O momento é histórico para amigos e admiradores do trabalho da mais determinante banda do rock português surgida aquando do boom de 1980.Brevemente vai estar disponível no mercado um primeiro volume de raridades dos UHF e são bastantes os pontos de interesse. É natural que o apetite seja superior por canções da época inicial dos UHF e de um período que se prolongou até à edição do álbum ao vivo "Julho, 13" (1990). Porém, não deixa de ser curioso que outros dois momentos altos sejam a versão acústica da "Lágrima" (2004) e um inédito, "Canção de Roubar o Amor" (2005), que poderia ser o hit de um futuro trabalho de originais!
Não será este o post correcto para analisar o alinhamento e a oportunidade da edição, mas não resisto a louvar a iniciativa, destacando, como principal curiosidade, o tema inédito da dupla AMR/Carlos Peres ("Deste lado do rio"), assim como a versão (?) desconhecida de "Estou de Passagem", ambas gravadas em 1979.
Sublinho, ainda, o destapar da versão longa de "Nove Anos" (a letra completa já tinha sido incluída no single "Na tua cama"/"Nove anos") e a versão de "Jorge Morreu" (1982) realizada em época muito alta da carreira dos UHF.
Motivo de regozijo, ainda, para a inclusão da música gravada ao vivo em 13 de Julho de 1990, "Geraldine", a qual, apesar de estar verdadeiramente diabólica, não havia sido seleccionada para o alinhamento do disco ao vivo "Julho, 13".
Em todos os discos dos UHF existe o designado "tema forte" e neste - o mais forte - chama-se "Canção de Roubar o Amor".
Nota: A primeira fotografia deste post foi tirada no stand da associação Procris no decurso de uma Feira/Festa da Juventude em Santiago do Cacém (1993). Os UHF estiveram lá a dar autógrafos no nosso stand e ainda houve oportunidade de estrear nacionalmente na Antena Miróbriga temas tão marcantes como "Sarajevo" ou "Menina estás à Janela". A segunda fotografia, já divulgada neste blogue, foi tirada após o espectáculo dos UHF no Coliseu de Lisboa em 2006.
O “Banco de ensaio” tem, desde o seu início, procurado mostrar novos álbuns que me pareçam interessantes e dignos de registo.

Desde o lançamento do primeiro álbum, “In The Spirit”, em 1990, que os The Holmes Brothers são uma referência na música gospel e blues, marcando presença em festivais de música por esse mundo fora, incluindo actuações em Portugal.
Julie Doiron tem mantido uma carreira constante desde os tempos dos Eric’s Trip. Bem conhecida em Portugal, esta compositora e cantora canadiana tem um novo trabalho chamado “Woke Myself Up”.
Oriundos do Texas, os ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead desenvolvem rock alternativo e independente, tendo construído uma carreira credível, tanto em estúdio como ao vivo.
Da suspensão de actividades dos Blink 182, surgem os projectos Angels and Airwaves de Tom DeLonge e +44 de Mark Hoppus e Travis Barker. Estes últimos lançaram, em Novembro de 2006, o trabalho “When Your Heart Stops Beating”, numa linha musical que segue o percurso lógico do projecto anterior com pop-punk, rock alternativo e uma pitada de electrónica. As canções têm letras de um teor mais pessoal e as músicas possuem uma forte componente melódica.
Formados no ano 2000, os Pilate lançaram dois trabalhos de sucesso no Canadá, Japão e Austrália. Fruto desse êxito decidem apostar no mercado americano e mudam o nome do projecto para Pilot Speed, lançando em Setembro de 2006 o seu álbum de estreia “Into the West”.
Editado no dia das bruxas deste ano, o segundo trabalho de Nellie McKay é muito mais do que “o novo disco de uma jovem promessa”. Depois de uma promissora estreia pelas mãos da poderosa Columbia, Nellie cedo entrou em divergências com a editora. A preparação desta nova edição tornou-se um pesadelo que se arrastou durante meses e meses. O público ia sendo informado dos constantes adiamentos e até existe uma versão da capa do CD que não chegou a ser comercializado. A principal divergência entre Nellie McKay e a Columbia centrava-se no formato a editar. Enquanto Nellie queria lançar um novo disco duplo, a editora pretendia “compactar” para um simples CD, prescindindo de alguns dos temas que surgem agora em “Pretty Little Head”. A opção de Nellie McKay, apesar de arriscada, compreende-se após escutar a totalidade das canções que constituem o álbum. Navegando entre o jazz e um pop-rock alternativo, Nellie McKay revelou-se uma escritora de canções provocante e polivalente, sendo apontada nos States como uma estrela em ascensão. O sentido comercial ganha contornos aguçados em “Real Life”, mas a nossa escolha vai para uma canção que ilustra melhor o trabalho duplo. “Columbia Is Bleeding” podia ser dedicado à sua antiga editora, mas não o é. É antes um tema que trata de alegados maus tratos a animais na Universidade de Columbia, constituindo outro exemplo de como as causas podem continuar a ser vestidas num formato musical pop. 



Dierks Bentley é um caso sério na música country contemporânea. Depois do grande sucesso do álbum anterior, Bentley regressou com um novo trabalho intitulado “Long Trip Alone” que atingiu o primeiro lugar no Top de música country na semana do seu lançamento.