
Estou habituado a dividir os projectos musicais em três sacos. Num dos sacos encontram-se os músicos de quem compro todos os discos, noutro (o maior) estão aqueles de que quero distância e ao terceiro saco pertencem os que não me cativam o suficiente para ter a obra completa, mas dos quais considero essencial ter em casa um disco que retrate a carreira. Já tem sucedido que alguns desses nomes do terceiro grupo acabem por me convencer a adquirir a discografia completa ou seleccionada. O que não é o caso dos Enigma.
Porém, considero o grupo de Michael Cretu suficientemente relevante para que destaque o novo álbum. Bem construído, ambiental como sempre, o disco permite uma pausa na agitação habitual e é quase uma desintoxicação para os malefícios do stress citadino. Tomara que fossem discos destes a liderarem o top de vendas.
Estando numa fase inicial, o “Banco de Ensaio” vai ganhar a estabilidade que idealizo dentro de pouco tempo. Admito estar com certa ansiedade pela chegada de algumas encomendas vindas do estrangeiro que me permitirão divulgar excelentes discos, absolutamente desconhecidos por estas paragens. A escutar já na próxima semana.
O mostrar a novidade era apanágio da “rádio do passado”. Conhecendo o formato que domina o éter na actualidade, começo a imaginar o que sentiam os grandes divulgadores do antigamente. Não me comparo. Sinto apenas.