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8.9.15

Red Skies Over Santo André

Se existem grupos que em Portugal podem ser classificados como míticos, os Fischer-Z estão no top 5. A lenda nasceu com êxitos estrondosos dentro de um conceito único e fortaleceu-se com o quase desaparecimento que se seguiu. Sempre houve um manto de mistério na personalidade de John Watts e só um carisma especial pode justificar que os Fischer-Z perdurem com recordações tão intensas para uma geração de portugueses.

Recuemos. No início dos anos 80 existiam no nosso País 3 grupos com uma popularidade acima de todos os outros: UHF, Taxi e os britânicos Fischer-Z. A popularidade deste grupo inglês era tão assinalável que, entre outros espectáculos e vindas a Portugal, chegaram a realizar, em 1980, uma tour nacional com passagem por Lisboa, Coimbra, Porto, Braga e Castelo Branco – foi a mais extensa digressão por terras nacionais de uma banda estrangeira e em grandes salas sempre esgotadas! O reconhecimento deste sucesso culminou no convite de Júlio Isidro para que os Fischer-Z encerrassem o espectáculo do programa de rádio Febre de Sábado de Manhã, realizado em 1981 no Estádio de Alvalade – foi este o primeiro “estádio da música eléctrica em Portugal”, totalmente esgotado, com direito a intenso destaque mediático nacional e com aproximadamente 45 mil pessoas presentes. Quem lá esteve nunca esqueceu esse dia.Apesar da extensa discografia produzida ao longo das últimas décadas, o principal destaque vai para os 3 álbuns que fizeram história em Portugal: Word Salad (1979), Going Deaf for a Living (1980) e Red Skies over Paradise (1981), e para êxitos como Pretty Paracetamol, The Worker, So Long ou Marliese. Após estes 3 discos John Watts iniciou uma carreira a solo e o registo seguinte dos Fischer-Z apenas surgiu em 1987 com Reveal. Esta pausa e o zigue-zague entre uma aposta a solo e os álbuns assinados em nome dos Fischer-Z foram negativos para uma carreira que em 1980 chegou a merecer uma aposta nos Estados Unidos.

A triologia de álbuns lançada entre 1979 e 1981 revelavam um John Watts imensamente criativo, com uma escrita mais do que inspirada e uma voz única. Todavia, existe uma enorme colecção de grandes canções que a esmagadora dos portugueses nunca chegou a conhecer – e que estão nos discos posteriores a 1981.

Uma das marcas de personalidade de John Watts tem sido não ceder um milímetro a tentações comerciais e faz apenas o que considera mais adequado tendo em vista o seu conceito artístico, tanto em disco como em espectáculo. Num momento em que quase todos os músicos pretendem atingir, tal terra prometida, o mainstream, Watts, que já viveu nos píncaros do sucesso com direito a tocar em festivais com mais de 100 mil pessoas e com mais de 2 milhões de álbuns vendidos, parece preferir o outro lado da cena musical onde os holofotes por vezes são mais pequenos, mas onde a noção de artista ganha outra dimensão.

Muitos anos depois do Estádio de Alvalade, os Fischer-Z regressaram a Portugal para um concerto ao vivo no Flower Power Festival, em Santo André. Dia 15 de Agosto houve uma oportunidade única para conhecer um dos grupos internacionais que maior sucesso teve em Portugal.

12.6.09

John Watts - A entrevista

Disponibilizo hoje a conversa que tive com John Watts na madrugada do passado dia 10 de Maio e que foi recentemente transmitida num especial do Atlântico.

Clicar para escutar a entrevista.

19.5.09

John Watts em emissão especial do Atlântico

A conversa que tive com John Watts na madrugada do passado dia 10 de Maio irá ser transmitida no próximo Atlântico. Aliás, a emissão de sábado do Atlântico terá como epicentro esta deslocação a Portugal do mentor dos Fischer-Z.
Bruno Gonçalves Pereira, o responsável do Atlântico, tendo em atenção a relevância que John Watts mantém no imaginário de várias gerações decidiu alargar o destaque e além de conversamos sobre o teor da entrevista também abordamos o concerto de Oeiras e não esquecemos as diversas envolvências que sucederam nessa noite e madrugada de 9 para 10 de Maio.
Ainda não tive oportunidade de escutar o resultado final desta emissão, porém, sugiro uma audição do promocional e chamo a atenção para o facto do som da entrevista não ter sofrido quaisquer tratamentos sonoros. Ou seja, o som que iremos transmitir é o mesmo que foi captado beneficiando da acústica do local onde foi gravado.


Promocional ao programa Atlântico do próximo sábado, dia 23 de Maio de 2009.

15.5.09

Muito mais do que música

Já tinham passado 15 anos desde a última vez a que assistira a um espectáculo unipessoal que me enchera a medidas; estávamos em 1994 e Jorge Palma ofereceu uma noite intimista em grande. Decorrido todo este tempo, no Auditório Eunice Muñoz, em Oeiras, John Watts conseguiu exceder todas as minhas melhores expectativas e proporcionar a todos os presentes uma performance memorável. Na memória tinha ainda as suas recentes passagens por Portugal, tanto nos 25 da Febre de Sábado (2006) como na Amadora (2008), todavia, nenhum desses dois momentos se comparam ao que presenciei neste último 9 de Maio.

Baseado no seu novo CD/DVD, "Morethanmusic & Films", o concerto dividiu-se em duas componentes principais. Na primeira, Watts mostrou o recente trabalho numa conjugação de imagens, música e intenso diálogo com a assistência presente, rapidamente conquistada com o desarmante britânico; na segunda, foram tocadas diversas canções escolhidas milimetricamente e que ilustram a sua carreira ao longo destes últimos 30 anos. "The Worker", "So Long" e "Marliese" são clássicos intemporais que foram interpretados e que pertencem ao período em que os Fischer-Z tinham enorme popularidade em Portugal. "One Voice", o tema de sucesso do seu primeiro álbum a solo também não foi esquecido. Mas, a visita a temas mais antigos prosseguiu com canções que poucos conheciam como "The Perfect Day", "Tightrope", " I'm A Reptile" ou "Destination Paradise". Contudo, ficaram de fora do alinhamento bastantes canções de sucesso como "Pretty Paracetamol" (1979), "Room Service" (1980), "Caruso" (1992), "Just Hang On" (1997) ou "Jukebox" (2002).

Um dos segredos de John Watts é tocar não aquilo que o público quer, mas, aquilo que considera mais adequado tendo em vista o seu conceito de espectáculo. Num momento em que quase todos os músicos pretendem atingir, tal terra prometida, o mainstream, Watts, que já viveu nos píncaros do sucesso com direito a tocar em estádios de futebol e 2 milhões de álbuns vendidos, parece preferir o outro lado da cena musical onde os holofotes são mais pequenos, mas onde a noção de artista ganha outra dimensão.

As novas canções mantêm a vibração e o toque único a que John Watts sempre nos habituou. A guitarra, ora acústica, ora terrivelmente eléctrica, fundiu-se perfeitamente com a sua peculiar voz num oceano de sensações. Watts promete regressar a Portugal e nós prometemos estar presentes. Foi bom. Foi muito bom.


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Encontra-se em prepração um especial do Programa Atlântico dedicado a John Watts. Em breve mais novidades.

10.5.09

John Watts em sábado de luxo

Existem dias em que o acaso fala mais alto. Depois de ter assistido ao lançamento da candidatura de Arnaldo Frade à Câmara Municipal de Santiago do Cacém acabei por regressar a Lisboa de noite. Mesmo assim cheguei a Oeiras a tempo de entrar na sala, sentar-me e assistir ao início do espectáculo que John Watts deu num óptimo anfiteatro municipal. O concerto em formato intimista foi excelente e digno de ser repetido por outros recintos do género. Logo após a sua conclusão fui testemunha do encontro entre Watts e Luís Jardim, nos estúdios que vão avançando pelos lados de Carnaxide. Mesmo sem ter nada preparado acabei por trocar umas palavras com John Watts que poderão ser escutadas numa das próximas emissões do Atlântico. O acaso por vezes resulta e parece que foi isso que sucedeu ontem. Um agradecimento a Paulo Afonso (CMO) e outro a Nuno Miguel Silva, o responsável pela vinda do mentor dos Fischer-Z a Portugal e o autor das fotografias aqui apresentadas. Espero ter oportunidade para escrever um texto a propósito do concerto e logo que exista data certa de transmissão da entrevista divulgarei.

7.5.09

John Watts em Oeiras

Neste próximo sábado, dia 9 de Maio, John Watts vai apresentar-se ao vivo, num concerto intimista a ter lugar no Auditório Eunice Muñoz, em Oeiras.

Este regresso a Portugal está ligado à promoção do seu novo trabalho e culmina dois dias de pequenas apresentações de "Morethanmusic", projecto multimédia que inclui um DVD/CD e 100 artefactos.

Autor de temas como "So Long" e "Marliese", John Watts é o mentor da banda britânica Fischer-Z e tem mantido uma regular actividade musical. Saltando entre discos a solo e outros assinados pelos Fischer-Z, Watts esteve a 13 de Setembro de 2008 num concerto na Amadora e participou na festa dos 25 anos da "Febre de Sábado de manhã", realizada em 28 de Janeiro de 2006, na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico. Foi, naturalmente, com muito agrado que, na tarde desse dia, entrevistei John Watts, numa das salas do Hotel Tivoli Tejo.

Num momento em que Watts vem actuar em Portugal e para quem tenha curiosidade em escutar a entrevista, assim como o trabalho final que resultou da mesma, aqui fica o registo em mp3. A entrevista foi emitida no Atlântico do meu amigo Bruno Gonçalves Pereira.



Para ler outros posts deste blogue sobre John Watts e os Fischer-Z clicar aqui.


John Watts e Luís Silva do Ó

John Watts

Bruno Gonçalves Pereira, John Watts e Luís Silva do Ó

17.9.08

John Watts é e não é Fischer-Z

John Watts quando quer é os Fischer-Z. Quando está a apresentar-se como John Watts é apenas John Watts. Como os dois projectos são encarnados pela mesma pessoa torna-se sempre confuso conseguir saber a que espectáculo se vai assistir. Confuso para nós portugueses porque não existe qualquer dúvida de que a actividade dos Fischer-Z está suspensa desde há alguns anos. No sábado passado, na Amadora, esteve “apenas” John Watts e a sua banda. O concerto foi constituído, esmagadoramente, por músicas novas ainda não editadas. Houve tempo para “Marliese” (o single mais vendido dos Fischer-Z) e para “So Long” (o tema que as rádios das playlists transformaram no maior clássico), além de uma abertura com “The Worker” (o primeiro single de sucesso). De resto, além de outra canção do primeiro álbum dos Fischer-Z, nem sequer o minúsculo “Luton to Lisbon” foi escutado.

Analisar o concerto não é tarefa simples. Porque o público que queria ver Fischer-Z foi levado ao engano por notícias como a publicada num jornal diário e que anunciava:
“A noite conta ainda com o cantautor britânico John Watts, que revisita 25 anos de carreira, na companhia dos Fischer-Z”.
Naturalmente que não houve nenhuma revisitação e nem baixista esteve presente em palco. Unicamente, teclas, guitarra, bateria e voz. Por outro lado, o som da guitarra foi acústico e até o baixo do “So Long” saiu do teclado...

John Watts não actuava em Portugal há bastante tempo e a brincadeira na festa dos 25 da “Febre de Sábado” não passou disso mesmo. Quem nesse concerto esperou pelos Fischer-Z ficou claramente desiludido. Muita gente se recorda ainda dessa desilusão como constatei por observações realizadas por espectadores na Amadora…
Na verdade, os Fischer-Z conseguiram atingir, em Portugal, um patamar elevado de popularidade entre 1979 e 1981. Os seus primeiros três álbuns, “Word Salad” (79), “Going Deaf for a Living” (80) e “Red Skies Over Paradise” (81), foram sucesso por terras lusitanas, tendo culminado no famoso concerto no Estádio de Alvalade, integrado na gigantesca festa do programa “Febre de sábado de manhã”.

Tirando um concerto de menor dimensão, na sequência da edição do CD “Kamikaze Shirt” (93), os Fischer-Z não regressaram mais a solo nacional. Desde então, passaram 15 anos e John Watts tem conseguido manter um peculiar culto em torno de si. As raríssimas edições discográficas que chegam até nós também ajudam a fortalecer esse culto, pois, para o comum dos portugueses, John Watts gravou meia dúzia de discos e retirou-se algures na década de 80, depois de ter lançado qualquer coisa a solo.

Longe de ter estado parado, ao longo destes anos, Watts foi editando álbuns atrás de álbuns, uns em nome dos Fischer-Z, outros enquanto J.M.Watts, Watts ou John Watts. Como se vê, mesmo o trabalho a solo tem conhecido diferentes denominações, o que contribui para este sentimento de nada ter andado a fazer nos últimos 20 anos.

Regressando ao espectáculo na Amadora. Parece-nos que, quando um artista não actua num país faz tanto tempo, devia ter o cuidado de adaptar o seu alinhamento à realidade da ocasião. Que ele não gosta de viver no passado e que prefere olhar sempre para diante já o sabíamos pela conversa que tivemos em 2006. Todavia, a inclusão de mais 3 ou 4 temas dos Fischer-Z seria absolutamente justificável e teria sido desejável - assim como outras canções gravadas a solo ou da fase desconhecida dos Fischer-Z.

Não quer isto dizer que o concerto tenha sido mau ou que o público tenha ficado manifestamente desiludido. Na verdade, sucedeu exactamente o inverso daquilo se seria normal. Mesmo temas absolutamente desconhecidos tiveram direito a uma adesão popular que nos encheu de surpresa. Algumas dessas canções, num registo mais pop, podem mesmo vir a ser fortes comercialmente. Diga-se a este propósito, que temas comercialmente fortes que permanecem desconhecidos sempre foram uma constante na carreira do John Watts. “Jukebox” ou “Destination Paradise” (Fischer-Z), “Brilliant Career” (J.M.Watts) e “Walking The Doberman” (Watts) são músicas de sucesso em qualquer rádio neste planeta, mas, alguém as conhece? Poderia continuar a referir mais uma dúzia como “Over”, “Delight”, “Just Hang On”, “Jesus Give Me Back My Life”, “Human Beings”, “Tightrope”, “Caruso”, “Marguerite Yourcenar” ou “The Perfect Day”.

Mesmo num mercado discográfico em crise, seria interessante disponibilizar um disco com o outro lado da carreira de John Watts. Pelo que assisti na Amadora parece-me que os portugueses estariam receptivos a descobrirem, afinal, o que andou este músico a produzir durante tantos e tantos anos.

Em jeito de despedida, devo dizer que preferia ter estado num concerto eléctrico de Fischer-Z, porém, isto não invalida que tenha gostado bastante de assistir a este espectáculo, mesmo em frente ao palco, com um público fantástico que apoiou os músicos do início ao fim. Foi também motivo de satisfação acompanhar o concerto lado-a-lado com David Ferreira e com Pedro Brinca - ficou quebrada a tradição de encontrar o Pedro, unicamente, nas Noites Ritual.

Espero rever John Watts em breve.



A TVAmadora mostra como foram os concertos. Clicar aqui.






14.9.08

John Watts & Lloyd Cole na Amadora

John Watts e Lloyd Cole estiveram ontem em concerto na Amadora.
Ficam aqui algumas das fotos que tirei.
Durante o dia de hoje insiro mais!



22.9.06

John Watts

Autor de temas como "So Long" e "Marliese", é o mentor da banda britânica Fischer-Z e tem mantido uma regular actividade musical, apesar das poucas notícias que chegam a Portugal.

Saltando entre discos a solo e outros assinados pelos Fischer-Z, John Watts participou na festa dos 25 anos da "Febre de Sábado de manhã", realizada em 28 de Janeiro de 2006, na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico. Aproveitou a ocasião para mostrar temas do seu mais recente duplo-álbum e para recordar os clássicos que o tornaram popular.

Sempre acompanhei a sua carreira e fui adquirindo os trabalhos via importação, primeiro pelos catálogos de lojas alemãs e, mais tarde, com o advento da internet, através da portuguesa CDgo.com - que recomendo pelo elevado grau de variedade do catálogo disponível e pela qualidade com que sempre responderam às minhas encomendas.

Foi, naturalmente, com muito agrado que, na tarde de 28 de Janeiro, entrevistei John Watts, numa das salas do Hotel Tivoli Tejo.

Para quem tenha curiosidade em escutar a entrevista, assim como o trabalho final que resultou da mesma, aqui fica o registo em mp3. A entrevista foi emitida no programa de rádio Atlântico do meu amigo Bruno Gonçalves Pereira.




John Watts e Luís Silva do Ó

John Watts

Bruno Gonçalves Pereira, John Watts e Luís Silva do Ó