13.6.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 31 - ANO 2

Destaques:

* A análise aos resultados das eleições para o Parlamento Europeu
* As implicações que a derrota socialista pode ter em termos governativos e nos próximos desafios eleitorais
* A recente manifestação da Polícia
* A presença do Governador do Banco de Portugal, Vitor Constâncio, na Comissão Parlamentar que está a analisar o "caso BPN"

Às 31 semanas deste segundo ano de emissões temos de somar outras 31 transmitidas no ano passado. No total foram 62 programas que conduzi e onde senti uma enorme satisfação por ter tido o privilégio de contactar semanalmente com Alexandre Rosa. O seu profundo conhecimento a respeito do Litoral Alentejano e a sua visão muito pessoal dos grandes acontecimentos nacionais e internacionais foram trunfos indiscutiveis. Da minha parte aproveito para deixar os meus agradecimentos pessoais pela disponibilidade que sempre demonstrou mesmo em dias mais complicados e com agendas quase impossiveis de conjugar. Um até breve enquanto não surge nova aventura no éter da Miróbriga.


Clicar para escutar "À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 31 do dia 12/06/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

12.6.09

John Watts - A entrevista

Disponibilizo hoje a conversa que tive com John Watts na madrugada do passado dia 10 de Maio e que foi recentemente transmitida num especial do Atlântico.

Clicar para escutar a entrevista.

9.6.09

Um justo reconhecimento

Foi com especial alegria que recebi uma notícia.

Amanhã, dia 10 de Junho, o meu amigo José António Falcão vai receber, das mãos do Presidente da República, a Ordem de Mérito de Grande-Oficial. Esta distinção (a de segundo grau da hierarquia) terá tido em consideração todo o gigantesco trabalho desenvolvido em prol do património histórico português, sempre com especial incidência no Baixo Alentejo e com uma ligação afectiva muito forte às nossas raízes comuns de Santiago do Cacém.

José António Falcão, desde muito cedo, que se evidenciou na defesa da causa do Património e recordo-me de o ver passar à máquina uma das suas primeiras publicações, no início dos anos 80. Muitas conversas trocámos por essas alturas, até porque sempre me interessei por questões ligadas ao património. Ainda guardo o exemplar dessa obra e, num destes dias, reli a dedicatória que teve a gentileza de redigir. Na época, teria eu uns 11 anos, frequentava a Preparatória e passava umas boas horas de volta do livro do Padre António de Macedo e Silva, “Annaes do Município de Sant'Iago de Cacem”, que consultava no Museu Municipal, superiormente dirigido pela Sr.ª D.ª Maria Amália Guerreiro, enquanto preparava um trabalho para a cadeira de História.

Uns bons anos mais tarde, em 1993, enquanto presidente da direcção da Procris, tive o prazer de voltar a encontrar José António Falcão, numa Conferência sobre Turismo Histórico que nós promovemos. O sucesso foi evidente e, ainda na noite desse dia, começaram a nascer ideias que acabaram concretizadas meses mais tarde no I Campo de Trabalho Internacional do Loreto. Foram anos fantásticos, com uma intervenção patrimonial real e onde a colaboração entre nós sempre decorreu exemplarmente. Apaixonado pela arte e pelo património da nossa região, é igualmente bastante exigente, astuto, rigoroso, disciplinado e determinado na concretização de ideias e projectos. Com os meios adequados, José António Falcão faria do concelho de Santiago do Cacém um caso único no Património Histórico português. Enquanto isso não é possível, deixo aqui, neste meu espaço, um forte cumprimento de felicitações por este reconhecimento da República Portuguesa.


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PERFIL DE JOSÉ ANTÓNIO FALCÃO:

Licenciado em História da Arte (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa) e em Arquitectura (Escola Superior Técnica de Arquitectura, Universidade Politécnica de Valência), mestre em Museologia (Universidade Complutense de Madrid) e doutor em Teoria e História da Arquitectura (Universidade Politécnica de Valência). Possui o título de especialista em Conservação e Recuperação de Edifícios e Monumentos (Faculdade de Arquitectura, Universidade Técnica de Lisboa).

Técnico Superior Principal do Ministério da Cultura, desempenhou funções como Técnico de Inventário no Museu de Évora, Conservador dos Museus Municipais de Alpiarça, Assessor da Direcção do Museu Calouste Gulbenkian e Director da Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça. Actualmente possui a categoria de Conservador-Chefe de Museus. Tem dois louvores na Folha de Serviços.

A sua actividade tem sido especialmente orientada para o estudo do património cultural da Igreja, para cuja divulgação tem contribuído com o Comissariado de Exposições, em Portugal e no estrangeiro, como “Entre o Céu e a Terra” (Prémio Prof. Reynaldo dos Santos à Melhor Exposição de 2001; Prémio Associação Portuguesa de Museologia ao Melhor Catálogo 1999-2001), “As Formas do Espírito” ou “A Invenção do Mundo”.

Como docente, exerceu funções de Assistente com Regência na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e de Professor Auxiliar Convidado no Departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa). Tem exercido igualmente a função docente, como Professor Convidado, na Faculdade de Geografia e História da Universidade de Valência (Espanha) e na Escola de Belas-Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte (Brasil). Foi convidado para o cargo de Professor Visitante pela Universidade do Michigan (Estados Unidos da América).

Dirige, desde 1984, o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. Já desempenhou funções como Presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Monumentos Religiosos e da Real Sociedade Arqueológica Lusitana, Secretário-Geral da Comissão Nacional de Arte Sacra e Património Cultural da Igreja e Director-Adjunto do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (Conferência Episcopal Portuguesa). Actualmente preside à Associação Portuguesa de Museus da Igreja Católica e é Vogal do Conselho de Administração de Europae Thesauri, organismo assessor da União Europeia.

Pertence à Academia Nacional de Belas-Artes e à Academia Portuguesa da História e a instituições similares de vários países.

Tem publicado cerca de uma centena de títulos, entre livros, artigos científicos e participações em congressos, a maioria dos quais ligados à história da arte e da arquitectura.

8.6.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 30 - ANO 2

Destaques:

* As eleições para o Parlamento Europeu
* Durão Barroso e o seu futuro à frente da Comissão Europeia
* Os sinais de mudança que Obama tem transmitido ao mundo
* O desemprego e os últimos números conhecidos
* A situação na Câmara Municipal de Alcácer do Sal
* A significativa condecoração que José António Falcão irá receber no dia 10 de Junho



"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 30 do dia 05/06/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

6.6.09

TAXI no Coliseu do Porto

O regresso dos TAXI no Coliseu do Porto na noite de ontem. Quanto ao novo álbum (já foi editado?) espero conseguir escutar e redigir uma crítica em breve.




2.6.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 29 - ANO 2

Destaques:

* Os ensaios nucleares na Coreia do Norte
* As eleições europeias e a campanha eleitoral em Portugal
* Os desenvolvimentos no caso BPN
* Os destaques no litoral alentejano


Para escutar este programa pode clicar aqui.
"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 29 do dia 29/05/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

25.5.09

Ninguém manda neles

Foi colocado hoje à venda o álbum "Ninguém Manda em Ti". São doze canções simples e directas com as quais a Revolta quer transmitir uma mensagem de alerta, mudança e optimismo no futuro.

"Ninguém Manda em Ti" e "Nuclear (não obrigado)" foram as canções de avanço de um disco que prima pela honestidade e força de três homens que lutam com palavras e riffs de guitarra por aquilo em que acreditam.

A edição é da AMRA Discos e a distribuição da Sony Music.

19.5.09

John Watts em emissão especial do Atlântico

A conversa que tive com John Watts na madrugada do passado dia 10 de Maio irá ser transmitida no próximo Atlântico. Aliás, a emissão de sábado do Atlântico terá como epicentro esta deslocação a Portugal do mentor dos Fischer-Z.
Bruno Gonçalves Pereira, o responsável do Atlântico, tendo em atenção a relevância que John Watts mantém no imaginário de várias gerações decidiu alargar o destaque e além de conversamos sobre o teor da entrevista também abordamos o concerto de Oeiras e não esquecemos as diversas envolvências que sucederam nessa noite e madrugada de 9 para 10 de Maio.
Ainda não tive oportunidade de escutar o resultado final desta emissão, porém, sugiro uma audição do promocional e chamo a atenção para o facto do som da entrevista não ter sofrido quaisquer tratamentos sonoros. Ou seja, o som que iremos transmitir é o mesmo que foi captado beneficiando da acústica do local onde foi gravado.


Promocional ao programa Atlântico do próximo sábado, dia 23 de Maio de 2009.

18.5.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 28 - ANO 2

Destaques:

* A situação no Bairro da Bela Vista em Setúbal
* A visita do Presidente da República à Turquia
* A deslocação à Madeira do Primeiro-Ministro José Sócrates
* A descida da taxa de juro de referência pelo BCE
* Os destaques no litoral alentejano



"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 28 do dia 15/05/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

15.5.09

Muito mais do que música

Já tinham passado 15 anos desde a última vez a que assistira a um espectáculo unipessoal que me enchera a medidas; estávamos em 1994 e Jorge Palma ofereceu uma noite intimista em grande. Decorrido todo este tempo, no Auditório Eunice Muñoz, em Oeiras, John Watts conseguiu exceder todas as minhas melhores expectativas e proporcionar a todos os presentes uma performance memorável. Na memória tinha ainda as suas recentes passagens por Portugal, tanto nos 25 da Febre de Sábado (2006) como na Amadora (2008), todavia, nenhum desses dois momentos se comparam ao que presenciei neste último 9 de Maio.

Baseado no seu novo CD/DVD, "Morethanmusic & Films", o concerto dividiu-se em duas componentes principais. Na primeira, Watts mostrou o recente trabalho numa conjugação de imagens, música e intenso diálogo com a assistência presente, rapidamente conquistada com o desarmante britânico; na segunda, foram tocadas diversas canções escolhidas milimetricamente e que ilustram a sua carreira ao longo destes últimos 30 anos. "The Worker", "So Long" e "Marliese" são clássicos intemporais que foram interpretados e que pertencem ao período em que os Fischer-Z tinham enorme popularidade em Portugal. "One Voice", o tema de sucesso do seu primeiro álbum a solo também não foi esquecido. Mas, a visita a temas mais antigos prosseguiu com canções que poucos conheciam como "The Perfect Day", "Tightrope", " I'm A Reptile" ou "Destination Paradise". Contudo, ficaram de fora do alinhamento bastantes canções de sucesso como "Pretty Paracetamol" (1979), "Room Service" (1980), "Caruso" (1992), "Just Hang On" (1997) ou "Jukebox" (2002).

Um dos segredos de John Watts é tocar não aquilo que o público quer, mas, aquilo que considera mais adequado tendo em vista o seu conceito de espectáculo. Num momento em que quase todos os músicos pretendem atingir, tal terra prometida, o mainstream, Watts, que já viveu nos píncaros do sucesso com direito a tocar em estádios de futebol e 2 milhões de álbuns vendidos, parece preferir o outro lado da cena musical onde os holofotes são mais pequenos, mas onde a noção de artista ganha outra dimensão.

As novas canções mantêm a vibração e o toque único a que John Watts sempre nos habituou. A guitarra, ora acústica, ora terrivelmente eléctrica, fundiu-se perfeitamente com a sua peculiar voz num oceano de sensações. Watts promete regressar a Portugal e nós prometemos estar presentes. Foi bom. Foi muito bom.


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Encontra-se em prepração um especial do Programa Atlântico dedicado a John Watts. Em breve mais novidades.

13.5.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 27 - ANO 2

Destaques:

* Os desenvolvimentos da crise económica e o reflexo no emprego
* O cenário Bloco Central no pós-eleições legislativas
* As eleições europeias e as recentes polémicas com Vital Moreira e Paulo Rangel
* Os destaques no Litoral Alentejano





"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 27 do dia 08/05/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

10.5.09

John Watts em sábado de luxo

Existem dias em que o acaso fala mais alto. Depois de ter assistido ao lançamento da candidatura de Arnaldo Frade à Câmara Municipal de Santiago do Cacém acabei por regressar a Lisboa de noite. Mesmo assim cheguei a Oeiras a tempo de entrar na sala, sentar-me e assistir ao início do espectáculo que John Watts deu num óptimo anfiteatro municipal. O concerto em formato intimista foi excelente e digno de ser repetido por outros recintos do género. Logo após a sua conclusão fui testemunha do encontro entre Watts e Luís Jardim, nos estúdios que vão avançando pelos lados de Carnaxide. Mesmo sem ter nada preparado acabei por trocar umas palavras com John Watts que poderão ser escutadas numa das próximas emissões do Atlântico. O acaso por vezes resulta e parece que foi isso que sucedeu ontem. Um agradecimento a Paulo Afonso (CMO) e outro a Nuno Miguel Silva, o responsável pela vinda do mentor dos Fischer-Z a Portugal e o autor das fotografias aqui apresentadas. Espero ter oportunidade para escrever um texto a propósito do concerto e logo que exista data certa de transmissão da entrevista divulgarei.

8.5.09

Portugal estaria parado

(...) é altura de dizer que é verdade que se algum dos clubes grandes do futebol português tivesse tido, esta época, as razões de queixa do Belenenses, não só os campeonatos estavam parados, como também estaria parado o país. Ainda bem que o país, com o Belenenses, não corre perigo de tamanho exagero, mas é preocupante que se sinta que aqueles que não têm lugar principal no palco estejam tão vulneráveis a injustiças. (...)

O editorial de Vítor Serpa publicado no jornal "A Bola" merece intensa reflexão e devia produzir mais do que isso. A gravidade do que escreve, do que fica subentendido e a responsabilidade que possui no mundo desportivo português deviam conduzir a uma denúncia pública, objectiva, de factos que muita gente conhece, mas que ninguém ousa contar. As referidas "injustiças" devem ser mostradas, contadas, investigadas para que o país tome consciência de como se anula e aniquila um grande clube.

Daqui do meu blogue deixo este desafio a Vítor Serpa e a todos os jornalistas de investigação que ainda existem. Tenho a certeza de que ninguém aceitará o repto e que quem produz as injustiças que têm atingido o Belenenses jamais será punido. Por algum motivo o futebol em Portugal está a caminhar para o abismo, sem espectadores e sem credibilidade, enquanto os dirigentes federativos, da liga ou dos três do costume somente se preocupam com o seu umbigo.

Vítor Serpa certamente atingiu o seu limite para ter escrito o que escreveu. Eu agradeço.

7.5.09

John Watts em Oeiras

Neste próximo sábado, dia 9 de Maio, John Watts vai apresentar-se ao vivo, num concerto intimista a ter lugar no Auditório Eunice Muñoz, em Oeiras.

Este regresso a Portugal está ligado à promoção do seu novo trabalho e culmina dois dias de pequenas apresentações de "Morethanmusic", projecto multimédia que inclui um DVD/CD e 100 artefactos.

Autor de temas como "So Long" e "Marliese", John Watts é o mentor da banda britânica Fischer-Z e tem mantido uma regular actividade musical. Saltando entre discos a solo e outros assinados pelos Fischer-Z, Watts esteve a 13 de Setembro de 2008 num concerto na Amadora e participou na festa dos 25 anos da "Febre de Sábado de manhã", realizada em 28 de Janeiro de 2006, na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico. Foi, naturalmente, com muito agrado que, na tarde desse dia, entrevistei John Watts, numa das salas do Hotel Tivoli Tejo.

Num momento em que Watts vem actuar em Portugal e para quem tenha curiosidade em escutar a entrevista, assim como o trabalho final que resultou da mesma, aqui fica o registo em mp3. A entrevista foi emitida no Atlântico do meu amigo Bruno Gonçalves Pereira.



Para ler outros posts deste blogue sobre John Watts e os Fischer-Z clicar aqui.


John Watts e Luís Silva do Ó

John Watts

Bruno Gonçalves Pereira, John Watts e Luís Silva do Ó

6.5.09

Ninguém manda em ti

Amanhã, dia 7 de Maio pelas 22h00, a Revolta apresenta o seu álbum de estreia no Music Box. "Ninguém Manda em Ti" vai estar em grande destaque numa noite que começa com o DJ BILLY, seguido dos Gazua (22h30) e da Revolta (23h15).

A banda tem para oferecer 100 singles de "Nuclear (não obrigado)" às primeiras 100 pessoas que entrarem no Music Box.

Mais informações: myspace.com/revoltarock

Só um milagre

Estava escrito nas estrelas que no primeiro ano em que o Belenenses se mostrasse fragilizado seria encaminhado para a Liga Vitalis. Não foi preciso esperar muito tempo e desde cedo se compreendeu que esta seria a época certa para tal objectivo. Com razões de queixa dos dirigentes do próprio clube (que ainda recentemente se mostravam felizes com uma reunião tida com Vitor Pereira) e com diversos escândalos de arbitragem que passam discretos porque ninguém liga ao que não seja Sporting, Benfica e Porto, cá vamos, cantando e rindo, rumo à Vitalis e quiçá à extinção.

No passado já aqui tinha deixado alguns posts, pelo que hoje somente recordo alguns dos jogos em que os erros foram muito graves: Paços de Ferreira (casa), Estrela da Amadora (fora), Nacional (fora), Nacional (casa) e o recente Trofense (fora).
Quando a equipa não é grande espingarda e quando os nossos dirigentes só dão tiros na embarcação o resultado está à vista. Só um milagre pode salvar o Belém.

5.5.09

Os meus heróis (4)

As pessoas envelhecem e o tempo teima em não perdoar nada nem ninguém. Como todos sabem, morreu, aos 83 anos, Vasco Granja, antigo apresentador de televisão que ocupa um lugar importante na memória de quem cresceu a ver a animação que ele escolhia para divulgar. Admito que os desenhos animados mais famosos eram os meus preferidos, mas, acabava por ver também aquelas "coisas estranhas", muitas delas vinda do leste europeu e produzidas de forma independente e alternativa.
Vasco Granja conseguiu descobrir a fórmula e o equilibrio certeiro entre o comercial e o alternativo sem comprometer nem arte, nem qualidade, nem as famigeradas audiências.
Todos aqueles que são da minha geração irão recordar para sempre Vasco Granja.

3.5.09

Taxi e o novo "Amanhã"

O número 22 vai marcar o regresso dos Taxi. O álbum de estúdio anterior, "The Night", foi editado há 22 anos e o lançamento do novo, "Amanhã", ocorrerá no próximo dia 22 de Maio.

Nesse dia e com o patrocínio da Optimus, serão oferecidos mais de 50 mil singles, distribuídos com o jornal Público. Esta iniciativa promocional ocorre em parceria com a Rádio Nova e cada um destes CD's dará direito a um desconto na compra do álbum numa loja Fnac.

O primeiro tema já conhecido deste disco, "Não sei se sei", tem dividido opiniões. Uns consideram a canção uma boa aposta e mostram-se ansiosos pelo lançamento do álbum, enquanto os outros se mostram desiludidos pelo facto da canção não respirar do mesmo ritmo e alegria de outros tempos.

Parafraseando esse grande jogador de futebol chamado João Pinto poderemos assumir que prognósticos, prognósticos só mesmo depois de conhecer todas as novas músicas!

Mais informações: myspace dos Taxi

30.4.09

Os meus heróis (3)

Fazem hoje 25 anos que Joaquim Agostinho correu pela última vez. Vestia de amarelo e disputava-se a 5ª etapa da X Volta ao Algarve. Agostinho teve uma queda provocada por um cão que se atravessou à frente da sua bicicleta. Com a ajuda de dois colegas ainda cortou a meta tendo seguido para a pensão onde estava hospedada a sua equipa. Com o aumentar das dores de cabeça foi levado ao Hospital de Loulé e com o agravamento drástico da sua situação é vagarosamente transportado para o Hospital da CUF em Lisboa. Essa viagem foi excessivamente longa, de ambulância, em vez de ter sido usada a via aérea - uma questão intensamente debatida há 25 anos. Acabou por ser operado 10 horas depois do acidente e já não conseguiu sair do estado de coma em que entretanto entrara.
Morreu a 10 de Maio de 1984, mas, as recordações que tenho a seu respeito e da sua carreira são eternas.

Vitória na mítica etapa de Alpe d'Huez (1979)





Resumo da carreira: clicar aqui

28.4.09

Tiros no pé

Enquanto a Comissão de Gestão se entretém a criticar a Lista A, o Belenenses vai permitindo que estas situações ocorram no Restelo. Na gíria do futebol são mais uns “enganos” e “erros” humanos de uns senhores vestidos de amarelo. Amanhã já ninguém se lembrará e os lesados que sofram as consequências.
Os associados e adeptos do Belém mereciam que em momento crítico do campeonato os esforços estivessem concentrados em evitar a descida de divisão em vez de se perderem munições em acções de campanha inconsequentes. É perfeitamente absurdo e inaceitável que existam pessoas que no decurso de campanhas eleitorais percam toda a capacidade objectiva das prioridades. A primeira e única prioridade devia passar por conseguir a permanência na I Liga. Tudo o resto devia ser acessório.

O que se passou no Restelo?

24.4.09

Banco de Ensaio nº 78
The bird and the bee - Ray guns are not just the future

Greg Kurstin, o ‘Bee’, e Inara George, sob a alcunha de ‘Bird’, formam o projecto The bird and the bee que lançou em Janeiro de 2009 o álbum "Ray guns are not just the future". Praticantes de uma pop independente cativante, as suas canções são melódicas e interessantes, como “Ray Gun”.

Clicar para escutar Banco de ensaio nº 78 transmitido no programa Atlântico em 11/04/2009.

Em alternativa pode fazer o download do ficheiro para o seu computador. Para tal deve posicionar o cursor do rato no link desejado e clicar com o botão direito escolhendo a opção "save target as..."ou "save link as..." dependendo do browser utilizado.

22.4.09

Gil e Nadal jogam hoje

Rafael Nadal (nº 1 do ranking ATP) e Frederico Gil (nº 75) voltam a encontrar-se no Open de Barcelona depois da surpreendente prestação do português no Torneio de Miami. Recordamos alguns dos melhores momentos de Gil num jogo que terminou favorável ao espanhol por 7-5 e 6-3.


Mais informações.

21.4.09

Banco de Ensaio nº 77
Andrew Bird - Noble Beast

O quinto álbum de originais do multi-instrumentista Andrew Bird, “Nobre Beast”, editado em Janeiro de 2009 consegue aproximá-lo do grande público tendo alcançado a liderança do top independente de álbuns da Billboard.





Banco de ensaio nº 77 transmitido no programa Atlântico da Miróbriga em 04/04/2009



20.4.09

Frederico Gil reencontra Nadal

No Open de Barcelona, o nosso tenista Frederico Gil, após ter entrado no quadro principal através do qualifying, conseguiu derrotar o número 63, Lu Yen-Hsun, de Taiwan, pelos parciais 6-2 e 6-1. Agora irá encontrar pela frente na segunda ronda deste torneio ATP 500 o número 1 mundial, Rafael Nadal. Como se recordam, ainda recentemente, assistimos no torneio de Miami, a um duelo ibérico em que Nadal venceu por 7-5 e 6-3. Espera-se um encontro em que a boa réplica do português seja ainda superior.

Frederico Gil caiu no ranking desta semana para o número 75, mas essa queda é meramente conjuntural. Aguarda-se por nova subida ao encontro dos 60 melhores do mundo. E o Estoril Open está mesmo ao virar da esquina...

Mais informações.

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 26 - ANO 2

Destaques:

* As previsões do Banco de Portugal
* As eleições para o Parlamento Europeu
* O Plano anti-crise anunciado pela Câmara Municipal de Grândola
* A visita de Obama à Europa e uma análise às primeiras semanas da nova presidência americana



"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 26 do dia 17/04/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

19.4.09

Novos tempos

Ver Borg e McEnroe juntos é sempre um prazer. Muitos anos depois de terem sido os principais rivais do ténis mundial este vídeo não deixa de ter piada.

18.4.09

Lama

"A decisão do Tribunal terá de ser acatada pelo Belenenses, pelo que as eleições de hoje estão anuladas. Porém, há duas soluções a serem analisadas pelos responsáveis azuis nesta altura:
— o clube recorre da decisão e as eleições dificilmente serão realizadas antes do final da época;
— o clube não recorre da decisão, a lista C é aceite a sufrágio, e as três listas, com o acordo de Jorge Coroado, marcam uma data para o acto eleitoral."

E que pensa o Clube fazer?

"Recebida a notificação, o presidente da Assembleia Geral em exercício, Jorge Coroado, tinha duas soluções: abrir novo processo eleitoral; ou contestar a decisão do tribunal e recorrer. Coroado disse a A BOLA que iria optar pela segunda."

É absolutamente inacreditável que no Belenenses de hoje em dia tudo acabe desta forma, em Tribunal, com casos atrás de casos, com notícias tão simpáticas que só nos enchem de vergonha e com opções sempre escolhidas a dedo. Sim, caros dirigentes, optem pela contestação da decisão e talvez em 2010 tenhamos eleições. Isto se entretanto não houver mais algum recurso e a coisa se arraste até 2012 ou 2013.

Senhores Dirigentes, estamos mergulhados na lama por mérito próprio, por isso, cheguem a um acordo, façam aquilo que já deviam ter feito antes da providência cautelar ter sido entregue e cheguem a um entendimento para o bem do Clube. É fantástico o que vai sucedendo no Restelo onde o Direito devia ser encarado como a modalidade principal do Clube.




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Nota: Citações retiradas da edição de hoje do jornal "A Bola"

Velhos rivais

Wimbledon, 1980. Tinha 10 anos e recordo-me desse dia. Este é um encontro mítico. Comprei há uns anos o VHS deste jogo directamente na loja online de Wimbledon. Os 8 Match Points de Borg a McEnroe são de cortar a respiração numa época em que as raquetes eram substancialmente diferentes e em que o tipo de jogo também o era. Há quem defenda que estes foram os dois maiores jogadores de ténis de todos os tempos. Não sei se o foram de facto, todavia, sem Borg não havia ténis moderno. E sem McEnroe a emoção à flor da pele nunca teria estado presente num court. Na realidade, a frieza de Borg e o fogo de McEnroe foram determinantes para que todo o planeta se rendesse à espectacularidade deste desporto. Ambos fantásticos e únicos. Que saudades...

17.4.09

"Absolutamente ao Vivo" hoje na RTP2

Parte do concerto dos UHF no Coliseu de Lisboa vai ser apresentado hoje, dia 17 de Abril na RTP2. Entretanto, o DVD recentemente editado e que não se consegue encontrar nas lojas da cadeia FNAC, permanece nos 20 mais vendidos. Mais de uma semana depois do seu lançamento, "Absolutamente ao Vivo", ainda não estava disponível na Fnac do Colombo; no início desta semana foi-me dito que já tinham tido, mas que estava esgotado. A quem quiser comprar sugiro uma passagem pelas lojas da Worten. Foi o que fiz.
Para quem quiser comprar online pode usar a loja CDGO.

Momento insólito

A última vitória em torneios profissionais de Björn Borg frente ao seu rival John McEnroe ocorreu em Janeiro de 1981, nos quartos-de-final do então designado New York Masters. Além do resultado favorável a Borg por 6-4, 6-7 (3), 7-6 (2) existiu um aspecto que transformou este encontro em histórico. Num momento importante do tiebreak do segundo set, o árbitro decide de forma errada num lance que daria vantagem a Borg nesse tiebreak. Iceborg dirige-se ao árbitro e é longo o período de tempo que permanece estático a olhar para o juiz da partida. A situação é insólita e torna-se surreal quando o árbitro começa a penalizar Borg com pontos. Finalmente o sueco, igualmente famoso por nunca se mostrar perturbado perante nada, decide regressar ao encontro para acabar por perder esse tiebreak e o consequente segundo set.

O terceiro set começa com mais uma decisão inacreditável do árbitro que não considera um serviço de Borg. Essa decisão leva John McEnroe a jogar a bola para fora na repetição desse serviço do sueco. Os quase 20 mil espectadores presentes no Madison Square Garden aplaudiram - muitos deles de pé - esta atitude de McEnroe.

Para John McEnroe a contestação aos árbitros é certamente recordada por muita gente; o que poucos se devem lembrar é de ver Björn Borg petrificado diante de um árbitro. No final do encontro nenhum dos jogadores cumprimenta o árbitro do encontro.

15.4.09

Os meus heróis (2)

No ténis, as atenções, na década de 70, estavam centradas no louro e gélido Björn Borg. As raquetes eram de madeira e muito diferentes das actuais que possibilitam outra velocidade às bolas. Infelizmente, isso não é tudo e cada vez vejo mais tenistas feitos em aviários e menos génios que cativem espectadores. O sueco Björn Borg nasceu em Estocolmo e cresceu na cidade de Södertälje. Venceu cinco vezes o Torneio de Wimbledon (1976/77/78/79/80) e seis vezes o Torneio de Roland Garros (1974/75/78/79/80/81).

Em 1974, com apenas 17 anos, Borg vence o Torneio de Roland Garros, tornando-se o mais jovem do mundo a conquistar um torneio do Grand Slam. As cinco vitórias consecutivas de Björn Borg em Wimbledon são um feito assinalável, sobretudo, porque a relva não era a superfície em que o sueco era considerado mais forte. Se, somado a isto, recordarmos que estas vitórias ocorreram em jogos contra nomes como Ilie Nastase, Jimmy Connors (duas vezes), Roscoe Tanner e John McEnroe (1-6, 7-5, 6-3, 6-7 (16-18), 8-6 no histórico encontro de 1980) compreendemos melhor o seu significado. Comparando com um passado mais recente, seria como Pete Sampras ou Roger Federer ganharem Roland Garros cinco vezes com finais com Gustavo “Guga” Kuerten, Andre Agassi, Thomas Muster ou Rafael Nadal. Acresce que, em três vezes, Borg saiu do título de terra batida (piso lento) para o domínio sobre a relva (o piso mais rápido de todos).

Nenhum tenista na era moderna teve uma carreira tão curta e tão brilhante como Björn Borg, que a abandonou no auge das suas capacidades, em 1982, quando contava com, somente, 26 anos de idade.


Final do Pepsi Grand Slam em 1979. Björn Borg com outro lendário jogador chamado Jimmy Connors. O resultado final ficou em 6-2 e 6-3. Vale sempre a pena recordar que naqueles tempos as raquetes eram de madeira. Oiçam bem o barulho da bola na raquete.

13.4.09

Os meus heróis (1)

Quando eu era pequenino existiam alguns desportistas que se destacavam em modalidades diferentes do futebol e que transportavam consigo auréolas próprias de mitos. No ciclismo, Portugal parava com os feitos de Joaquim Agostinho que, ano após ano, deslumbrava no Tour de France com fantásticas prestações nos contra-relógios e nas grandes etapas de montanha. O pódio chegou em duas ocasiões e foi um delírio vê-lo, durante tantos anos, nos primeiros lugares do Tour. Na Fórmula 1 existia um leque diversificado de campeões e que, hoje, são lendas na modalidade. Clay Regazzoni, Patrick Depailler, John Watson, Carlos Reutemann, Jacques Laffite, Jochen Mass, Ronnie Peterson, Gilles Villeneuve, Didier Pironi, Ricardo Patrese, Jacky Ickx, Jackie Stewart, Mario Andretti, Emerson Fittipaldi, Alan Jones, James Hunt, Jody Scheckter e Niki Lauda. Pessoalmente, “adoptei” Lauda como piloto preferido. Não sei se por ter um nome engraçado, se por ter sido um herói que apostou na sua carreira de forma convicta e que sobreviveu a um desastre no antigo traçado de Nurburgring (1976). Desastre seguido de incêndio e que o deixou à morte durante vários dias, além das cicatrizes bem visíveis no seu rosto.

Lauda foi um piloto assombroso que, no início da carreira, era campeão em pole-positions e que, após o acidente, se refinou num piloto mais consciente, mais pragmático, mais frio, mais racional, mais “rato”, alcunha pela qual ficou igualmente conhecido. As imagens do acidente, impressionantes, ficaram conhecidas do mundo decorridos alguns anos do seu desastre. O incrível é que sobreviveu e, seis semanas mais tarde, com o sangue a escorrer das ligaduras na sua cabeça, ele terminou em 4º lugar no Grande Prémio de Itália. Os médicos ficaram espantados e atribuiram a recuperação à força de vontade de Lauda. Jackie Stewart disse que tinha sido o mais corajoso regresso à competição na história do desporto. Bem humorado, Niki afirmou que a perda de meia orelha tornava mais fácil usar o telefone. Mesmo tendo estado ausente durante estas semanas, não renovou o título mundial por uma nesga.

O campeonato de 1976 terminou na corrida seguinte, num duelo entre Niki e James Hunt (McLaren) no circuito de Fuji no Japão. Como o estado do tempo estava bastante mau, com chuvas torrenciais, Niki decidiu que era demasiado perigoso correr, "oferecendo" o título ao seu amigo Hunt - que afirmou que a desistência de Niki fora um acto de coragem. Em Itália alguns adeptos da Ferrari não concordaram com as simpáticas palavras de Hunt e chamaram Lauda de cobarde. Mesmo o patrão da equipa, Enzo Ferrari, teve dúvidas e fez planos para o substituir. Sentindo-se provocado, Niki regressou ainda mais determinado em 1977 e transformou esse campeonato num passeio gerido de forma sábia. Logo que somou os pontos necessários para a conquista do título Lauda bateu com a porta e abandonou ruidosamente a Ferrari. Enzo, furioso, classificou-o como traidor, enquanto ele assinava contrato com a promissora equipa Brabham de Bernie Ecclestone.

Niki Lauda participou em 173 Grandes Prémios, obteve 25 vitórias, 54 pódios, 24 pole positions e 24 melhores voltas, totalizando 420,5 pontos. Foi campeão mundial em 1975, 1977 e 1984 tendo pilotado carros da March, BRM, Ferrari, Brabham e McLaren. Curiosamente, Portugal fica ligado para sempre à sua carreira ao ter conquistado o terceiro título mundial no Autódromo do Estoril.

12.4.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 25 - ANO 2

A 25ª edição do programa "À conversa com Alexandre Rosa" - do 2º ano de emissões - contou com uma edição especial. Conjugando o facto de comemorarmos um "número redondo" e de estarmos em plena época de Páscoa, lancei um desafio ao comentador Alexandre Rosa que alterou por completo todo o conteúdo do que estava previsto gravar.
É com enorme satisfação que registo a forma como o desafio foi prontamente aceite e admito, com uma pontinha de orgulho, que considero o resultado final bastante bom.


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 25 do dia 10/04/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

11.4.09

Há mel no Restelo?

Os meus amigos sabem que não queria opinar sobre nada do que dissesse respeito às duas candidaturas às eleições no Belenenses. Estive presente em ambas as apresentações públicas para tomar contacto com as suas ideias e projectos. Porém, aproximando-se a data do acto eleitoral, não posso deixar de manifestar a minha opinião a respeito do que se está a passar pelos lados do Restelo.

Que a situação económica no Belém nunca esteve em moldes de nos congratularmos é do conhecimento de todos. Desde que nos obrigaram a construir um estádio numa pedreira que a vida é difícil. Houve períodos maus, outros menos maus, mas ciclos mesmo bons recordo-me de poucos. Ninguém compreende como é possível que, no espaço de um ano, o Belenenses deixe de lutar pelas competições europeias e esteja mergulhado no espectro da descida de divisão. Ninguém compreende. Nem sócios, nem adeptos de outros clubes. Também não se compreende como, de uma época para a outra, o plantel da equipa tenha sido tão alterado e o orçamento seja o monstro conhecido. Ainda menos se entende como os sócios, que sempre foram tão exigentes com Cabral Ferreira, de súbito, parecem compreender e aceitar, com toda a naturalidade, o trabalho desenvolvido por esta Comissão de Gestão (CG), ao longo destes mais de seis meses de exercício. Pode-se argumentar que a CG herdou uma tarefa complicada - o que é verdade. Porém, a escolha de muitos dos jogadores que entraram em Janeiro ou a estrutura profissional ligada ao futebol e à SAD são já questões da responsabilidade de quem se apresenta com uma candidatura à presidência do Clube. A missão era complicada e todo o trabalho devia ter sido concentrado no encontrar do equilíbrio financeiro necessário. Não seria tempo de reunir esforços na resolução das questões prementes, de maneira a assegurar a permanência, em vez de se estar em campanha eleitoral? Não foi esta CG que assumiu aquando da sua nomeação que não seria candidata às eleições?

Pessoalmente, parece-me estranho que os associados venham a votar num candidato a presidente que não saneou financeiramente o clube, que tem uma equipa a lutar para não descer, que perdeu da forma que perdeu o caso da Taça da Liga e que prometeu acções judiciais contra diversos agentes do futebol português, sem que, decorrido todo este tempo, algo de concreto se saiba. Mais, existindo salários em atraso, fico sem compreender que soluções pode ter esta candidatura de João Barbosa para o futuro do clube.

Não obstante existirem elementos muito válidos na lista desta candidatura, somente posso analisar a liderança da mesma pelos resultados que têm sido obtidos pela CG. E com resultados como os descritos, jamais poderei aceitar este rumo para o clube. Considero que, nestas eleições, o que vai estar em causa é a sobrevivência do Belenenses. Por isso, não terei a mínima dúvida sobre o que não irei fazer com o meu voto nestas eleições.

10.4.09

Há 30 anos era assim

Muita coisa evolui ao longo do tempo. Outras coisas vão-se transformando em acontecimentos cada vez menos cativantes. Durante muitos anos eu não perdi um único Grande Prémio de Fórmula 1. A responsabilidade por ter sido um espectador atento deve-se a um conjunto de génios do volante. Apesar da minha referência se chamar Niki Lauda, na realidade assistir a corridas de F1 era sempre um espectáculo. Os génios eram diversos, mas, de entre eles sobressaia um endiabrado Gilles Villeneuve. Outro piloto que marcou pela forma como abordava a competição chamava-se René Arnoux. No ano de 1979, no Grande Prémio de França, em Dijon - Prenois, Arnoux e Villeneuve deram, provavelmente, o maior show de todos os tempos. Eu assisti em directo e aqui ficam umas imagens imperdiveis que apetece ver e rever vezes sem conta.

Mais tarde René Arnoux diria: “O duelo com Gilles é algo que jamais esquecerei. Tu só podes correr daquela forma com alguém em quem confias completamente, e não encontras muitos como ele. Ele me derrotou, sim, e na França, mas eu não fiquei preocupado com isso. Eu sabia que tinha sido derrotado pelo melhor piloto do mundo”.



Outra performance fantástica de Gilles Villeneuve no Grande Prémio do Canadá (1981)

9.4.09

Edição especial

À CONVERSA COM ALEXANDRE ROSA
PROGRAMA 25 - ANO 2

A 25ª edição do programa "À conversa com Alexandre Rosa", já neste 2º ano de emissões, vai ter, amanhã, uma edição especial. Conjugando o facto de comemorarmos um "número redondo" e de estarmos em plena época de Páscoa, lancei um desafio ao comentador Alexandre Rosa que alterou por completo todo o conteúdo do que estava previsto gravar. Pessoalmente, confesso, com uma pontinha de orgulho, que considero que o resultado final está bastante bom. É com enorme satisfação que registo a forma como o desafio foi prontamente aceite.

O programa pode ser escutado nos 102.7 FM da Miróbriga, nesta sexta-feira, a partir das 18h00, com repetição ao sábado a partir das 12h15. Para quem esteja em zona de não cobertura, poderá acompanhar a emissão através do site da rádio.

www.mirobriga.pt

8.4.09

Outros tops de vendas

Como curiosidade deixo-vos aqui uma imagem com o top de vendas da loja online mais interessante de Portugal. Este top soma as vendas através do site às vendas na loja existente no Porto.
Sugiro uma visita a CDGO.

Há rock em Portugal (2)


Já aqui escrevi que os Taxi estão de regresso com disco novo para breve.
O primeiro single deste álbum, "Não sei se sei", em versão captada ao vivo em Aveiro no passado sábado, dia 4 de Abril.
Eu sei que não sabia, mas, parece que a digressão de regresso já começou!

6.4.09

Banco de Ensaio nº 76
LUDO - Nascituro

Um dos mais interessantes e promissores projectos independentes da nossa música acaba de editar o seu álbum de estreia. “Nascituro” é uma edição de autor dos LUDO que merece ser conhecida. A componente da imagem é igualmente valorizada nos espectáculos ao vivo, tendo sido o videoclip do primeiro single filmado por Bruno de Almeida. “Ao virar da página” é o primeiro avanço deste promissor “Nascituro”.


Banco de ensaio nº 76 transmitido no programa Atlântico da Miróbriga em 28/03/2009

5.4.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 24 - ANO 2

Destaques:

* A Cimeira do G20
* A crise económica mundial
* Banco Central Europeu baixa taxa de juro de referência em o,25%
* O desemprego cresce e preocupa a Europa
* A confusão do caso Freeport
* Os destaques regionais


"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 24 do dia 03/04/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

4.4.09

Uma década de Atlântico

O presente livro não se encontra à venda e resulta de uma edição da Atlântico S.A. que retrata a história do Pavilhão Atlântico desde a fase de projecto, passando pela fase da Utopia e culminando naquilo que é hoje em dia. São páginas de enorme qualidade, com história e com imagens únicas. Apesar de não estar disponível nas livrarias tive a felicidade de receber um exemplar deste fantástico trabalho. A história dos primeiros 10 anos do Pavilhão Atlântico encontram-se bem documentados, com textos da autoria de nomes como António Mega Ferreira, Nuno Galopim, Marcelo Rebelo de Sousa ou João Lagos.

2.4.09

Futuro fecha portas

Foi com desalento que recebi a comunicação de que o blogue “Futuro Belenenses” fechou as portas. Um dos mais inspirados e acutilantes espaços da blogosfera portuguesa e que durante largos períodos temporais se revelou uma bomba opinativa em tons de azul parece que sumiu. Apesar do período áureo coincidir com a época de Cabral Ferreira enquanto presidente da Direcção, este blogue, mesmo sem a mesma pujança do início, permanecia uma referência de irreverência e de inteligência. Eu próprio colaborei em uma ou duas ocasiões com o “Futuro Belenenses” e recordo que foi este blogue o primeiro a divulgar a vitória de Cabral Ferreira na sua segunda e última eleição enquanto presidente do Belenenses. O estilo literário praticado deixou muita gente próxima de ataques de fúria, pois, a agressiva frontalidade era dura e complicada de digerir pelos visados. A defesa que foi feita pela extinção do Conselho Geral não deixou ninguém indiferente. A não indiferença é um marco que só os mais afoitos conseguem alcançar. Ser polémico não é complicado, o difícil é ser incómodo. E, quer se concordasse ou não com os seus conteúdos, este blogue era extremamente incómodo porque tocava nas feridas. Um abraço ao meu amigo João Pela e espero que a sua corrosão positiva permaneça intocável e acessível a todos nós em projectos futuros. O blogue sumiu mas ele anda por ai.João Pela com o grande Vicente Lucas. Foto de Telmo Carvalho.

1.4.09

14º no Top

Foi com satisfação que verifiquei que o recente DVD "Absolutamente ao Vivo" dos UHF entrou para o 14º lugar no Top de vendas desta semana. Mesmo sem entrar em muitos detalhes poderei assumir que gosto bastante do "Sonhos na estrada de Sintra" (onde António Côrte-Real tem uma prestação magistral - absolutamente fantástica), "A Lágrima Caiu" (seria o single perfeito) e "Cavalos de Corrida" (António Manuel Ribeiro tem uma presença em palco brutal e este vídeo devia ser o escolhido para passar nas TV's). Deixarei para momento posterior outras reflexões sobre este primeiro DVD dos UHF. No "Absolutamente ao Vivo" existe um levantar de voo por parte de António Côrte-Real, Fernando Rodrigues e Ivan Cristiano. Esta formação além de ser a mais duradoira é igualmente a mais competente. Os outros músicos fazem agora parte do valioso baú da memória. Nada mais que isso. A comprar antes que esgote.

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Actualização: Parece que desta vez os UHF não se podem queixar da promoção. Destaque para o especial no “Top Mais” (sábado, 4 de Abril) e para o “Só Visto” onde António Manuel Ribeiro é o convidado central (domingo, 5 de Abril). Ambos os programas são transmitidos na RTP1.

Pequenos passos

Ao contrário do blogue canal maldito, onde a polémica e as visitas eram uma constante, o presente espaço nunca pretendeu aproximar-se desse agitado blogue. Curiosamente, ao longo destes últimos meses e de forma algo surpreendente, confesso, tenho assistido a um acréscimo interessante do número de visitantes neste outro lugar. Mesmo sem actualizações diárias e sem um "público alvo" muito direccionado não deixo de considerar este facto engraçado. Tão engraçado ao ponto de o partilhar em público. Um abraço a todos.

30.3.09

O Gil das raquetes

Rafael Nadal (nº 1 do ranking ATP) teve de transpirar para vencer hoje, no Torneio de Miami, um surpreendente Frederico Gil. O resultado final favorável ao espanhol (7-5 e 6-3) é manifestamente enganador e existiram dois momentos do jogo em que a experiência do n.º 1 mundial foi evidente. Quando no primeiro set estava a perder por 5-4 e quando evitou o 3-0 no segundo set. Houve momentos de ténis de alto nível, sobretudo no primeiro set. A manter esta classe podemos vir a ter, em breve, um jogador português entre os 20 ou 30 melhores. Depois deste torneio Frederico Gil, actual 74.º no ranking, deve garantir uma aproximação aos 60 melhores. Enquanto as coisas não começaram a correr mal a concentração de Gil deixou-me impressionado. Parecia Ice Borg em carne e osso com bastante força e colocação nas bolas do fundo do court. Nesse detalhe derrotou Nadal e a conseguir aguentar a concentração a 100% é jogador para altos vôos. Uma coisa é certa, além do excelente ténis, Gil já é o melhor tenista português de todos os tempos e eu, muito anos depois e quase por acaso, voltei a vibrar com algumas das jogadas deste encontro.

29.3.09

À Conversa com Alexandre Rosa

PROGRAMA 23 - ANO 2

Destaques:

* A visita a África e as declarações recentes do Papa Bento XVI
* Os desenvolvimentos da crise económica em mais uma semana de 2009
* A polémica com a escolha do próximo Provedor de Justiça
* Os investimentos na nossa região e a Escola de Turismo de Setúbal
* Outros destaques no Litoral Alentejano
* O sempre caótico futebol português e a final da Taça da Liga



"À Conversa com Alexandre Rosa", ano 2, emissão nº 23 do dia 27/03/2009.
Este é um programa transmitido na Miróbriga às 6ªs a partir das 18h00 com repetição aos sábados a partir das 12h15. A condução de emissão pertence a Luis Silva do Ó.

28.3.09

Banco de Ensaio nº 75
honeyhoney - First Rodeo

“First Rodeo”, editado em Novembro de 2008, é o disco de estreia dos honeyhoney, duo formado por Suzanne Santo e Ben Jaffe. Cruzando o pop com o folk rock, os honeyhoney construíram um álbum de elevada qualidade. Como curiosidade, diga-se, que a edição do CD foi realizada pela editora de Kiefer Sutherland, que também realiza e participa no excelente vídeo do single, “Little Toy Gun”.


Banco de ensaio nº 75 transmitido no programa Atlântico da Miróbriga em 21/03/2009

honeyhoney - Little Toy Gun video

27.3.09

45m55s

No dia 2 de Fevereiro de 2009, a Antena 1 transmitiu um excelente programa dedicado a João Aguardela. A história com músicas e muitos testemunhos numa emissão que vale a pena ser escutada. Dei com ela por acaso e não podia deixar de a sublinhar.

Especial João Aguardela