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19.4.09

Novos tempos

Ver Borg e McEnroe juntos é sempre um prazer. Muitos anos depois de terem sido os principais rivais do ténis mundial este vídeo não deixa de ter piada.

18.4.09

Velhos rivais

Wimbledon, 1980. Tinha 10 anos e recordo-me desse dia. Este é um encontro mítico. Comprei há uns anos o VHS deste jogo directamente na loja online de Wimbledon. Os 8 Match Points de Borg a McEnroe são de cortar a respiração numa época em que as raquetes eram substancialmente diferentes e em que o tipo de jogo também o era. Há quem defenda que estes foram os dois maiores jogadores de ténis de todos os tempos. Não sei se o foram de facto, todavia, sem Borg não havia ténis moderno. E sem McEnroe a emoção à flor da pele nunca teria estado presente num court. Na realidade, a frieza de Borg e o fogo de McEnroe foram determinantes para que todo o planeta se rendesse à espectacularidade deste desporto. Ambos fantásticos e únicos. Que saudades...

17.4.09

Momento insólito

A última vitória em torneios profissionais de Björn Borg frente ao seu rival John McEnroe ocorreu em Janeiro de 1981, nos quartos-de-final do então designado New York Masters. Além do resultado favorável a Borg por 6-4, 6-7 (3), 7-6 (2) existiu um aspecto que transformou este encontro em histórico. Num momento importante do tiebreak do segundo set, o árbitro decide de forma errada num lance que daria vantagem a Borg nesse tiebreak. Iceborg dirige-se ao árbitro e é longo o período de tempo que permanece estático a olhar para o juiz da partida. A situação é insólita e torna-se surreal quando o árbitro começa a penalizar Borg com pontos. Finalmente o sueco, igualmente famoso por nunca se mostrar perturbado perante nada, decide regressar ao encontro para acabar por perder esse tiebreak e o consequente segundo set.

O terceiro set começa com mais uma decisão inacreditável do árbitro que não considera um serviço de Borg. Essa decisão leva John McEnroe a jogar a bola para fora na repetição desse serviço do sueco. Os quase 20 mil espectadores presentes no Madison Square Garden aplaudiram - muitos deles de pé - esta atitude de McEnroe.

Para John McEnroe a contestação aos árbitros é certamente recordada por muita gente; o que poucos se devem lembrar é de ver Björn Borg petrificado diante de um árbitro. No final do encontro nenhum dos jogadores cumprimenta o árbitro do encontro.

15.4.09

Os meus heróis (2)

No ténis, as atenções, na década de 70, estavam centradas no louro e gélido Björn Borg. As raquetes eram de madeira e muito diferentes das actuais que possibilitam outra velocidade às bolas. Infelizmente, isso não é tudo e cada vez vejo mais tenistas feitos em aviários e menos génios que cativem espectadores. O sueco Björn Borg nasceu em Estocolmo e cresceu na cidade de Södertälje. Venceu cinco vezes o Torneio de Wimbledon (1976/77/78/79/80) e seis vezes o Torneio de Roland Garros (1974/75/78/79/80/81).

Em 1974, com apenas 17 anos, Borg vence o Torneio de Roland Garros, tornando-se o mais jovem do mundo a conquistar um torneio do Grand Slam. As cinco vitórias consecutivas de Björn Borg em Wimbledon são um feito assinalável, sobretudo, porque a relva não era a superfície em que o sueco era considerado mais forte. Se, somado a isto, recordarmos que estas vitórias ocorreram em jogos contra nomes como Ilie Nastase, Jimmy Connors (duas vezes), Roscoe Tanner e John McEnroe (1-6, 7-5, 6-3, 6-7 (16-18), 8-6 no histórico encontro de 1980) compreendemos melhor o seu significado. Comparando com um passado mais recente, seria como Pete Sampras ou Roger Federer ganharem Roland Garros cinco vezes com finais com Gustavo “Guga” Kuerten, Andre Agassi, Thomas Muster ou Rafael Nadal. Acresce que, em três vezes, Borg saiu do título de terra batida (piso lento) para o domínio sobre a relva (o piso mais rápido de todos).

Nenhum tenista na era moderna teve uma carreira tão curta e tão brilhante como Björn Borg, que a abandonou no auge das suas capacidades, em 1982, quando contava com, somente, 26 anos de idade.


Final do Pepsi Grand Slam em 1979. Björn Borg com outro lendário jogador chamado Jimmy Connors. O resultado final ficou em 6-2 e 6-3. Vale sempre a pena recordar que naqueles tempos as raquetes eram de madeira. Oiçam bem o barulho da bola na raquete.