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26.8.08

Reserva do rock (3)
UHF - À Flor da Pele

Carlos Peres, Zé Carvalho, Renato Gomes e António Manuel Ribeiro.
São estes os 4 nomes da mais conhecida formação dos UHF.
Surgem em Almada no ano de 1978.
Em 79, gravam o EP “Jorge Morreu” para a Metro-Som.
Dão nas vistas e a EMI-Valentim de Carvalho não perde tempo.
Assinam contrato válido por cinco anos e lançam, em 1980, o single “Cavalos de Corrida”.
Rui Veloso lançara há pouco “Ar de Rock” com o single “Chico Fininho”.
Foi a grande confusão.
Portugal estoirou por completo!
“Chico Fininho” e “Cavalos de Corrida” revolucionaram o “status quo” da nossa música.
Assistimos ao famoso “boom” do rock português.
Rui Veloso era uma personagem introvertida e tímida, sendo talvez o Bill Halley português.
António Manuel Ribeiro foi Elvis Presley.
Ou antes Jim Morrison.
Os dois juntos e ao mesmo tempo.
O resultado não podia ser melhor.
Polémico, ofensivo, agressivo e vedeta.
Músico e poeta.
Discutia muito. Imenso.
Tanto ou tão pouco que os UHF passaram as ser conhecidos por “Canal Maldito”.
Depois de “Cavalos de Corrida”, que vendeu mais de 100 mil exemplares, os UHF entram nos estúdios da Valentim de Carvalho em Paço de Arcos, em 16 de Março de 1981.
Num misto ansioso de descrença e de esperança, o meio musical aguardava o primeiro álbum do grupo.
O resultado chamou-se “À Flor da Pele” e saiu em 1981.
Retrato fiel das vivências da estrada, este disco subiu a fasquia do rock feito à portuguesa.
Gerou amores e muitos ódios.
Os críticos dividiram-se.
O público comprou.
Em disco e em cassete pirata.
Um grande sucesso.
“Rua do Carmo” provou que “Cavalos de Corrida” não tinha sido um acaso.
Tinha sido, antes, um mero início.

“À Flor da Pele” foi um sucesso que chegou ao disco de ouro.
O segundo do rock português, pois o primeiro fora conquistado semanas antes pelos Taxi.
Foi um sucesso que prolongou um outro sucesso.
O sucesso da estrada, vivido com um profissionalismo único para a época.
Foram os UHF os primeiros a terem digressões com qualidade sonora.
Investiram em equipamentos e compraram o primeiro PA do rock português.
E eram um caso muito sério de qualidade e de popularidade.
“À Flor da Pele” tinha o êxito de “Rua do Carmo” e tinha mais...
Tinha “Modelo Fotográfico”, “Rapaz Caleidoscópio” e “Geraldine”.
Tinha poesias cruas como a vida.
Tinha retratos do tempo corrente.
Ou como se lia na contra-capa:
“Os poetas do secúlo XX não escrevem livros. Armam-se cantores e soltam gritos de rebelião.”

21.7.08

Track 7

A faixa 7 do álbum “Noites Negras de Azul” dos UHF é, provavelmente, o melhor tema do rock português. Fazia anos que não ouvia, em volume máximo, o “Sonhos na Estrada de Sintra” e estou petrificado! Sempre dissera ao António Manuel Ribeiro que esta canção era a melhor do grupo, mas penso que mudei de ideias. Aumentei a fasquia.


"Noites Negras de Azul" em estreia nacional num programa de rádio alternativo...
Aquando da estreia nacional de Noites Negras de Azul, Miróbriga, programa Loucuras, 1988

7.4.08

UHF na Aula Magna - O rescaldo



Rescaldo no "Terminal 21" da Miróbriga em 31 de Março e que incluiu diversos apontamentos, nomeadamente, uma entrevista a António Manuel Ribeiro registada poucos minutos após o concerto.
"Terminal 21" é um programa de Luís Silva e que contou com participação especial de Paulo Ferreira e deste vosso bloguista.

Igualmente o nosso amigo Bruno Gonçalves Pereira realizou no programa "Atlântico" um especial, na sua última emissão, transmitida no sábado passado entre as 19h00 e as 21h00.

Clicar para escutar o rescaldo dedicado à Aula Magna dos UHF.

Em alternativa pode fazer o download do ficheiro para o seu computador. Para tal deve posicionar o cursor do rato no link desejado e clicar com o botão direito escolhendo a opção "save target as..."ou "save link as..." dependendo do browser utilizado.

5.4.08

Ares e bares de mau rapaz

Estive na Aula Magna e compartilho do sentimento que João Morales teve a gentileza de partilhar connosco. Mais do que a um espectáculo, assisti a uma celebração que gerou – pela primeira vez na história dos UHF – uma unanimidade em toda a crítica presente. Porém, neste texto, não irei dedicar-me a analisar o concerto mas procurarei olhar, noutro prisma, para uma carreira coerente e determinada e em simultâneo, repleta de erros, de decisões a quente, de afrontamentos aguerridos e das boas e más decisões inerentes a uma vida preenchida por atitudes destemidas, sem medos de entrar em choque e em guerra com tudo e todos ao mesmo tempo.

Se fosse realizado um estudo para determinar a empatia, antipatia e indiferença que o público nutre pelos nossos artistas, António Manuel Ribeiro teria um resultado ínfimo no item indiferença. Raras são as pessoas com mais de 20 e menos de 50 anos que sentem indiferença quando a personalidade se chama António Manuel Ribeiro. Provavelmente, a quantidade daqueles que gostam bastante de UHF seria semelhante à daqueles que os odeiam. No início dos anos 90, cheguei a pensar colocar em estúdio um fã e um “anti-fã” para conversarem em directo com o António. A coisa esteve quase a concretizar-se, contudo, à última hora, a pessoa que detestava UHF roeu a corda. Teria sido sociologicamente interessante, além de esteticamente agradável – o ataque viria do género feminino.

Numa sociedade normal, estes indicadores amor/ódio seriam interessantes porque quem gosta gosta e quem desdenha ao menos não sente indiferença – ou pode querer comprar e, por receio de não ser popular gostar de UHF, afirmar não gostar. Não nos esqueçamos que os Duran Duran foram devastados por aqueles que anos mais tarde os glorificaram. Vêem estes considerandos a propósito daquilo que me palpita ser o motivo da ausência dos UHF das playlists das rádios com maior airplay. Ou seja, suspeito que os UHF não passam não por uma questão de popularidade dos temas, mas devido à impopularidade que se retira dos resultados dos estudos. Isto é, se 40% de pessoas adoram uma canção, 20% a consideram razoável, 20% não a apreciam e os restantes 20% a detestam é muito provável que seja incluída na playlist. Não obstante, se 60% de pessoas gostam de um tema e 40% o dizem detestar é, também, altamente provável que essa canção nunca faça parte da playlist. Isto porque é valorizado o risco da perda de auditório do lado dos 40%, enquanto se desvaloriza a mais valia junto da maioria de 60% que afirmam gostar. Os méritos de uma eventual vitória da indiferença são, no mínimo, estranhos. No entanto, palpita-me que possa estar a ocorrer no que respeita a um número considerável de canções. Esta lógica aplicada às eleições Legislativas poderia implicar a situação caricata de um partido vencer, mas acabar por perder no cruzamento entre o positivo e o negativo – na mesma linha das sondagens referentes à popularidade dos nossos políticos.

Esta é, somente, uma teoria tão absurda ou verdadeira como outra qualquer. Na realidade, nunca conheci um artista português cuja apreciação seja tão emocional como a que existe em torno de António Manuel Ribeiro. O caso é tão evidente que, depois do concerto na Aula Magna, o baterista Ivan – que está nos UHF vai para 10 anos – dizia-me, para os microfones da Miróbriga, que o António merece ter amigos. Num momento de euforia e de contentamento indescritível, podia ter aproveitado para dizer mil coisas diferentes, mas, 5 minutos após sair do palco, as suas palavras foram inteirinhas para o mérito e para a amizade que tem com António Manuel Ribeiro.

Nestes 30 anos de carreira, os UHF estiveram sempre em guerra dentro do mercado e nunca desistiram das suas convicções. António Manuel Ribeiro pode até ter dores nas costas, porém nunca se juntou a brigadas do reumático para aumentar a conta bancária. Podia tê-lo feito e, certamente, se entrasse no jogo das concessões, teria, hoje, outro estatuto, outra empatia mediática, outra carreira, mas, no fundo, seria outro. E, se fosse “outro”, teria algum interesse, teria algum valor ou seria, apenas, um somatório de vazios com uma carreira que nem para nota de rodapé serviria daqui a 30 anos?

A rebeldia, o afrontamento, a forma muito rock’n’roll como se esteve nas tintas para o politicamente correcto levaram-no a coleccionar uma lista de antipatias superior ao que seria desejável num meio que vive muito dos conhecimentos, das aparências, das grandes digressões que se esgotam nalgumas cidades e dos copos que antigamente se bebiam em determinados bares de Lisboa. Todavia, não se pense que faltaram copos às dezenas de músicos que passaram pelos UHF. Com os UHF, beber copos não era uma questão estética de estar na moda, mas sim, um mergulhar no mesmo espírito de Ramones ou de Jim Morrison. Outros seguiam tendências etílicas mais próximas da new-wave ou do pós-punk em que o copo segurado na mão também servia como adorno.

Como seria possível uma História diferente se até no beber existiam visões e atitudes inconciliáveis?


Luís Silva do Ó


(crónica publicada no blogue canal maldito)

29.3.08

A Miróbriga esteve em directo da Aula Magna
A reportagem da festa dos UHF

A Miróbriga através do programa Terminal 21 esteve ontem em directo da Aula Magna no acompanhamento do concerto de arranque da digressão que celebra os 30 anos de carreira dos UHF.

Num programa realizado e apresentado em directo dos nossos estúdios por Luís Silva a reportagem na Aula Magna foi assinada por mim e por Paulo Ferreira.

A este trabalho falta ainda acrescentar o material gravado no backstage da Aula Magna.

Vão existir mais actualizações a este post ao longo dos próximos dias.

A Miróbriga sempre na linha da frente!

Clicar para escutar primeira parte da reportagem.

Clicar para escutar restante reportagem (vários directos).

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António Manuel Ribeiro e os UHF a poucos segundos de entrarem em palco.


António Manuel Ribeiro e Renato Gomes num dos grandes momentos da noite: Cavalos de Corrida.


António Côrte-Real enquanto solava na canção "Uma valsa/Uma dança".





















O maestro António Vitorino de Almeida deu espectáculo durante Sarajevo.





















António Côrte-Real em mais um grande momento bastante ovacionado pelo público presente.




















Fotos: Luís Silva do Ó.

Excerto da última música do concerto:


Mais detalhes e reportagem em: mirobrigablog.blogspot.com

3.1.08

Um eterno mau rapaz...



António Manuel Ribeiro antecipou, para a Miróbriga, os 30 anos dos UHF numa entrevista onde o discurso foi intenso, à flor da pele, com a frontalidade que sempre o caracterizou e que lhe granjeou a fama de mau rapaz e de persona non grata do rock português.

Vale a pena escutar este especial emitido na passada 5ª feira e alvo de reposição no final da tarde desta 4ª feira.

Clicar para escutar.

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25.11.07

30 anos ligados à corrente

António Côrte-Real e António Manuel Ribeiro a beber um café frio depois do arrefecimento causado pela entrevista dada, em directo, à Miróbriga. Os UHF celebram 30 anos de carreira e 2008 vai ser um ano carregado de electricidade pelos lados do “Canal Maldito”. Ontem, no “V encontro de fãs”, que decorreu num Hotel na Costa da Caparica, foi desvendado o “II Volume” das Raridades e parte do DVD gravado no Coliseu de Lisboa. Outros segredos do grupo da vida de António Manuel Ribeiro deixarei para que sejam descobertos em próxima oportunidade na Miróbriga…

Curiosamente - e como isto parece estar tudo ligado - uma das fotografias apresentadas ontem, como ilustração de carreira, mostravam Alexandre Rosa a entregar um disco de prata aos UHF...

30.9.06

Brincar no fogo

A noite de 23 de Setembro foi bem preenchida. Além do jogo de futebol a que assisti no Restelo, tive o concerto de regresso dos UHF ao Coliseu de Lisboa. Foi uma correria, mas, tirando o ligeiro atraso na chegada ao espectáculo, tudo correu pelo melhor. Acompanhado por Bruno Gonçalves Pereira, assisti a uma grande actuação dos meus amigos António, Ivan, Nando e Toninho. Depois, ainda houve tempo para confraternizar no bar da zona de acesso restrito, tendo o Bruno aproveitado para gravar as vozes do programa Atlântico e restante reportagem a ser transmitida hoje, sábado, na Antena Miróbriga. A noite terminou com uma passagem fugaz pelo “Hard Rock Café”, numa tentativa, fracassada dado o adiantado da hora, de reconfortar o estômago após uma noite sem jantar…
A respeito do concerto dos UHF no Coliseu dos Recreios, redigi um texto que foi publicado no blogue Canal Maldito e que aqui reproduzo.


Como preâmbulo, devo esclarecer que este texto não é uma crónica. Porém, em bom rigor, também não poderei afirmar que se trata de uma crítica a um concerto. No fundo, uma picadora “1, 2, 3” resolverá o enigma. É uma mistura dos dois conforme as variáveis descritas.

Para mostrar que não é critica vamos viajar. Até Santiago do Cacém. Nesta bonita cidade do litoral alentejano, têm desfilado, nos últimos anos, os maiores nomes da nossa música. Xutos & Pontapés, Rui Veloso e David Fonseca foram alguns dos que tocaram no Largo José Afonso. A estes espectáculos ocorrem multidões de milhares de pessoas, capazes de encher, pelo menos, 3 plateias do Coliseu dos Recreios. O público presente oscila entre o bebé e o idoso, entre o urbano e o rural, entre o fã de Floribella e o de Pulp Fiction. Fora de Lisboa ou Porto, é assim que as coisas existem e funcionam. Os concertos de Xutos e de Rui Veloso estiveram apinhados, com os presentes a cantarem e a participarem em quase todos os temas, enquanto que o espectáculo de David Fonseca contou com um largo semi-vazio e com a indiferença de muitos dos presentes. A língua inglesa não ajuda na comunicação com o público do País real, apesar da prestação de David Fonseca ter sido muito positiva. Caso tivesse de escrever alguma crítica, indicaria que o público presente fora em número razoável (1500 a 2000) e que, perante uma assistência que não era a sua, dera um excelente concerto. O parágrafo introdutório teria sido curto e passaria, sem delongas, para a análise do “excelente concerto”. O público que assistiu a David Fonseca seria menos culto do que aquele que vibrou com Rui Veloso ou Xutos? Não. Era o mesmo. Não me interessa se o povo que cantou Rui Veloso era analfabeto ou professor catedrático. Do interior ou do litoral, do meio rural ou do meio urbano, todos me merecem o mesmo respeito e consideração. Podem ter gostos e culturas diferentes, mas isso não faz de uns, imberbes e insignificantes, e dos outros, iluminados e absolutos. O designado “circuito de província” existe e quem não tem sucesso nesse circuito é porque não tem sucesso em Portugal. Além do mais, qual é o músico ou projecto que sobrevive unicamente com concertos em Lisboa e Porto?

Assisti, no Coliseu de Lisboa, na noite do passado sábado, ao espectáculo dos UHF, que serviu para recolha áudio e vídeo, com vista à edição de um CD e DVD. Sem terem contado com a enorme promoção que tiveram há 14 anos (R&B, RFM e TV’s), os UHF jogaram um poker arriscado porque têm estado afastados de Lisboa e Porto e de uma ribalta mediática que influencia, sobretudo, uma adesão urbana. Ao entrar, ligeiramente atrasado, constatei que, ao contrário do sucedido em 1992, a Sala estaria a meio. A meio de lotar e a meio de estar vazia. Meia cheia ou meia vazia consoante a disposição pessoal de quem analise a matéria. Foi uma pena ter existido meia sala vazia porque o concerto foi do melhor que algum dia os UHF deram. Bem preparados, coesos, sem dissidências há largos anos, a banda de Almada surpreendeu pela vitalidade demonstrada. António Manuel Ribeiro, mais velho e seguro na gestão do cansaço, surgiu fresco e com uma voz bem melhor que em 1992. O público presente não estava muito virado para uma testada componente acústica. Também António Côrte-Real, envergando uma T-shirt dos Ramones era espelho disso mesmo. Queriam rock, queriam a prova final de que “UHF é rock”, como era exibido numa das faixas preparadas por fãs vindos de vários pontos do Continente e Ilhas. E queriam tudo o resto que escutaram num desfilar exemplar de grandes músicas uhfianas. No dia em que se escreva a história do rock português, existem temas que serão marcos e muitos deles foram executados de forma brilhante no passado sábado. Os célebres “Rua do Carmo” (1981) ou “Cavalos de Corrida” (1980) não podiam ser esquecidos, assim como outros êxitos - “Hesitar” (1989), “Menina estás à Janela” (1993) ou o recente “Matas-me com o teu Olhar” (2005). Mas houve mais. Houve um grupo que jorrou rock e atitude. “Os Putos Vieram Divertir-se” (2003), “Sarajevo” (1993), “Modelo Fotográfico” (1981), “Sonhos na Estrada de Sintra” (1988), “Rapaz Caleidoscópio” (1981), “Na Tua Cama” (1988), “Fogo (tanto me atrais)” (1988) e “Devo Eu” (1983), numa encruzilhada de épocas e de vivências diversas. E os clássicos que não foram tocados eram suficientes para novo alinhamento! É um facto que este foi dos concertos dados pelos UHF em Lisboa que contou com menos público, todavia, este espectáculo foi melhor do que aquele que ocorreu na mítica sala do Rock Rendez-Vous (1990), na Expo (1998) ou na anterior passagem pelo Coliseu (1992). Foi um risco tocar para um Coliseu a metade. Contudo, o que resultou desse desafio foi um momento memorável e que adia o funeral dos UHF. Os tempos de “Cavalos de Corrida” ficaram para trás. Ainda bem.


UHF no Coliseu de Lisboa. Fotografia: LSO


UHF no Coliseu de Lisboa. Imagem da plateia. Fotografia: BGP


Luís Silva do Ó entrevista  Ivan Cristiano, baterista dos UHF. Fotografia: BGP


Luís Silva do Ó entrevista  António Côrte-Real, guitarrista dos UHF. Fotografia: BGP