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2.9.08

Reserva do rock (7)
Delfins – Libertação

Cascais.
1981.
O ano do boom do rock português via surgir outro rebento.
Fernando Cunha, João Carlos e Silvestre.
Como em quase todos os casos, tudo começa numa garagem.
Miguel Ângelo entra em 1982.
Dois anos depois, Pedro Ayres Magalhães, dos Heróis do Mar, assiste a um ensaio.
Gosta e convida-os a gravar para a editora independente “Fundação Atlântica”.
Ainda em 1984, sai o primeiro disco dos Delfins.
O original “Letras” e a excelente versão “O Vento Mudou”. Pop-Rock do melhor.
Um começo apadrinhado por gente reconhecida e com sucesso.
O pior aconteceu no ano seguinte, 1985.
A ida ao Festival RTP da Canção deixa profundas marcas negativas, junto do público e do meio musical.
“A Casa da Praia” fica no último lugar.
A banda, nesta fase, sofre a valer.
É obrigada a crescer.
É obrigada a ultrapassar um estigma imenso.
Poucos teriam força para vencer.
Mas, os Delfins mantêm uma determinação de aço.
1986 foi o ano chave.
Entram para os Delfins, Rui Fadigas e Jorge Quadros.
Por lá permanecem Miguel Ângelo, Silvestre e Fernando Cunha.
Carlos Maria Trindade, também ele dos Heróis do Mar, mostra-se interessado em produzi-los.
Gravam uma pequena maquete com quatro temas, entre os quais, “A Baía de Cascais”, “Estrelas do Rock’n’Roll” e “O Caminho da Felicidade”.
O azar permanece.
As editoras demonstram desinteresse.
Os Delfins tomam, então, uma medida drástica.
Medida essa corajosa e dispendiosa para a época.
Em Outubro de 1986, assumem todos os riscos e vão para estúdio.
Pagam do próprio bolso todas as despesas.
A produção, mais uma vez, fica nas mãos de Carlos Maria Trindade.
Em 1987, já com o disco gravado, pensam numa edição de autor, mas a Emi-Valentim de Carvalho, mostra-se, finalmente, interessada.
A sorte começa a mudar.
Regressam a estúdio para registar mais um tema: “Canção do Engate”, um original de António Variações.
“Libertação” sai em Abril de 87.
E é um sucesso.
A sonoridade permanece no pop-rock e as músicas são assimiladas com facilidade.
“Estrelas do Rock’n’Roll” e “O Caminho da Felicidade” são dois casos.
Porém, temos mais...
“A Baía de Cascais”, tema dedicado à vila natal, torna-se num hino de grandes proporções.
“Canção do Engate” vai mais longe e conquista as pistas de dança desse Verão.

“Libertação” consegue quebrar o efeito Festival da Canção.
O valor dos Delfins começa a ser reconhecido.
As potencialidades estão, finalmente, comprovadas.
“Libertação” não é um êxito de vendas, mas consegue algo mais importante: ter canções populares e de qualidade.
O público e a crítica são conquistados.
Os Delfins ganham o direito a uma segunda oportunidade.
E a um “Lugar ao Sol”.

1.9.08

Reserva do rock (6)
Quinta do Bill – Sem Rumo

1987 marca o início.
Carlos Moisés, Rui Dias e Paulo Bizarro arrancam com o projecto.
Em Tomar.
Os ensaios começam.
O refúgio é encontrado numa quinta.
Na quinta do Sr. Guilherme – daí o nome da banda: Quinta do Bill.
Em 1988, concorrem ao 5º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vouz.
Como resultado final trazem, com mérito, um promissor 5º lugar.
E, mais importante, trazem o direito de incluir o tema “Zézé”, na colectânea “Registos”, editada em 1989.
A sonoridade encontra-se, nesta altura, muito próxima dos Jáfumega e é, apenas, em 1990 que o grupo encontra o seu abrigo no folk-rock.
Participam, no Verão desse ano, no concurso da RTP “Aqui D’El Rock”, que decorre em pleno início de tarde, na Costa da Caparica sob um calor tórrido.
E ganham.
Como prémio têm a edição de um álbum.
Surge assim “Sem Rumo”, gravado nos estúdios Tcha-Tcha-Tcha, entre Março e Junho de 1991, mas apenas editado, pela Cinedisco/Dansa do Som, em 1992.
O líder Carlos Moisés assume o trabalho de composição e é também o produtor.
A responsabilidade das letras é dividida por João Portela, Artur Rockzane e Ana Vieira.
“Sem Rumo” é uma primeira experiência dos Quinta do Bill.
Um verdadeiro tubo de ensaio para o que viria a seguir.
Infelizmente, a exposição pública deste álbum é reduzida.
Temas como “Até Quando” e “Verdes Anos de Mentiras” mereciam mais.
Os instrumentais “Alcácer Quibir” e, sobretudo, “Aljubarrota” provam a qualidade da banda.

“Aljubarrota” é, reconhecidamente, um tema tão forte, que os Quinta do Bill o recuperam, numa versão ao vivo, para o álbum seguinte.
O crescimento do grupo foi acontecendo.
A maturidade foi-se acentuando.
Rui Dias saiu para gravar “Santa Loucura” com os UHF.
Nuno Flores entrou e torna-se peça importante.
Pouco depois, em 1993, assinam com a PolyGram e começam a preparar o disco que os coloca na linha da frente da nossa música.
“Sem Rumo” não teve o reconhecimento público que merecia, mas torna-se peça essencial para o futuro.
Um futuro pensado.
Com objectivos claros.
Com rumo.
Numa carreira a conquistar “Passo a Passo”.

31.8.08

Noites Ritual 2008

O Festival mais antigo de Portugal teve a sua 17ª edição, nas noites de 29 e 30 de Agosto, nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto. A organização esteve excelente como sempre. Para breve a transmissão da reportagem no programa Atlântico de Bruno Gonçalves Pereira.

Momento mágico do Festival: Rita Redshoes.

Kate Bush - o álbum "The Red Shoes" já tem 15 anos! - teria gostado de lá ter estado.

Rita Redshoes
Tiago Bettencourt
Linda Martini
Sam the Kid
Pedro Brinca
Alberto Castelo e Isabel Vieira
Filipe Gonçalves
Carlos Vieira
Luís Silva do Ó e Pedro Brinca
Luís Silva do Ó e Pedro Brinca

28.8.08

Reserva do rock (5)
Xutos & Pontapés – Circo de Feras

“Circo de Feras”, de 1987, não é só o disco que deu a conhecer os Xutos & Pontapés ao grande público.
É também o álbum que proporciona uma nova vida ao rock português.
Renascendo das cinzas, depois de 4 anos de sofrimento, a nova música portuguesa demonstra que, apesar de todo o “crash” de meados de 1982, as “coisas” ainda mexem.
A loucura já não é a mesma de 1980, mas, finalmente, existem condições para que os grupos existam...
Ora, os Xutos, que surgiram em pleno “boom” do rock português, fizeram um percurso consistente, alternativo e em contínuo crescendo na sombra do mítico Rock Rendez Vouz.
Depois dos singles “Sémen” e “Toca e Foge” e dos álbuns “1978-82” e, sobretudo, do fantástico embrião de sucessos chamado “Cerco”, chegou a hora da multinacional PolyGram abrir os ouvidos e contratar os Xutos & Pontapés.
Tim, Zé Pedro, João Cabeleira, Kalú e Gui entram a 13 de Outubro de 1986, no Angel Studio, na companhia dos técnicos José Manuel Fortes e Rui Novais. A produção esteve nas mãos de Carlos Maria Trindade, pertencente, na época, aos Heróis do Mar.
O conjunto de sucessos é de tal forma evidente que o single escolhido, “Sai Prá Rua”, acaba por ficar completamente submerso...
Canções como “Contentores”, “Não Sou o Único”, “N’America” e “Circo de Feras” ajudam a compreender as razões do êxito...
Outro factor importante nesta época, o fenómeno das rádios livres ou piratas, ajudou bastante, pois a divulgação das músicas não se baseava em playlists, mas sim nas preferências auditivas dos vários animadores... e isso também acabava por acontecer nas rádios nacionais...
“Não Sou o Único”, com música dos Xutos e letra de Zé Pedro, é um dos hinos deste trabalho.

Com tantos sucessos populares, os Xutos & Pontapés lançam-se imediatamente para a estrada, numa estrondosa digressão, acompanhada espectáculo a espectáculo, por um recém-nascido jornal Blitz...
Em 1987 e 1988, os Xutos fazem história na estrada, gravam mais um álbum de originais e lançam-se para um triplo disco ao vivo gravado em 3 noites cheias no Pavilhão dos Belenenses.
“Circo de Feras” é o grito revoltado de um grupo que se fez com suor.
Que cresceu na garagem e nos palcos deste Pais.
Que comeu o pó da estrada e que soube melhorar sempre.
Que melhor resultado que este?

27.8.08

Reserva do rock (4)
Ritual Tejo - Perto de Deus

Em 1988, a banda Easy Gents vence o quinto concurso de música moderna do Rock Rendez Vouz.
Em 5 de Janeiro de 1989, dão o seu último concerto... mas não cessam funções... antes pelo contrário.
Por opção própria, alteram a designação da banda para Ritual Tejo e vão ao encontro de sonoridades mais pop-rock.
Constituídos por Paulo Costa, José Manuel Afonso, Artur Santos, Quim Zé Rebelo e Fernando Martins, assinam contrato com a EMI-Valentim de Carvalho e entram em estúdio em Novembro de 1990.
Com a saída dos Delfins da Valentim de Carvalho, os Ritual Tejo colocam-se como potenciais sucessores.
Nasce assim o álbum “Perto de Deus”.
Dos 12 temas desse disco, dois são versões: “Saudade”, um original dos Heróis do Mar, e “Foram Cardos Foram Prosas”, uma canção de Ricardo Camacho com letra de Miguel Esteves Cardoso e que foi sucesso na voz de Manuela Moura Guedes.
E são, curiosamente, estas duas versões que mais dão que falar, pois estão bastante fortes.
Para melhor combinar com uma vocalização masculina, Miguel Esteves Cardoso, altera ligeiramente a letra de “Foram Cardos Foram Prosas” e é este o grande tema promocional do disco.

Com a promoção do disco vieram os espectáculos e no verão de 1991 os Ritual Tejo tocaram bastante.
Foram inclusivé, das bandas com mais concertos nesse ano.
Por outro lado, as canções originais dos Ritual Tejo começam a ser conhecidas, destacando-se “Sonhos de Luxúria” e “Lenda do Mar”.
Parecia o início de uma carreira fulgurante, contudo muitos anos passaram até que surgisse o segundo disco dos Ritual Tejo.


[nota: rectificação ao texto em 16/09/2008]

26.8.08

Reserva do rock (3)
UHF - À Flor da Pele

Carlos Peres, Zé Carvalho, Renato Gomes e António Manuel Ribeiro.
São estes os 4 nomes da mais conhecida formação dos UHF.
Surgem em Almada no ano de 1978.
Em 79, gravam o EP “Jorge Morreu” para a Metro-Som.
Dão nas vistas e a EMI-Valentim de Carvalho não perde tempo.
Assinam contrato válido por cinco anos e lançam, em 1980, o single “Cavalos de Corrida”.
Rui Veloso lançara há pouco “Ar de Rock” com o single “Chico Fininho”.
Foi a grande confusão.
Portugal estoirou por completo!
“Chico Fininho” e “Cavalos de Corrida” revolucionaram o “status quo” da nossa música.
Assistimos ao famoso “boom” do rock português.
Rui Veloso era uma personagem introvertida e tímida, sendo talvez o Bill Halley português.
António Manuel Ribeiro foi Elvis Presley.
Ou antes Jim Morrison.
Os dois juntos e ao mesmo tempo.
O resultado não podia ser melhor.
Polémico, ofensivo, agressivo e vedeta.
Músico e poeta.
Discutia muito. Imenso.
Tanto ou tão pouco que os UHF passaram as ser conhecidos por “Canal Maldito”.
Depois de “Cavalos de Corrida”, que vendeu mais de 100 mil exemplares, os UHF entram nos estúdios da Valentim de Carvalho em Paço de Arcos, em 16 de Março de 1981.
Num misto ansioso de descrença e de esperança, o meio musical aguardava o primeiro álbum do grupo.
O resultado chamou-se “À Flor da Pele” e saiu em 1981.
Retrato fiel das vivências da estrada, este disco subiu a fasquia do rock feito à portuguesa.
Gerou amores e muitos ódios.
Os críticos dividiram-se.
O público comprou.
Em disco e em cassete pirata.
Um grande sucesso.
“Rua do Carmo” provou que “Cavalos de Corrida” não tinha sido um acaso.
Tinha sido, antes, um mero início.

“À Flor da Pele” foi um sucesso que chegou ao disco de ouro.
O segundo do rock português, pois o primeiro fora conquistado semanas antes pelos Taxi.
Foi um sucesso que prolongou um outro sucesso.
O sucesso da estrada, vivido com um profissionalismo único para a época.
Foram os UHF os primeiros a terem digressões com qualidade sonora.
Investiram em equipamentos e compraram o primeiro PA do rock português.
E eram um caso muito sério de qualidade e de popularidade.
“À Flor da Pele” tinha o êxito de “Rua do Carmo” e tinha mais...
Tinha “Modelo Fotográfico”, “Rapaz Caleidoscópio” e “Geraldine”.
Tinha poesias cruas como a vida.
Tinha retratos do tempo corrente.
Ou como se lia na contra-capa:
“Os poetas do secúlo XX não escrevem livros. Armam-se cantores e soltam gritos de rebelião.”

24.8.08

Reserva do rock (2)
Taxi – Taxi

Se Rui Veloso era Blues e os UHF eram rock, os Taxi eram os Reis da Pop.
Formados em 1977 sob a designação de Pesquisa, chegam mesmo a gravar um single em edição de autor.
Em finais de 1979, João Grande, Rui Taborda, Henrique Oliveira e Rodrigo Freitas, alteram o nome da banda para Taxi e começam a compor originais com vista a uma possível edição discográfica.
Tocam e compõem em inglês e chegam mesmo, em 1980, a tentar a sorte por terras inglesas.
Contudo, e apesar de algum interesse por parte da Warner britânica, a resposta definitiva tardava.
Regressam a Portugal em pleno boom do rock português.
Em Novembro desse ano, são convidados pela PolyGram a gravarem um LP.
Porém, existe uma exigência: As letras têm que ser em português.
O grupo aceita e assina contrato em Janeiro de 81
No mês seguinte, recebe um telefonema de Inglaterra.
Da Warner.
Tarde demais.
Antes sequer de entrarem em estúdio, os Taxi perdem a oportunidade de uma carreira internacional.
Em Abril, apenas numa semana, é gravado todo o primeiro LP “Taxi”.
António Pinho foi o produtor e as faixas são compostas e assinadas por todos os elementos do grupo.
O primeiro single, “Chiclete”, é sucesso imediato.

Para além de “Chiclete”, outros temas atingem grande projecção popular.
“TVWC”, “A Queda dos Anjos”, “É-me Igual” ou “Vida de Cão” são verdadeiros hinos, mas todos os outros temas são fortes.
Disco de prata numa semana, “Taxi” conquista, em Outubro de 1981, o disco de ouro – o primeiro arrebatado pelo rock português por vendas superiores a 35 mil exemplares.
Nestes tempos, um disco de ouro representava o maior galardão da indústria nacional.
Expoentes máximos da pop-rock portuguesa, os Taxi, são o primeiro caso de marketing da indústria musical.
Logo nesse primeiro LP, a capa sublinha essa diferença, mas esse factor será mais evidente alguns meses depois, aquando da edição do segundo álbum, “Cairo”.
Curioso que, apesar de todos os temas terem sido compostos inicialmente em inglês, uma das marcas de sucesso de “Taxi” esteve relacionada com a “portugalidade” das suas letras, em que a sátira social era evidente.
“Taxi” era fresco e descontraído.
“Taxi” era directo como uma conversa de café.
“Taxi” foi o início de uma breve e rápida corrida.
Sem bandeirada, mas com muito sucesso.




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Fotos da autoria de Bruno Gonçalves Pereira captadas aquando da actuação dos Taxi nos 25 anos da "Febre de Sábado de Manhã".


23.8.08

Reserva do rock (1)
GNR – Independança

No início dos anos 80, assistiu-se ao famoso boom do rock português.
Eram centenas de bandas por todo o país e dezenas a editar.
Uma delas reuniu especial atenção pela sua vertente sonora.
Fundados por Vítor Rua, os G.N.R. – Grupo Novo Rock, são detentores de uma pop alternativa, substancialmente diferente de tudo o resto.
Para além de Vítor Rua, o grupo é constituído por Alexandre Soares e Tóli César Machado.
Gravam em 1981 dois singles de sucesso: “Portugal na CEE” e “Sê Um GNR”.
Editados pela Valentim de Carvalho e produzidos por Ricardo Camacho vendem muito bem, mas a atenção da crítica recaí essencialmente nos lado B.
“Espelho Meu” e “Instrumental nº 1” sublinham uma veia alternativa mais evidente.
Indiciam o futuro que está para vir.
“Independança”, 1982.
Chegam ao Grupo Novo Rock duas novas aquisições: Miguel Megre e Rui Reininho.
Alexandre Soares liberta-se das vocalizações e os GNR encontram o seu futuro líder, Reininho.
“Independança” não é um álbum qualquer, é apenas o disco mais marcante de uma nova geração de músicos.
É também consagrado como o melhor álbum português da década de 80.
Produzido pelos G.N.R. e por Ricardo Camacho, “Independança” conta com 7 temas.
6 do lado A e “Avarias” na totalidade no lado B, uma faixa que ilustra o espírito alternativo e experimental do trabalho.
A participação de todos os elementos do grupo, na composição dos temas, potencia a elevada diversidade que se encontra em “Independança”.
O single “Hardcore (1º Escalão)”, com letra de Rui Reininho e música de Miguel Megre e Vítor Rua, torna-se a peça mais conhecida do trabalho.

“Independança” é um marco no rock português.
Um marco por aquilo que representa.
Um marco pelas portas que deixa em aberto.
“Independança” podia ter sido o embrião de uma carreira ainda maior.
Mas as fortes personalidades artísticas dos diversos músicos quase levam à morte dos G.N.R.
Oficialmente, chegam mesmo a terminar.
Primeiro, Alexandre Soares abandona o grupo.
Miguel Megre também.
Logo depois, Vítor Rua declara a extinção da banda e parte para os Estados Unidos.
Contudo, o fundador não tem o poder de terminar as actividades musicais do grupo.
Tóli César Machado, Rui Reininho e o regressado Alexandre Soares partem para a segunda fase da carreira do grupo. Seria esta a mais estável formação dos G.N.R.
Mas isto já são histórias posteriores a “Independança”, o mais aclamado disco da nova música portuguesa da década de oitenta.

Reserva do rock

Talvez pelo ano de 2002 o Bruno Gonçalves Pereira – numa fase em que tínhamos contactos diários devido a pertencermos à Direcção da Procris – lançou-me o desafio de realizar um espaço para o Atlântico. Como a falta de tempo era imensa e não tinha possibilidade de gravar o espaço em casa pensei em seleccionar uma música semanalmente. Pouco depois o espaço evoluiu para a recordação de um álbum.

Estou a falar disto porque ao percorrer hoje um dos directórios do meu disco rígido dei de caras com um documento que continha uma série de textos produzidos para a “Reserva do Rock”. Eram espaços dedicados a um álbum de música portuguesa que por uma razão ou por outra tivesse ficado na História.

Irei, ao longo dos próximos dias, aqui divulgar estes textos chamando a atenção para que os mesmos foram escritos para serem lidos recorrendo a timbres e inflexões vocais diversas. Enfim, para serem lidos ao ritmo da minha voz e sem recurso às tecnologias de edição e montagem que hoje utilizo. :)

Os espaços em formato áudio andam "perdidos" em cassetes DAT...

Este espaço durou pelo menos 13 edições e foi o embrião do actual “Banco de ensaio” que na sua primeira temporada durou 60 semanas. A próxima temporada está para breve. Por enquanto boas recordações do rock português!

18.8.08

BdE - 2ª Temporada

Em breve, no programa Atlântico do meu amigo Bruno Gonçalves Pereira, irei regressar com novos espaços do "Banco de Ensaio".
Já falta pouco.
Santos Populares, Avenida da Liberdade, Lisboa, 2007

7.4.08

UHF na Aula Magna - O rescaldo



Rescaldo no "Terminal 21" da Miróbriga em 31 de Março e que incluiu diversos apontamentos, nomeadamente, uma entrevista a António Manuel Ribeiro registada poucos minutos após o concerto.
"Terminal 21" é um programa de Luís Silva e que contou com participação especial de Paulo Ferreira e deste vosso bloguista.

Igualmente o nosso amigo Bruno Gonçalves Pereira realizou no programa "Atlântico" um especial, na sua última emissão, transmitida no sábado passado entre as 19h00 e as 21h00.

Clicar para escutar o rescaldo dedicado à Aula Magna dos UHF.

Em alternativa pode fazer o download do ficheiro para o seu computador. Para tal deve posicionar o cursor do rato no link desejado e clicar com o botão direito escolhendo a opção "save target as..."ou "save link as..." dependendo do browser utilizado.

20.2.08

BdE - 52 a 55

Para não sobrecarregar este blogue deixo-vos as capas dos álbuns e os espaços que realizei ao longo destas semanas, sugerindo uma visita ao blogue irmão. Vale a pena conhecer melhor estes trabalhos, tanto numa vertente sonora como de imagem.

Aqui ficam as capas e o convite para um passeio ao BdE.

UHF – Canções Prometidas - Raridades volume 2Menos de um ano depois do primeiro volume, foi editado este mês em exclusivo para as lojas FNAC, o segundo álbum de raridades dos UHF. Este trabalho repete o sucesso do volume anterior.

OneRepublic - Dreaming Out Loud“Dreaming Out Loud”, editado em Novembro de 2007 é preenchido por temas fortes e eleva este grupo ao estatuto de revelação. Timbaland que o diga...

Duran Duran - Red Carpet MassacreNeste novo álbum canções como “Falling Down”, “Zoom In” ou “Last man standing” são bons exemplos do reencontro evolutivo com as origens sonoras dos Duran Duran.

Jordin Sparks – Jordin SparksJordin Sparks lançou em Novembro de 2007 o seu homónimo álbum de estreia. Disco vincadamente pop de onde se destaca “Tattoo”.

30.12.07

BdE - 46 a 51

O tempo tem sido pouco para tantas solicitações e a actualização do blogue do "Banco de Ensaio" (BdE) é que tem sofrido as consequências. Desde 2 de Novembro que não inseria os espaços que têm sido emitidos no Atlântico da Miróbriga.

Para não sobrecarregar este blogue deixo-vos as capas dos álbuns e os espaços que realizei ao longo destas semanas, sugerindo uma visita ao blogue irmão. Vale a pena conhecer melhor estes trabalhos, tanto numa vertente sonora como de imagem.

Aqui ficam as capas e o convite para um passeio ao BdE.

Joe Henry - CiviliansJoe Henry - Civilians
Após alguns anos de silêncio dedicado a produzir grandes nomes do mundo da música, Joe Henry regressou em Setembro de 2007.

David Jordan - Set the MoodDavid Jordan - Set the Mood
Pelas mãos do conceituado produtor Trevor Horn, David Jordan é a mais fresca novidade que nos chega das ilhas britânicas.

Patti Scialfa - Play it as it laysPatti Scialfa - Play it as it lays
Excelente disco da Srª Springsteen, numa linha que vagueia por influências de soul, gospel e blues.

Bruce Springsteen - MagicBruce Springsteen - Magic
O single “Radio Nowhere” - e o álbum - não se escutam em nenhuma rádio nacional FM. Porquê?!

Shout Out Louds - Our Ill WillsShout Out Louds - Our Ill Wills
Mais uma excelente banda "made in Suécia". O disco é um autêntico "best of" com imensos temas propícios a uma qualquer pista de dança.

The Eagles - Long Road Out Of EdenThe Eagles - Long Road Out Of Eden
Primeiro álbum de originais desde 1979. Com excepção de Portugal, o sucesso deste CD dos Eagles tem sido avassalador um pouco por todo o mundo e não fica nada atrás de qualquer dos seus discos do passado.

26.10.07

Banco de Ensaio nº 43
Tegan and Sara - The Con

Tegan and Sara - The Con“The Con” é o quarto álbum na carreira de Tegan and Sara.









Banco de ensaio nº 43 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 13/10/2007

Site: www.teganandsara.com
MySpace: myspace.com/teganandsara


Vídeo de "Back In Your Head":


7.10.07

Banco de Ensaio nº 42
Colbie Caillat - Coco

Colbie Caillat - CocoFruto do sucesso alcançado com a colocação de temas no popular portal myspace, Colbie Caillat despertou a atenção do meio musical e lançou em Julho de 2007 o seu primeiro álbum, “Coco”, que inclui a canção de sucesso “Bubbly”.



Banco de ensaio nº 42 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 06/10/2007

Site: www.colbiecaillatmusic.com
MySpace: myspace.com/colbiecaillat

Ver vídeo

Banco de Ensaio nº 41
Peter Himmelman - The Pigeons Couldn't Sleep

Peter Himmelman - The Pigeons Couldn't SleepNem sempre o sucesso acontece quando se espera e muitas vezes uma promessa nunca deixa de o ser. Desconhecido entre nós mas com uma carreira sólida e multifacetada, vageando entre música para crianças e música para adultos, o experiente Peter Himmelman nunca deu o salto para um estatuto de estrela apesar de lá ter estado muito perto, incluindo nomeações para prémios como os prestigiados Emmys.


Banco de ensaio nº 41 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 29/09/2007

Site: www.peterhimmelman.com
MySpace: myspace.com/peterhimmelman

Ver vídeos

26.9.07

Banco de Ensaio nº 40
Jimmy Jansson - Sån E Jag

Jimmy Jansson - Sån E JagQuando eu era pequenino o Festival da Canção era um momento alto no ano musical. Os anos passaram e a importância desse evento foi mergulhando num desastre profundo. Esta semana recupero essas recordações de Festival com um trabalho da actualidade "made in Suécia" - já é o terceiro em 40 semanas de BdE.
"Sån E Jag" é um álbum repleto de temas fortes, sem grandes pretensões e cheio de acne juvenil que borbulha na perfeição em qualquer pista de dança. Digno dos festivais da canção dos bons velhos tempos.


Banco de ensaio nº 40 transmitido no programa Atlântico da Antena Miróbriga em 22/09/2007

Site: www.jimmyjansson.com

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