Mostrar mensagens com a etiqueta Belenenses. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Belenenses. Mostrar todas as mensagens

10.8.07

Belenenses, 2 ~ Atalanta, 1
Real Madrid, 0 ~ Belenenses, -1

No prestigiado Torneio Teresa Herrera o Belenenses mostrou ao mundo um excelente futebol e conquistou o 3º lugar na competição.

Real Madrid, 0 ~ Belenenses, -1
Jogo fantástico do Belenenses que controlou, como quis, um Real Madrid constituido por vedetas pagas a peso de diamante.
O golo fruto do frango aos 89 minutos - e que deu a derrota ao clube do Restelo - vai ficar para sempre na retina de todos nós. A estrelinha da sorte não esteve com o Belém, porém, não existem dúvidas: O Belenenses tem uma grande equipa esta época!

Belenenses, 2 ~ Atalanta, 1
Menos de 24 horas depois do jogo com o Real Madrid os valentes do Restelo voltaram a jogar, desta feita, tendo pela frente, uma excelente, combativa e demasiado dura equipa italiana. Pela qualidade do jogo e pela personalidade da equipa abrem-se perspectivas sonhadoras para o próximo campeonato. A equipa é forte, o plantel é muito equilibrado e temos um novo craque da bola chamado Roncatto.

Como os jogos não foram transmitidos em canal aberto os locais de visionamento foram restaurantes. Fotos dos dois dias na companhia dos amigos Telmo e João.


30.7.07

Hoje quem se ri sou eu

Na noite passada o Belenenses conquistou o importante Torneio Moulay Al-Hassan em Casablanca (Marrocos) e promete bastante para o próximo campeonato 3 + 13 - também conhecido, eufemisticamente, como campeonato da Liga.
Depois de ter vencido uma equipa mista, constituída por jogadores dos rivais marroquinos WAC e Raja de Casablanca, derrotou por 2-0, o vice-campeão africano de clubes, o tunisino Club Africain. Na mesma noite, o Benfica perdeu por 2-1 com o campeão africano de clubes.
Aposto que o destaque dado a este importante triunfo do Belém seja bem inferior às páginas gastas na derrota sofrida pelo Benfica por terras egípcias.
Iremos assistir à dança habitual de dois pesos e de duas medidas.
Felizmente que desta vez sou eu que me estou a rir!

5.7.07

Uma concentração que asfixia

Eles secam tudo e não deixam nada.

O principal campeonato nacional tem 16 clubes, mas, para um cidadão desatento, aparenta possuir somente 3, tal a intensidade de notícias que surgem de Benfica, Sporting e Porto, face ao silêncio sobre os restantes. Esses outros 13 clubes são tratados de forma desatenta e pouco cuidada, própria dos restos que não interessam a ninguém. É que poderia parecer estranho ao mundo um campeonato nacional com, somente, 3 clubes a 10 voltas...

Os demais participantes na Liga só são merecedores de atenção quando jogam contra um dos 3 privilegiados. Funcionam como bobos numa corte viciada e monopolista.

Houve tempos em que o Belenenses teve outro impacto na nossa comunicação social e houve tempos em que o monopólio dos 3 do costume não era tão acentuado (houve até tempos em que o Porto não pertencia aos 3 grandes). Pode-se argumentar que esta concentração é uma consequência directa do interesse da maioria dos cidadãos portugueses, daqueles que compram jornais, escutam rádio ou vêm televisão. Porém, um maior destaque a outros clubes não teria necessariamente de implicar uma diminuição das vendas ou das audiências. Na verdade, todos sabemos que existem outros clubes com adeptos e que muitos adeptos têm simpatia por um segundo emblema. Também sabemos que quanto menor for o destaque dado aos pequenos, menor será a possibilidade destes crescerem – o que só aumenta a dimensão dos actuais gigantes e o esmagamento subsequente.
É a tese da concentração absoluta sem possibilidade real de se vislumbrar o crescimento de mais nenhum.

Curiosamente, a lógica da dimensão e da popularidade associada não é aplicada para diferenciar os restantes 13 clubes. Poderemos concordar que Benfica, Sporting e Porto têm maior quantidade de adeptos, porém, é inegável de que Académica ou Belenenses têm, igualmente, maior quantidade de adeptos do que Beira-Mar ou Naval. Ora, se isto é verdade, porque motivo todos os 13 têm tratamento semelhante? Porque não são feitos estudos de mercado para que se compreenda a dimensão real de cada um dos outros?

Além de uma quantidade mínima noticiosa que protegesse os interesses dos participantes na Liga principal, não seria exigível que existisse um grupo intermédio, entre os muito e os pouco populares? Não se justificaria que esses clubes tivessem direito a 2 ou 3 páginas nos diários desportivos?

Clubes que já ficaram nos 3 primeiros lugares do campeonato ou que já participaram em mais do que 50 campeonatos nacionais da 1ª Divisão são instituições que mereceriam outro tipo de tratamento do que aquele que lhes é prestado. Igualmente, clubes que estivessem nos lugares cimeiros da Liga deviam ter um destaque diário superior.

Os critérios que indiquei contemplariam emblemas como Belenenses, Boavista, V. Setúbal, Académica, V. Guimarães e Sporting de Braga. Da mesma forma que os 3 grandes não têm todos o mesmo tamanho, também sabemos que dentro deste lote existem uns maiores do que outros, com o Belém a liderar este pelotão intermédio. Todavia, um maior destaque a estes clubes permitiria gerar mais competitividade nos media e maior diversidade informativa, ficando todos a ganhar. Também sabemos que as relações entre estes clubes por vezes é cinzenta porque todos eles pretendem ser "menos" pequenos do que os outros, mas, o interesse comum de crescimento devia sobrepor-se à competição pelo prémio do concurso de beleza ou pelo prémio da terminação de 10 em 10 anos.
Mesmo assim, e sem qualquer concertação, o Belém - como clube mais prejudicado e com maiores razões de queixa porque é o único com real implantação nacional e com um curriculo que se situa numa ilha entre os 3 maiores e os 4 ou 5 que lhe sucedem em conquistas - podia e devia saber ser mais exigente no que concerne à reinvidação do direito ao seu espaço nos media.

É que, sem espaço nos media, nenhum destes clubes vai conseguir dar o salto de maneira a se aproximar dos 3 grandes. Pelo contrário, todos estes clubes quando imaginam que se aproximaram, destapam a carta que os obriga a regressar à "casa partida".



A realidade da blogosfera mostra a relevância popular de outros clubes fora do circulo de Benfica, Sporting e Porto. Por exemplo, o Belenenses tem blogues construídos por adeptos com um número de visitas superior a 500 mil.

3.7.07

Belém na Champions?

O meu Belém, após a fantástica e inesperada temporada passada (5º lugar na Liga e finalista na Taça de Portugal), conseguiu manter os seus principais jogadores, dispensou os menos utilizados e tem vindo a contratar nomes muito prometedores.
Só fico algo apreensivo por não ter ainda assistido a um encaixe financeiro significativo com a venda de um dos nossos jogadores. E como é sabido que as nossas finanças (e a dos demais clubes portugueses) não são muito fortes...

Mendonça (24 anos, extremo-direito, internacional angolano da selecção A), Devic (23 anos, defesa central, internacional sérvio de sub-21), Gabriel Gómez (23 anos, médio, internacional panamiano da selecção A), João Paulo Oliveira (21 anos, avançado, brasileiro), Rafael Bastos (22 anos, médio ofensivo, uma das revelações do último campeonato baiano), Hugo Leal (27 anos, médio, internacional português que dispensa apresentações) e Evandro Roncatto (21 anos, avançado, internacional brasileiro de sub-21, 49 internacionalizações nas selecções jovens e uma das maiores esperanças do futebol brasileiro) são os novos craques contratados para esta temporada e é possível que ainda venham mais 2 ou 3.

Hoje, na apresentação do jogador Roncatto, foi divulgada uma ambição ainda não assumida publicamente. Vejamos as declarações ao blogue "Belém até Morrer":

"Belém até Morrer - Quais são as tuas ambições no Belenenses?

Evandro Roncatto – A meta que tenho, e a que combinei com o presidente e o treinador, é a da gente chegar na Champions League.


No futebol a bola é redonda e nunca se sabe o que vai suceder, porém, admito alimentar elevadas ambições para o meu Belém em 2007/08. Chegar à Champions League? Jorge Jesus saberá, como ninguém, o que está a construir...

Ora como o sonho comanda a vida...

20.6.07

O jogo da asneira

Durante a campanha eleitoral para os órgãos sociais do Belenenses, os candidatos alternativos alertaram e alarmaram os sócios e simpatizantes com um anunciado iminente colapso financeiro. Em Abril, o clube deixaria de cumprir os seus compromissos dada a situação calamitosa a que o presidente tinha conduzido o Belém. O mês de Abril passou, os ordenados foram pagos e a época terminou com um 5º lugar e uma presença na final da Taça de Portugal. Da profecia desgraçada nada se viu.

Poucos meses decorreram entre esta história e o momento presente. Mas eis senão quando, os tenebrosos momentos de angústia regressaram ao seio dos adeptos azuis, coincidindo com declarações desses mesmos candidatos derrotados. Ficámos todos assustados com nova profecia de que o clube não iria participar na Liga entre outras desgraças de somenos importância. Perante tamanha desgraça, alguém quereria saber de um Javier ou de uma taça UEFA??

Mais uma vez, a história se repete e nada parece dar razão a esses senhores candidatos derrotados. Afinal, que se passará nas cabeças destes senhores que se querem afirmar enquanto alternativas? Terão eles fontes de informação, tão pouco credíveis, de maneira a se espalharem ao comprido nestas profecias?

No final das contas, imagino que as culpas sejam do actual presidente por não ter conseguido cumprir estas "promessas" vindas a lume nos últimos dias. Ironias à parte, com sócios que vivem o “ser azul” com tanto empenhamento e intensidade, não me admiro mesmo nada se não formos campeões nem daqui a 100 anos.

Haja paciência para chegar a casa e ver (ao ler) tantos tiros disparados de dentro do bote de borracha. Qualquer dia um desses tiros acerta em cheio, o clube pode precisar de ajuda dos sócios e ninguém vai acreditar. Eu, pelo menos, já não acredito em nada de caótico que venha a ser afirmado por certos senhores.

E consequências, vão existir? Ou vamos permanecer, bimestralmente, no jogo da asneira?

7.6.07

Belenenses em destaque no Litoral Alentejano

A emissão da Miróbriga (uma das 3 rádios locais mais relevantes na Região Sul) dedicada ao balanço da Final da Taça de Portugal teve uma duração superior a uma hora e meia e será repetida, na íntegra, no próximo domingo a partir das 16 horas.
Dessa longa e interessante emissão deixo-vos um resumo do debate. Este resumo, com duração aproximada de 22 minutos, é temporalmente anterior à participação surpresa de Cabral Ferreira.

Como aperitivo aqui ficam algumas das frases:

Jacinto Maria do Ó (Belenenses) – “nós, temos aqui, na nossa zona, 2 filiais do Belenenses. Benfica e Sporting não têm”

Armando José Guerreiro (Sporting) – “fiquei surpreendido com os adeptos do Belenenses”

Jacinto Maria do Ó (Belenenses) – “O Belenenses não ficou em 4º porque os árbitros não deixaram”

Armando José Guerreiro (Sporting) – “Há um um bom trabalho desta Direcção (…) faz pouco barulho, poucas ondas, mas apresenta trabalho” (sobre a Direcção do Belenenses)

Sérgio Valadares (Benfica) – “Cabral Ferreira está a fazer um excelente trabalho como presidente da Direcção do Belenenses. Acho que brevemente vamos ter um Belenenses a exemplo daquilo que já foi no passado. É um clube com grandes pergaminhos em Portugal. É um clube que merece ficar eternamente na 1ª Divisão.”

5.6.07

Cabral Ferreira na Miróbriga

No passado sábado o presidente do Belenenses entrou em directo no programa dedicado à análise da Final da Taça de Portugal. Fica aqui o registo dessa conversa.

4.6.07

Final da Taça: Programa na Miróbriga



A Miróbriga foi a única rádio local do Litoral Alentejano que esteve presente na final da Taça de Portugal disputada no Estádio Nacional.

Sábado passado, entre as 16 e as 18 horas, tivemos uma emissão especial dedicada à retrospectiva da maior festa do futebol português. Como introdução ao programa foi apresentado um trabalho da minha autoria (gravado no Jamor) e que marcou o regresso do meu pai, Jacinto do Ó, a funções de comentador desportivo.

A apresentação deste trabalho foi seguida por um animado debate entre Armando José Guerreiro (Sporting), Sérgio Valadares (Benfica) e Jacinto do Ó (Belenenses) numa emissão conduzida por Susano e que incluiu uma imprevista conversa telefónica com Cabral Ferreira - que apanhou de surpresa, inclusive, os convidados presentes em estúdio.

Como curiosidade aqui fica o citado trabalho gravado no Jamor:


Sérgio Valadares, Armando José Guerreiro e Jacinto Maria do Ó
Susano
Sérgio Valadares e Armando José Guerreiro
Armando José Guerreiro e Jacinto Maria do Ó

27.5.07

Momentos no Jamor




Estes são dois pequenos segmentos, com pouca qualidade de imagem, mas que me parecem interessantes de mostrar. Todos os adeptos azuis devem acreditar que no futuro iremos ter alegrias. Podia ter sido hoje, mas perder também faz parte do desporto.

Taça foi para Alvalade



Num jogo muito dividido o Sporting venceu o Belenenses por uma bola sem resposta. Se fosse ao contrário seria igualmente justo. Parabéns aos vencedores e um bravo aos azuis do Restelo.

Jamor (7)




Imagens dos primeiros 45 minutos de um jogo dividido e com oportunidades de parte a parte.

Jamor (6)




Vamos assistir ao jogo da final da Taça de Portugal com um público, até ao momento, fantástico.

Jamor (5)



A pouco mais de 30 minutos do início.

Jamor (4)



A pouco mais de 40 minutos do início do jogo.

Jamor (3)




Jamor às 15:45. Na primeira foto a bancada azul e na segunda a bancada verde. A última com Jacinto Maria do Ó e o amigo Joaquim Saloio da Rádio Diana de Évora.

Jamor (2)

Directo do Jamor (1)





Estamos em directo do Jamor para a cobertura da final da Taça de Portugal entre o Belenenses e o Sporting. Fotografias tiradas às 15:20 num momento em que os adeptos começavam a entrar no Estádio Nacional.

29.4.07

Goleada de Cabral Ferreira

Ficou confirmada a percepção que publiquei no meu texto anterior e que tanta polémica levantou nos blogues “Futuro Belenenses” e “Canto Azul ao Sul”.
Cabral Ferreira goleou os adversários na noite eleitoral de ontem, ficando com mais do dobro dos votos do segundo classificado, Gouveia da Veiga. Isto, apesar de ter obtido uma vitória com uma percentagem inferior à eleição de 2005 (67,4% na altura, contra 62,5% de agora). Todavia, mesmo assim, viu aumentar o número de votos de 6567 para 7103, nas mais concorridas eleições dos últimos tempos. Votaram 2130 associados e mais não o fizeram porque existem regras que impossibilitam a participação de sócios com menos de um ano.

No dia seguinte ao desta eleição, espero que o desejo que expressei na minha crónica “O Belém somos nós” se concretize. Precisamos de um clube unido e que inclua em vez de excluir. E precisamos de ver quem participou ou apoiou as listas B e C a deitar para trás das costas rivalidades e a assumir a sua dedicação ao clube da cruz de Cristo.

A convite de João Pela, fiz para o “Futuro Belenenses” uma pequena cobertura da noite eleitoral de ontem. Fomos os primeiros a mostrar resultados da decisiva mesa 1 e isso deixa-nos felizes. Somente uma observação para reflexão futura. Fará sentido que os sócios presentes no Pavilhão não tenham tido oportunidade de tomar conhecimento dos resultados parciais, sobretudo quando a equipa de reportagem da Rádio Sesimbra (parabéns pela cobertura) divulgava, de forma privilegiada, números atrás de números?

Como pequeno brinde, ficam aqui umas curtas imagens de Cabral Ferreira, numa primeira reacção, para a Rádio Sesimbra, acerca da sua vitória eleitoral.


Além dos parabéns a Cabral Ferreira pela vitória e de um cumprimento a Gouveia da Veiga pela excelente campanha eleitoral que realizou, gostaria de enviar um abraço a todos aqueles com quem contactei nestes últimos dias de vida azul, nomeadamente, Henrique R., Telmo Carvalho, Marques da Silva, Luís Oliveira, Luís Lacerda, Luciano Rodrigues, Miguel Amaral, Miguel Barreiros, Pedro Lourenço, F. Valente, Paulo Jesus, João Pela, entre outros.

24.4.07

O Belém somos nós

O Direito a ter Opinião

O processo eleitoral no Belenenses e as diversas posições assumidas pelos comentadores que surgem na blogosfera são deveras inquietantes. De um lado, irrompem cidadãos, associados do clube, com as suas visões do que constituirá o melhor para o futuro do emblema do seu coração. Do outro lado, aparecem cidadãos que não dão o rosto e que assinam de forma anónima. A esmagadora maioria daqueles que não assumem a autoria das suas opiniões diabolizam o presidente e candidato Cabral Ferreira, ofendendo e atacando o seu carácter e o seu nome. Pouco ou nada se discute de essencial quando toca a assumir divergências com o actual líder azul. Pessoalmente, apreciaria um debate de ideias e um confronto entre projectos e meios para os efectivar. Infelizmente, o comum dos leitores destes fóruns, somente se preocupa com uma verborreia anárquica e inconsequente, desprezando qualquer argumentação lúcida ou válida. Posso não ter a certeza da direcção que o Belenenses deve trilhar, mas sei que este caminho, sem rumo, apenas pode prejudicar e jamais beneficiar. Ofensas e ataques avulsos não contribuem para unir uma família cada vez mais pequena, não servem para ampliar a dimensão do nosso clube, nem para fortalecer um crescimento urgente e necessário, crescimento esse unanimemente reconhecido em todas as latitudes do pensamento azul.
Temos de saber respeitar quem pensa diferente e urge sabermos argumentar e não jogar para cima da mesa frases ofensivas e desprovidas de substrato. Quando olho para o dia de amanhã, procuro adivinhar um Belém em que as diversas forças em presença não regateiem esforços, mesmo que os dividendos não sejam desfrutados pelo promotor da iniciativa. Quando uma ideia concretizada represente uma mais valia para o clube, deve ser realizada com o maior dos empenhamentos, ainda que se deteste o presidente da direcção desse momento. O importante é a instituição e não as pessoas que passam pela instituição.


Por um Belém a Sério

Sendo a instituição o que mais importa nestas e em todas as eleições devemos incentivar os diversos candidatos derrotados a colaborarem no dia seguinte. As eleições para os órgãos sociais de um clube não são semelhantes às eleições para a assembleia da república, mas são idênticas às eleições para a liderança de um partido político. Entre partidos diferentes existem vencedores, derrotados, governo e oposição. Num partido político, depois das propostas internas diferentes, existe, habitualmente, um trabalho conjunto entre vencedores e derrotados, pois, caso contrário, assistiríamos a cisões constantes e permanentes, assim como, ao surgimento exponencial de novos partidos. Num clube, após eleições, deve existir liderança (aquela que, democraticamente, sair do voto dos associados e em que todos deviam ser iguais) e colaboração com todos aqueles que possam constituir uma valia para a instituição. Darmo-nos ao luxo de desperdiçar potenciais investidores ou algumas fantásticas ideias que sempre surgem nestas ocasiões é uma aberração.
Tive o privilégio de ler os projectos de todos os candidatos e julgo muitos dos contributos interessantes, porém, considero irrealista assumir que queremos o Rossio sem que antes tenhamos estruturas para conquistar a Betesga. Em nenhum dos projectos li algo absolutamente espantoso, nem fiquei muito surpreendido com nenhuma das propostas. Creio, mesmo, que a esmagadora maioria dos associados votaria, se fosse possível, em todos os projectos em simultâneo. Vou mais longe ao acreditar que os próprios candidatos de uma lista concordam com a maioria das propostas alheias. E é bom se assim for porque mostra um pensamento superior comum, em prol dos interesses azuis, que é transversal às três candidaturas.
Naturalmente que cada uma considera ter o melhor projecto e as melhores pessoas para o levar por diante. Tomara que quem ganhe consiga realizar, no seu mandato, 50% das ideias plasmadas no programa. Contudo, acharia muito melhor que, além desses 50%, se pudessem agregar outros 50% vindos dos programas dos candidatos derrotados e com a colaboração dos próprios.


Desconhecimento e certezas

Desconheço a situação económica e a situação financeira do clube (são coisas diferentes) e da SAD (igualmente diferentes), mas, tenho a certeza de que todos os candidatos concordarão que é duplamente importante estar (ou vencer) a final da Taça de Portugal e ter conseguido marcar presença na Taça UEFA. E que o activo da nossa equipa de futebol profissional é neste final de temporada substancialmente superior ao que valia no início da época. Não basta criticar e apontar aspectos negativos. Fosse eu candidato e já teria publicamente felicitado o presidente Cabral Ferreira por esses feitos, pois, não poderia conceber que reconhecer o mérito do opositor fosse fragilizar a minha candidatura. Se pensasse assim, não teria a certeza de ser o melhor e todos os candidatos devem acreditar nas suas qualidades e potencialidades.
Gostaria que, destas eleições, saísse um vencedor chamado Belenenses porque esse é o único em quem devemos votar em todos os momentos. Todavia, o nome do vencedor é conhecido.


A Campanha Acabou

A frase não é minha, mas ecoou pelas bancadas do Restelo no jogo da meia-final. Com o futebol a ter este ano uma prestação dourada, não houve possibilidade objectiva de decorrer uma campanha eleitoral justa e imparcial entre as partes. Além dos disparates de retirar jornais de circulação ou de suprir serviços informativos, talvez a única possibilidade objectiva das alternativas fosse – por absurdo – suspender os jogos oficiais (campeonato e taça) a partir de Fevereiro ou adiar as eleições para momentos menos azuis. Desta forma e com estes resultados desportivos, não existem condições reais para um resultado diferente daquele que vai acontecer. Cabral Ferreira vai ganhar por uma goleada. E não, não sou um “vendido” nem me pagaram nenhuma viagem. Apenas faço por utilizar os neurónios que habitam dentro da minha cabeça.

21.4.07

Dia seguinte

Este meu pequeno (e quase anónimo) blogue registou ontem a sua maior afluência de sempre com mais de 200 visitantes diferentes. Igualmente, ontem, o video do momento do golo decisivo foi o 36º mais visto na variante desportiva do popular site youtube, tendo sido visualizado em mais de 1200 vezes!
O Belenenses está na final da Taça de Portugal e a festa que se viveu no Estádio do Restelo foi de grande intensidade. Provavelmente aconteceu coisa semelhante quando em determinado jogo decisivo para o título de campeão nacional se começaram a lançar foguetes antes de terminado o encontro. Felizmente, desta vez, a história foi diferente e não tivemos um banho de água fria. Na verdade, cheirou a Lisboa, cheirou a classe e às glórias antigas do Belém. E não estamos a ver a RTP Memória, mas, a viver as conquistas do presente. Agora, que estamos no Jamor, "o caneco é nosso"!