16.12.06

O adeus de Clay Regazzoni

Retirado do livro de banda desenhada «Grande Premio F1» de Willy Richard e Mario Luini que retrata a temporada de 1977.O tempo dos heróis da Fórmula 1 terminou há muito e a minha paixão por este desporto foi diminuindo à medida que a emoção tendeu para zero.

O suíço Clay Regazzoni, herói da Ferrari e da Williams, morreu ontem, 6ª feira, vítima de acidente de viação. Contando 67 anos de idade, Regazzoni participou em 132 Grandes Prémios de F1 entre 1970 e 1980, vencendo cinco corridas, a primeiras das quais no GP de Itália em 1971 e obtendo cinco pole positions.

O essencial da sua carreira foi passado com a Ferrari, para quem conduziu entre 1970 e 1972, e depois entre 1974 e 1976, com passagens ainda pelas escuderias BRM (1973), Ensign-Ford (1977 e 1980), Shadow Ford (1978) e Williams (1979), sagrando-se vice-campeão mundial em 1974, atrás do brasileiro Emerson Fittipaldi. Foi também campeão europeu de F2 em 1970 com a Ferrari. A primeira vitória da Williams num Grande Prémio foi obtida por Regazzoni em 1979.

Em 1980 sofreu um grave acidente no circuito de Long Beach onde se realizou o GP dos Estados Unidos e ficou paraplégico. Com a carreira naturalmente interrompida, a cadeira de rodas não o impediu de continuar a participar em competições automóveis, com os comandos adaptados junto ao volante, destacando-se uma participação no Rali Paris-Dakar.

Clay Regazzoni pertenceu àquela que eu considero a última grande geração de pilotos de Fórmula 1, onde se incluem os nomes de Patrick Depailler, John Watson, Carlos Reutemann, Jacques Laffite, Jochen Mass, Ronnie Peterson, Gilles Villeneuve, Didier Pironi, Ricardo Patrese, Jacky Ickx e dos antigos campeões mundiais Jackie Stewart, Mario Andretti, Emerson Fittipaldi, Alan Jones, James Hunt, Jody Scheckter e Niki Lauda.

Que descanse em Paz neste reencontro eterno com Enzo Ferrari.

Sem comentários: