosos que tiveram consequência directa no resultado final.

Ao verificarmos estas ocorrências podemos questionar a falha involuntária. E passamos a ter toda a legitimidade para interrogar se estamos na presença de algo mais sério, que ultrapasse a justiça desportiva. O facto de situações tão bizarras como as verificadas na Amadora ou no Funchal acontecerem num desporto que movimenta largos milhões de euros já é, suficientemente, grave; porém, a gravidade aumenta quando se sabe que o Belenenses vive momento financeiro, particularmente, complicado e que a descida de divisão poderá ter consequências explosivas na sobrevivência da colectividade. Ora, sabendo-se que os terrenos que o clube possui no Restelo são uma verdadeira mina de diamantes, uma oportunidade de negócio de dimensões gigantescas, não é mera teoria da conspiração questionar se não existem elevados interesses num cenário que conduza à extinção do Belenenses. Na verdade, ao longo dos últimos anos, diversas têm sido as tentativas, fracassadas, do clube poder rentabilizar o seu milionário património. Todavia, num dia em que o Belenenses encerre, alguém crê que aqueles terrenos sejam preservados para a prática desportiva?

Quanto às ocorrências recentes, parece-me que uma denúncia para possível investigação criminal seria o mais sensato porque conversas inconsequentes com quem faz parte do problema não nos levarão a lado nenhum. Atente-se nas declarações de António Sérgio, presidente da APAF, o qual – sem investigar, rigorosamente, nada – afirma não existir qualquer perseguição dos árbitros. Deviam ser as próprias pessoas sérias, que acredito que ainda existam no mundo cão da bola, a exigir a intervenção de quem de direito. Erros graves deviam motivar penalizações desportivas e erros deliberados deviam ser penalizados em tribunal. Se um árbitro não erra mas, deliberadamente, prejudica um clube, isso não é desporto, mas um caso de polícia.

19.11.08

O outro lugar em blogues azuis

Alguns dos meus textos recentes sobre o Belenenses tiveram direito a uma exposição pública em dois blogues azuis de referência.
Aqui ficam as imagens dos posts - o primeiro é do Blogue CFBelenenses e o segundo do Blog do Belenenses.


9.11.08

A verdade, a consequência e o logro

A aragem da asneira foi sentida em todo o território futebolístico nacional. Bem, não foi em todo o território porque o eco do escândalo foi, lamentavelmente, discreto. Em vez de abrirmos telejornais tivemos notas de rodapé nos jornais desportivos. O trabalho de Marco Ferreira e do seu auxiliar, de quem ignoro o nome, passou a figurar, por mérito próprio, nos anais das maiores aberrações que ocorreram dentro de um estádio português e que envolveram gentes da arte do apito. O “equívoco” foi tão grosseiro que a Comissão Disciplinar da Liga foi lesta a retirar um amarelo a Wender e a atribuí-lo a China. Este “sumaríssimo” deve ser louvado porque não basta criticar quando as decisões não nos agradam. Agiu muito bem a CD ao repor essa parte da verdade. Infelizmente, esta acção pecou por defeito. Se para a justiça desportiva ficou provado o “erro grosseiro” ao ponto de disciplinarmente o rectificar, permaneceu por assumir a consequência óbvia desta decisão. Enquanto o Belenenses teve 11 jogadores foi superior ao Estrela da Amadora e estava a vencer ao fatídico minuto da incorrecta expulsão. Face a esta evidência seria natural uma decisão para que o jogo fosse repetido a partir desse minuto. Isto em nome da verdade desportiva que todos nós defendemos. Ao apenas ser reconhecido o “erro” mas não levar as consequências deste até ao fim, a correcção tem pouco impacto, pois, a história do jogo foi escrita tendo na raiz uma monstruosidade.
Na prática, este reconhecimento de pouco serve e ainda não vimos qualquer penalização exemplar para os agentes de tão lamentável “erro”. Além da instauração de um sumaríssimo para Marco Ferreira e assistente, o presidente dos árbitros já devia ter vindo explicar-se e pedir desculpa a quem pagou bilhete para assistir a um jogo de futebol e acabou por presenciar uma gigantesca palhaçada que entristece qualquer pessoa “dita normal e honesta”.
Para o Belenenses este foi somente mais um jogo em que foi objectivamente prejudicado, mas, para Marco Ferreira este foi o jogo que o irá marcar até ao fim dos seus dias enquanto soprador de um apito.

Não pode valer tudo neste mundo do futebol.
Não podemos querer credibilizar um negócio de milhões com a indecência de não limpar os podres visíveis.
Não podemos pagar bilhetes de 20 euros para estar sentados em cadeiras imundas – o meu casaco teve de ir para uma limpeza a seco.
Não nos podem vender uma entrada para um espectáculo desportivo e depois sermos presenteados com um refinado número do “conto do vigário”.
Não podemos ficar felizes por a justiça desportiva portuguesa somente ter reconhecido o “erro”.
Onde estão as consequências? Onde estão os pedidos de desculpa?
Onde estão as indemnizações para Wender e para o Belenenses? É que não é suficiente dizerem “pronto, aqui a malta enganou-se e assim tudo fica bem”. Acresce que nem isso o árbitro Marco Ferreira fez. Nem uma simples declaração de admissão do “erro” ouvi da boca desse senhor que me estragou a tarde de domingo passado. Quando vou assistir a um jogo, tenho a expectativa de que os protagonistas sejam os jogadores. Ao árbitro cumpre a missão de cumprir os regulamentos. O pior é que todos nós, adeptos de futebol, fomos provocados e podiam ter-se cometido actos menos dignos, podia-se ter assistido a manifestações violentas, na sequência de tão “grosseiro erro”. O futebol é um jogo de emoções e, quando se brinca com o fogo, tudo é passível de suceder. Com os nervos em franja e com a razão de se ver um “engano” daquela magnitude, o que teria acontecido se tivesse existido uma invasão de campo? De quem seria a responsabilidade? E se Wender tivesse respondido à tremenda maldade que Marco Ferreira praticou e, de cabeça perdida, o tivesse agredido?

É que os árbitros têm a obrigação de serem bombeiros e não pirómanos com barris de gasolina, nos quais despejam todo o tipo de explosivos.

3.11.08

Até quando?

Wender e Marco Ferreira antes de tudo se transformar num 99
Bancada bem composta de adeptos azuis. Na Central também o Belenenses estava em larga maioria.Ser adepto do Belenenses é sinónimo de infinita paciência em relação às equipas de arbitragem. Aliás, na maioria dos nossos jogos fico com a dúvida se os senhores vestidos de amarelo são mesmo árbitros ou actores contratados pelo “Sistema”. Os dotes artísticos destes intervenientes são de tal amplitude que o Óscar de maior “erro” poderia ser atribuído em alguma cerimónia secreta de fim de época, com direito a fruta e a outras iguarias.

Ao longo dos últimos anos, temos sido os bombos de uma festa que, antigamente, tinha multidões nas bancadas e que, agora, apenas conta com uns poucos de masoquistas nas nojentas cadeiras plásticas que os clubes foram obrigados a instalar nos seus estádios. E aqueles que não costumam frequentar estes espaços destinados, alegadamente, à prática de um desporto, podem acreditar que cadeiras nojentas é do menos mau, no que à logística diz respeito, pois, experimentem gastar 20 euros num bilhete e nem papel higiénico terem quando é preciso...

Esta é uma pequena amostra do que vivi - ao vivo e na primeira pessoa - ao deslocar-me, ontem, ao campo do Estrela da Amadora para presenciar um espectáculo de suposto futebol. As gentes da Amadora foram hospitaleiras, viveram, ao meu lado, as peripécias do acontecimento e riram-se imenso com as trapalhadas e invenções a que foram assistindo no decurso de tão animada farra amarela. A actuação dos homens do apito foi de mérito elevado, vaiada como se exigia e até o jornal “Record” tem a lucidez para escrever o óbvio:

“Um erro grave do árbitro Marco Ferreira causa um enorme prejuízo ao Belenenses. Wender recebeu um segundo cartão amarelo por, supostamente, ter tocado a bola com a mão. A falta, no entanto, foi cometida pelo companheiro China, que ainda não tinha cartão.”

Que mais poderemos dizer sobre uma performance de grande nível que, ainda, criou uma grande penalidade - nesse momento, dois adeptos do Amadora disseram-me que, realmente, estava a ser um roubo e, pouco depois, recebi um SMS de um amigo que estava na bancada dos sócios do seu clube - o da casa - a indicar-me que não tinha existido qualquer falta.

Ser adepto azul é ser infinitamente paciente. Habitualmente, após estas peças de teatro, os dirigentes do meu clube afirmam a sua revolta, mas, enquanto pessoas civilizadas, tudo fica exactamente na mesma, até à próxima em que os amarelos se encarregam de voltar a cometer mais e maiores “erros”. A imaginação dos argumentistas é enorme pois existe sempre espaço e ousadia para “enganos”, cada vez mais fantasiosos e dantescos.

Porventura, com tanta, mas tanta, paciência e pachorra, nós, sócios, adeptos e dirigentes do Belenenses, permanecemos sendo motivo de gozo nacional, nesta estroinice ou pândega desenfreada, que aniquila uma coisa que, antigamente, era conhecida por “desporto rei”. O “Sistema” delira em vésperas de jogos azuis e exulta no final das representações sublimes das suas marionetas. Pensamentos pecaminosos como “vamos lá tirar mais uns pontos àqueles palermas do Restelo, a ver se fecham as portas e perdem as peneiras de terem sido campeões nacionais em quatro ocasiões” assolarão as mentes brilhantes dos mestres desta orquestra. Assim como assim, qualquer invenção é protegida pela solidariedade da “classe” em vez de ser por ela combatida para erradicar as ervas daninhas que destroem a fama de todos, inclusive, dos amarelos que são honestos e bons pais de família.

Para quem acha que tudo isto é coincidência será interessante recordar quem é o presidente dos árbitros e o que sucedeu numa noite de inverno de 1997. Foi há 11 anos. Se recuarmos mais um pouco, podemos lembrar o início do campeonato de 1981/82 - época em que, pela primeira vez, descemos de divisão – e, se retrocedermos mais ainda até 1955, alguém se recorda de termos sido espoliados de um golo que nos daria o título nacional?

Pois bem, meus amigos, creio que, passados estes anos de novelas, estará na hora de fazer alguma coisa concreta, objectiva, lúcida e firme.
Está na hora de deixar a atitude de “low-profile” e assumir uma guerra pacífica e positiva pela credibilização de todo este fenómeno chamado futebol.
Está na hora da energia gasta em divergências internas ser utilizada na convergência de interesses comuns.
Está na hora de nos organizarmos e de exigirmos, em uníssono, que as “trapalhadas” terminem de uma vez por todas e que deixemos de ser os “coitadinhos” em que nos querem transformar.
Temos gente válida, honesta, determinada e com valor suficiente para levar a bom porto uma luta que é do nosso interesse e do interesse do futebol português.
Acredito que todos os sócios estarão ao lado dos nossos dirigentes se os mesmos assumirem este combate. Se não o fizermos, ninguém o fará em nosso nome.



Publicado no jornal A Bola



Nestes momentos é sempre bom recordar Rui Silva que foi o protagonista no jogo da época passada em que o Belenenses recebeu o Marítimo. Sugiro a audição desta peça que disponibilizei em 25 de Fevereiro de 2008.

Excerto do programa "Bola ao Centro" transmitido em 25/02/2008, na Miróbriga, e com comentários de Jacinto do Ó (Belenenses) e de Sérgio Valadares (Benfica).

1.11.08

Sporting é um dos dois grandes de Lisboa

Assisti na SIC à segunda parte do jogo de futsal entre Belenenses e Sporting.
Não costumo ter o som ligado, mas, desta feita acabei por escutar parte dos comentários e comecei a ficar progressivamente atento. Pelo que fui escutando estarei certamente equivocado e o vice-campeão nacional da época passada terá sido o Sporting.
Aliás, já na semana passada, ao regressar do jogo no Restelo - em que empatámos com o Guimarães - fiquei a saber, através da Antena Um, que os dois grandes de Lisboa, em futsal, eram o Benfica e o Sporting. É uma pena, mas agora tenho a certeza que se o Belenenses tivesse ficado em 2º lugar na época passada seria tratado como um dos “três grandes de Lisboa”. Terei certamente sonhado com o percurso da equipa ao longo do ano transacto...
Mas regressemos ao jogo de hoje.
Faltavam 2 minutos para o final do encontro e Belém e Sporting estavam empatados a duas bolas. Lance na área do Sporting em que um jogador leonino afasta a bola com a mão. Instintivamente, os comentadores apressam-se a afirmar que não fora intencional, portanto, tudo bem. Segundos depois o lance é repetido e a opinião, no meio de umas risotas, é que estas coisas dependem do critério do árbitro (não é sempre assim?!). Nova repetição e, face à evidência, lá acabam por dizer que deste novo ângulo se fica com a ideia do corte ter sido intencionalmente realizado com a mão.
Ficou assim uma grande penalidade por assinalar e o sufoco heróico do minuto final não teria sido necessário.
O que retiro desta pequena história é que o melhor é passarmos todos a ser adeptos de Sporting, Benfica e Porto.

Caso algum dos ditos comentadores venha a ler este post pode ficar a saber, e informar o colega, que o Dr. João Almeida, que surgiu numa imagem e foi identificado como “deputado do Partido Popular” também é um elemento da Comissão de Gestão que se encontra em funções no Belenenses. Provavelmente, foi nessa qualidade de sócio e membro da CG que lá estava.
Como perder e ganhar é desporto, parece que desta vez quem venceu foi um pequeno clube de Lisboa. Temos pena, mas, a vida é mesmo assim.
O melhor, o melhor, era nem haver jogos e serem logo atribuídas as vitórias aos dois grandes de Lisboa. Ou, em alternativa, podiam até jogar uns contra os outros com várias equipas B, C, reservas, juniores, juvenis, iniciados, etc. Seria fantástico para elevar a competitividade e as audiências televisivas. Seriam Benficas-Sportings todos os fins-de-semana. Porque motivo ainda ninguém se lembrou disto?

Para confirmarem que o Belenenses venceu mesmo este jogo sugiro um passeio aos seguintes blogues:
CFBelenenses
Belenenses
Torres de Belém

PS: Entretanto fiquei com uma dúvida... depois de ler a grande entrevista do Presidente do Sporting ao DN, será que a referência aos "dois grandes de Lisboa" teria a ver com a dimensão das suas dívidas? É que nisso realmente também não existe comparação com o Belenenses. Apesar da dívida azul não ser simpática são tostões quando comparada com outras dos ditos "dois grandes". É devido a esta pequenez de só existir espaço para três clubes que o desporto em Portugal não passa da cepa torta.