15.4.09

Os meus heróis (2)

No ténis, as atenções, na década de 70, estavam centradas no louro e gélido Björn Borg. As raquetes eram de madeira e muito diferentes das actuais que possibilitam outra velocidade às bolas. Infelizmente, isso não é tudo e cada vez vejo mais tenistas feitos em aviários e menos génios que cativem espectadores. O sueco Björn Borg nasceu em Estocolmo e cresceu na cidade de Södertälje. Venceu cinco vezes o Torneio de Wimbledon (1976/77/78/79/80) e seis vezes o Torneio de Roland Garros (1974/75/78/79/80/81).

Em 1974, com apenas 17 anos, Borg vence o Torneio de Roland Garros, tornando-se o mais jovem do mundo a conquistar um torneio do Grand Slam. As cinco vitórias consecutivas de Björn Borg em Wimbledon são um feito assinalável, sobretudo, porque a relva não era a superfície em que o sueco era considerado mais forte. Se, somado a isto, recordarmos que estas vitórias ocorreram em jogos contra nomes como Ilie Nastase, Jimmy Connors (duas vezes), Roscoe Tanner e John McEnroe (1-6, 7-5, 6-3, 6-7 (16-18), 8-6 no histórico encontro de 1980) compreendemos melhor o seu significado. Comparando com um passado mais recente, seria como Pete Sampras ou Roger Federer ganharem Roland Garros cinco vezes com finais com Gustavo “Guga” Kuerten, Andre Agassi, Thomas Muster ou Rafael Nadal. Acresce que, em três vezes, Borg saiu do título de terra batida (piso lento) para o domínio sobre a relva (o piso mais rápido de todos).

Nenhum tenista na era moderna teve uma carreira tão curta e tão brilhante como Björn Borg, que a abandonou no auge das suas capacidades, em 1982, quando contava com, somente, 26 anos de idade.


Final do Pepsi Grand Slam em 1979. Björn Borg com outro lendário jogador chamado Jimmy Connors. O resultado final ficou em 6-2 e 6-3. Vale sempre a pena recordar que naqueles tempos as raquetes eram de madeira. Oiçam bem o barulho da bola na raquete.

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